sábado, 10 de outubro de 2009

Como vemos a Veja Amazônia de setembro de 2009



Em setembro de 2009, mais uma vez uma grande revista de circulação nacional preparou uma edição voltada para a Amazônia. Trata-se da Veja Amazônia de Setembro. As matérias e as propagandas que aparecem nesta revista mereceram uma análise detalhada em nossas salas de aula. Estamos no estado do Pará e a revista simplesmente ignora a nossa existência.
Com suas enunciações sensacionalistas e reducionistas, a Veja Amazônia dá voz de forma muito tendenciosa ao homem da Amazônia. Para representar as populações indígenas, ela dá voz a um índio que mora em Manaus, cursou Administração e agora pretende fazer um MBA. Esta é a única fala de um indígena, na revista, que se propõe a traduzir o que é a Amazônia, hoje.
A maioria das pessoas entrevistadas não é da região e aqui se estabeleceram para tentar uma nova vida. Assim como não estão presentes os índios, também não estão presentes os ribeirinhos e nem as pessoas que vivem nas grandes cidades da região.
Hoje, felizmente, a internet nos possibilita responder a estes abusos destas grandes revistas. As postagens seguintes analisam as matérias e as propagandas desta edição da Veja Amazônia de Setembro.

Profª Ivânia Neves

A revista Veja amazônia de 2009 e a Nestlê


Cibelle Trindade
Jean Brayd
Kathya Chêne
Rita Paganelli 4PPV11
A propaganda da Nestle veiculada na revista Veja de setembro, retrata uma mulher, esta se passando por merendeira de uma escola com um avental branco com o logotipo da empresa juntamente com a do projeto. Ela concede um depoimento sobre as melhorias e do prazer que o projeto realiza e sobre sua felicidade de participar.

Um depoimento, que pela foto, foi feito em uma feira, na parte onde se vende apenas frutas, frutas que dão um colorido grande a imagem> naturalmente associando-as ao produto “Nutri”, para vender a idéia de que é bastante saudável.
Este processo demonstra que o publicitário de utilizou do discurso indireto livre, pois a propaganda em si mostra uma imagem não verdadeira, fazendo com que você retome a outras imagens, em outro imaginário e não identifica exatamente de onde se originaram. O depoimento é de uma merendeira com o suposto nome Rita de Cássia de Natal, que se encontra em uma feira e não há qualquer garantia de que estas informações sejam verdadeiras.

Um futuro de riquezes sem devastação

A matéria que discutiremos, intitulada “Um futuro de riqueza sem devastação”, faz parte de uma edição Especial da Revista Veja sobre a Amazônia, que de especial tem pouco além do titulo. O conteúdo da revista, em geral, é generalizador e, arriscaria dizer, até tendencioso.

Já nas primeiras linhas podemos perceber o rumo que a discussão irá tomar, uma vez que o perceptivo repórter implica que o “homem da Amazônia” prioriza a qualidade de vida do Sudeste em detrimento de viver sua própria vida. A matéria enumera uma série de problemas não solucionados pelo próprio amazonense e depois insinua que devemos confiar que um belo dia um ímpeto de boa vontade cairá sobre nossos governantes. Esse seria o inicio para os problemas da região, certo? Errado. Aí então nos deparamos com a dúvida maior: “qual será a vocação econômica da Amazônia?”. Como se não existisse economia e mesmo com todos os problemas supostamente solucionados ainda não haveria. O máximo que chegaríamos após a solução dos problemas básicos da Região Norte seria uma vocação. Ou melhor, a descoberta de uma.

As soluções milagrosas propostas pela revista são investir mais no turismo da região amazônica e investir também na recuperação das terras exauridas.

Acredito que a verdadeira solução para o “homem da Amazônia” seria, primeiramente, deixar a condição de “ser ajudado” pelo resto do Brasil e do mundo e começar a se ajudar. Um bom começo seria defender sua própria imagem e reagir a ataques passivo-agressivos mascarados de reportagem. Se nada disso funcionar poderíamos fazer uma coleta de uns vinte jacarés, trinta tracajás e vários quilos de pirarucu salgado pra tentar levantar a economia.

Ana Paula de Melo Freitas 4JLN11

Um futuro de riqueza sem devastação
É de uma extrema falta de conhecimento, e o mínimo de inteligência falar de Amazônia sem se quer cita Belém, que é a metrópole da Amazônia.
Apesar da falta de infra-estrutura de toda a Amazônia e não uma só parte dela, não se pode excluir o Pará do mapa turístico, pois o Pará ainda é um dos lugares mais visitados da Amazônia. Dizer que o Pará é terra sem lei, é dar tiro no próprio pé, pois São Paulo e Rio de Janeiro não são muitos diferentes, o que falta não são leis, e sim contingente, para suprir a necessidade e carência do estado de segurança publica mais efetiva.
O governo do Pará investe pouco em turismos, o que é um pecado, pois com tanta riqueza e beleza daria para o estado se sustentar só com o turismo. Não queremos defender o Pará por sermos natural do mesmo, mais queremos que a justiça seja feita.
A edição da Veja Amazônia, foi à série de reportagem mais discriminatória já vista do Pará, um amontoado de reportagens sem um estudo prévio para se compreender o que é Amazônia. Homem da Amazônia não estar só no Amazonas, e sim em todos os estado que fazem parte da Amazônia o que inclui o Pará, excluído da reportagem Veja Amazônia. Que mostra homens, vindo de outros estados, tentarem a vida na Amazônia, e não mostra o maior nativo das terras amazônicas o índio.
Uma das formas de combate ao desmatamento são os projetos,
Um dos mais importantes é desenvolvido pela EMBRAPA, que buscam contribuir para a ampliação na adoção de sistemas agroflorestais como opções à ocupação de áreas já desmatadas na Amazônia, em especial aquelas em diferentes graus de degradação, através de ações programadas em quatro projetos, que abordarão respectivamente, o diagnóstico de causas de degradação de diferentes sistemas de uso da terra vigentes; a proposição de sistemas agroflorestais voltados à recuperação de áreas degradadas; desenvolvimento de estratégias participativas de delineamento e implantação de sistemas agroflorestais voltados à recuperação de áreas degradadas; definição de indicadores de degradação e de sustentabilidade para sistemas tradicionais e alternativos.
As soluções milagrosas propostas pela revista são investir mais no turismo da região amazônica e investir também na recuperação das terras exauridas.
Acreditamos que a verdadeira solução para o “homem da Amazônia” seria, primeiramente, deixar a condição de “ser ajudado” pelo resto do Brasil e do mundo e começar a se ajudar. Um bom começo seria defender sua própria imagem e reagir a ataques passivo-agressivos mascarados de reportagem. Se nada disso funcionar poderíamos fazer uma coleta de uns vinte jacarés, trinta tracajás e vários quilos de pirarucu salgado pra tentar levantar a economia.

Ana Paula de Melo Freitas 4JLN11
Denis Cardoso Baima
Elza Ribeiro Vieira

Amazônia Terra sem lei

A região Amazônica é coberta por um envoltório de mitos. A cultura local é depredada mundo afora tendo, através de certos meios midiáticos, um auxílio nesta divulgação. É criada então, uma famosa lenda que ajuda na desconstrução do imaginário da Amazônia, baseando-se apenas nos conflitos fundiários que há na região. “Violência atrás de violência”, é o que dizem. E dizem mais: A Amazônia é terra de homens sem leis que escrevem com balas a trágica história de quem vai contra seus objetivos. A irmã Dorothy Stang foi vítima deste episódio. A missionária norte-americana, que morreu no ano de 2005, em Anapu; contribuiu para as estatísticas: a terra faz mais uma vítima e a justiça agiliza o processo (já que se trata de uma figura internacional, e não um reles trabalhador brasileiro). E a Amazônia vai para a capa de revistas como a Veja, com o título “Terra sem lei”.

Não, a região amazônica não é uma terra sem lei. E não, na Amazônia, a lei que rege não é a da selva. Até porque selva quase não se tem mais, por causa do desmatamento provocado pelos imigrantes que vieram para cá. (Milhões e milhões de madeira. O que ribeirinhos, que vivem às beiras de rios, levando vidas simples, sem capacidade ou estrutura para construir uma madeireira ou algo do gênero, fariam com tanta madeira?) Lei da Selva é a lei do capitalismo, na qual o mais forte sempre ganha.

Justiça e polícia faltam em todo o país, não apenas nessa região. O desenvolvimento da Amazônia não depende exclusivamente do fim de conflitos agrários entre trabalhadores da região. O desenvolvimento da Amazônia depende é de leis que a protejam a nível nacional e internacional, efetivamente. E principalmente, depende de colaboração e respeito. Coisa que, infelizmente, não depende apenas da população nortista. Porque se dependesse, não teria chegado aonde chegou.

Reduto de tráfico de drogas. Drogas são traficadas em boa parte do mundo e, a nível nacional, existe reduto pior que o das grandes favelas do Rio de Janeiro? Contrabando de armas. E quem é que as vende para cá? Tráfico de animais. Quem os compra? Com tantos animais, por qual motivo a população da Amazônia os comercializaria entre si? Exportar rende mais do que importar, reza a lenda. E o comércio só funciona porque tem gente que consume. Vale sempre lembrar.

“É preciso salvar também as cidades.” Claro, com certeza. Mas antes, é preciso salvar o Brasil. A corrupção que retira a renda destinada para melhorias nas cidades amazônicas para colocar no porquinho de figurões da política existe há muito tempo. E não começou entre os índios. Políticos geralmente seguem os exemplos de seus mestres. E dentro da região amazônica, o estado do Pará; com sua segurança pública e justiça perene (vide o antônimo, por favor), insere-se no mapa sangrento das mazelas oriundas do tráfico de drogas e a brutalidade no campo.

A real definição da Amazônia e de sua população não deve ser levada em consideração quando feita por um jornalismo que é feito pela moeda - e só de um lado dela.

Por Vivian Nery Mendes e Débora Quaresma Meireles, 4JLN11

O Universo Paralelo chamado Amazônia

Sobre a matéria "Cicatrizes dos nossos erros"...
Há tempos vivemos em uma sociedade isolada do resto do Brasil. As diferenças de culturas, hábitos, ritmos e fé, nos inibem de uma sociedade que dita o certo do errado, sem ouvir o que nós temos a dizer.
Lendo a reportagem, Cicatrizes dos nossos erros, da VEJA/ESPECIAL DE SETEMBRO, destaco o total equivoco dos discursos e narrações feitos pelos repórteres, ou melhor, exigidos pela linha Editorial da VEJA.
Trecho da Reportagem:

“As grandes rodovias foram abertas pelo governo federal, que promoveu a ida de COLONOS para a Amazônia na década de 70.”

Espera aí, eu realmente não sabia que tínhamos sido colonizados nos anos 70. Eu sei que existiram os grandes projetos nesses anos, mas colonização! O mais estranho de tudo é que meus parentes são todos paraenses e nenhum deles tem traços indígenas, a minha família está aqui desde o inicio do século XX. Não estou querendo menosprezar a cultura e os traços indígenas, mas quando dizem que a Amazônia foi colonizada nos anos 70, criam uma barreira cultural vividas nos últimos duzentos anos.
Não vou ser falso demagogo ao ponto de negar que a culpa por desmatar a Amazônia desordenadamente não seja de quem vive aqui. Mas se foram construídas estradas aqui, tinham propósitos além de sustentar pequenos povoamentos na beira da estrada, o objetivo era sustentar o mercado do resto do país e não entregar um imenso território para países vizinhos. Se as estradas e os requisitos mínimos de infra-estrutura estão abaixo do necessário, a culpa não é somente nossa, apesar da revista dizer isso.
A Amazônia está recheada de péssimos políticos que usam o dinheiro público em obras invisíveis ao invés de criar incentivos que pudesse elevar a imagem da região para o mundo. Todos sabem que Amazônia é mundialmente conhecida por suas riquezas naturais, e também pela sua rápida destruição. Para muitos na Amazônia só existem índios e animais silvestre – em grande maioria extinta por conta dos outros habitantes da terra – que circulam e convivem em plena harmonia.
Quando mostram o povo, são aqueles que vivem em pequenas vilas, com cerca de 1000 habitantes, no meio de um universo verde – ou queimado.
Se há estradas irregulares e impróprias para o trânsito de carretas, ônibus e caminhões a partir do território amazônico, é porque não existe uma política federal firme para punir os responsáveis, ou melhor, os irresponsáveis que não se preocupam com o Direito de ir é vir de quem habita esse tão “desatualizado” e distante território brasileiro.
A Amazônia é rica em conhecimento, arte, cultura, arquitetura, e principalmente, diversidade. Não apenas de animais, plantas ou árvores – roubadas ou exportadas para o mundo-, mas também de gente, de um conteúdo múltiplo de culturas que formam a Amazônia Humana. É certo que temos que melhorar muito – significativamente-, mas o que não ajuda é o controle e manipulação de informações negativas divulgadas para o Brasil a fora.
Precisamos diminuir o desmatamento e plantar mais mudas, porém, para isso acontecer, é preciso à criação de uma transparência capaz de mostrar para a sociedade que Amazônia não é apenas o texto sensacionalista posto pelas mídias tendenciosas, e que o reflexo dessa visão preconceituosa apenas deixa a Amazônia nesse “Universo Paralelo” onde cada vez mais nos distanciamos da realidade social.

Texto:
Pedro Barros Cavalcante 4JLN1
Edição:
Maria do Espiríto Santo Barbalho
Danilo Magela Barros Sousa

Veja a Amazônia

Sobre as riquezas naturais

A revista Veja especial Amazônia do mês de setembro, destaca as riquezas naturais, sua economia e sua cultura, de forma muito superficial, alem de enaltecer o estado do Amazonas e desqualificar o estado do Pará. Na matéria “A economia que poupa a floresta”, mostra-se a cidade de Manaus como referencia em desenvolvimento sustentável, ao contrário do Pará, que é mostrado como o “monstro da floresta”, que só desmata e destrói com a natureza. Mas afinal, a revista não é um especial sobre a Amazônia?

Manaus se tornou um exemplo de empreendedorismo na Amazônia, pois mostra a zona franca de Manaus, como um pólo econômico, onde grandes indústrias como a Honda e a Nokia, investem intensamente na capital, sem se quer derrubar uma única árvore. Mas dizer que a cobertura da floresta do estado do amazonas é de 98% de fato nos remete ao lúdico, pois na Amazônia foram implantados os “grandes projetos” de desenvolvimento na déc. 50. Será que desde essa época não se desmatou mais nenhuma área na região? E só o estado do Pará que devasta o verde, como consta na matéria.

De fato o Amazonas cresceu e se desenvolveu ao longo dos anos, mas dizer que no Pará a economia é gerada somente, através do extrativismo e do desmatamento, é limitar um estado que possui o melhor desenvolvimento em pesquisa da Amazônia, assim como demonstra a falta de competência de uma população que não sabe preservar o seu habitat e criar alternativas de sustentabilidade. Mas há empresas e mineradoras no estado. Exportamos diversos produtos, em vários segmentos, alimentícios, vestuário, artesanato, material in natura, entre outros.

Segundo a matéria, são cerca de 500.000 empregos, sendo 100.000 diretos e 400.000 indiretos. Mas sustentabilidade não esta relacionada com estabilidade? Onde está a sustentabilidade da região? Devemos acreditar que, empresas multinacionais estão instaladas em uma região, com grandes recursos naturais a serem explorados, para somente desenvolver a economia e ofertar emprego para a população. De onde essas empresas extraem sua matéria prima para a produção dos seus produtos. Não seria da Amazônia?

A revista não mostra o estado como um todo. As cidades que compõem o amazonas, não são cidades economicamente rentáveis, sendo geograficamente distantes e vivem da exploração da floresta. É uma contradição, pois temos uma matéria que mostra um estado economicamente moderno, com grandes empresas e empregos para todos. Mas não é bem assim, falta muito para que a região amazônica seja considerada desenvolvida, não só no aspecto econômico, mas principalmente, no social. A região tem um dos menores índices de desenvolvimento humano (IDH), bem como a educação esta distante de transformar toda a região em uma região de alfabetizados, ou seja, para se alcançar uma região, como a construída na matéria, necessita de outros aspectos, que vão além da economia.

Denilson de Almeida Barroso 4JLN11
Janaina Haila Lima da Cruz
Karina Samille Alves Costa

Ora vejam só...

Sobre a reportagem O Pulmão Intoxicado do Mundo
Que Amazônia é retratada na lente da revista VEJA?
O cenário é de destruição, abandono do homem selvagem – que precisa ser civilizado e finalmente resgatado pelo Salvador. Sim. A imagem mítica de que existe um povo sem lei, sem rei, sem um deus e sem educação. Esse discurso passa pelo víeis daquele mesmo que já conhecemos há muito tempo. O discurso de colonizadores e exploradores lá do século XVI e ainda de tantos outros discursos que aparecem no contexto da civilização.
O discurso ideológico utilizado em “O Pulmão intoxicado pelo diesel”, na matéria de VEJA, continua sendo a favor do estado do Amazonas, assim como nas outras matérias da revista, como se apenas eles utilizassem a natureza de forma sustentável. Intensificam os números. Generalizam as condições de vida de ribeirinhos com a população amazônica.

Kyria Melo Rodrigues Monteiro 4JLN11

Ora, VEJAM só...
 Analisando de acordo com a semiótica, a manipulação exercida pela revista é muito mais que provocação e intimidação, é uma prática discursiva, no sentido foucaultiano.
O estereótipo que a revista tenta construir para a Amazônia é negativo ao extremo, isto é, ela mostra a população amazônica como se fosse a única culpada pela devastação, a única a utilizar a energia não sustentável, isso torna a visão que é exposta muito limitada e incompleta.
Outra crítica sem cabimento que a revista faz é com relação à poluição do ar. É quase inacreditável que se jogue toda a culpa em um só lugar do país. Foi isso que a VEJA fez, crucificou a Amazônia por envenenar a atmosfera com gases do efeito estufa. Além de sofrer com a devastação, a nossa Amazônia ainda precisa agüentar desaforos feitos por pessoas que pensam saber algo a respeito do assunto.
O principal problema na revista foi mandar pessoas que não vivem na Amazônia escreverem a respeito dela. O resultado foi essa edição vergonhosa da VEJA. Exibem um jornalismo vendido, que reinventou a Amazônia à própria maneira, ou seja, erroneamente.

Maria Waldecira Sarges de Souza 4JLN11

“Uma miragem amazônica”

“Uma miragem amazônica”

Silena Veiga 4 JLN11
Andrey dos Anjos
Cleomenes Mota

Repudiamos a idéia vendida por esta reportagem sob o titulo “Uma miragem amazônica”, da revista Veja, edição setembro de 2009, que versa sobre o modelo extratiista desenvolvido no estado do Acre, idealizado pelo líder sindical Chico Mendes que foi assassinado por defender um modelo de não agressão a natureza mantendo a floresta intacta e preservada.

Causa-nos revolta o desrespeito com que a revista trata a questão da sustentabilidade, defendendo a pecuária predatória em substituição a uma política de total abandono das populações acreanas.

Sem apresentar qualquer sugestão no sentido de integrar o homem da Amazônia aos benefícios das regiões mais ricas e bem atendidas do país. A revista simplesmente busca denegrir a imagem de uma figura impar na sociedade brasileira e de reconhecimento internacional.




ANÁLISE DA REPORTAGEM DA VEJA ESPECIAL AMAZÔNIA:

O TESOURO ESCONDIDO NA SELVA

“Se o governo usar melhor o que nós sabemos, em vez de criar empecilhos para a pesquisa, ainda dá tempo de salvar a floresta”.
(Willian Overal, entomólogo americano e ex funcionário do Museu Emílio Goeldi).
A matéria nos mostra claramente, que apesar de termos a maior biodiversidade do mundo, com forte potencial para se produzir e atender os vários setores industriais, esbarramos na falta de técnica para descobrir e explorar essa imensa riqueza.

Nós, amazônidas não temos projetos de pesquisa nem científicos eficientes, capazes de serem considerados qualificados, nossa demanda de cursos superiores voltados para a área nem se aproxima dos números do resto do país.

A biopirataria nos cerca de todos os lados. Cientistas e pesquisadores estrangeiros “invadem” nossa floresta e “roubam” o que poderíamos estudar. Burlam licenças e saem do país sem sequer terem nos dado satisfações. A burocracia é outro empecilho, fazendo com que muitos de nossos profissionais desistam de seus projetos. Com isso é crescente a demanda de estudiosos estrangeiros por aqui.

Boa parte do que sabemos sobre a nossa terra se deve a eles.

Para salvar a nossa floresta é necessário conhecer o bioma amazônico, mas infelizmente estamos de mãos atadas para tal.
Camila Emília Nonato de Barros 4 JLN11


VELHO ESTIGMA, NOVA ROUPAGEM
Thaís Luciana Corrêa Braga 4 JLN11

O tesouro escondido na selva – com esse título a Veja inicia a quinta matéria de sua edição especial Amazônia. Só essas cinco palavras já são o bastante para mostrar o preconceito e a ignorância da revista em relação ao que se propôs estudar.

“O”, artigo definido: remete a algo único, só, determinado; logo, conhecido. “Tesouro”, substantivo de significação relativa, mas geralmente atribuído a algo valioso. “O tesouro” ao qual a reportagem faz menção é a biodiversidade da Amazônia – o que, logo de cara, revela o desconhecimento do caráter multifacetário da região. Se o título fosse realmente justo, deveria ter sido colocado no plural, pois há muito mais do que variedade de espécies animais aqui. “Escondido”, forma verbal no particípio passado do verbo esconder. Além de não passar a idéia de movimento, significa que algo está guardado, encoberto, alguém precisa revelar, mostrar, desbravar – alguém que, de acordo com a reportagem, não é o amazônida. “Na selva”, advérbio de lugar; mostra onde o tesouro está escondido. Aqui, seria ponto para a Veja, caso ela realmente estivesse falando do ecossistema equatorial sem a carga depreciativa implícita no decorrer do texto.

Penso que a presença humana deveria ser considerada na reportagem como um dos tesouros da Amazônia – cujo valor não está escondido, embora os estrangeiros finjam não existir. Não me refiro apenas aos urbanóides das metrópoles; falo das pessoas que vivem nas reservas indígenas, nas comunidades quilombolas e nas regiões ribeirinhas. Gente que não precisa de comprovação escrita para saber a importância dos recursos naturais. Gente que merece igualmente ser objeto de estudo do saber dito científico em função da cultura produzida. Gente que também investiga a Amazônia, mesmo que para isso precise sair daqui para universidades do centro-sul.

O amazônida parece não existir para a revista. Tanto que nas imagens da matéria são apresentados apenas pesquisadores estrangeiros (a paulista, nesse contexto, pode ser considerada como tal). A exceção são das crianças apresentadas nas páginas de abertura da matéria (carregadas de subjetivismo... como se nós, aqui do norte, precisássemos de tutela, de guia para crescer) e a pesquisadora da Embrapa (o repórter não frisou a naturalidade da mulher, então posso supor que ela seja das bandas de cá).

Ou seja, mesmo depois de mais de 500 anos de história, a Amazônia ainda é vista como um vazio demográfico e cultural que precisa ser educado, já que ninguém aqui consegue pensar por si só. Realmente concordo que a quantidade de pesquisadores na Amazônia é pequena, que a burocracia brasileira dificulta bastante o trabalho legal dos mestres e doutores, que os cursos de pós-graduação precisam melhorar em qualidade. Daí a considerar que os sulistas e estrangeiros são os Messias da história é outra coisa. Engraçado que a reportagem fala da burocracia para se realizar pesquisas na Amazônia, contudo vangloria-se de mostrar que as universidades do sul e sudeste têm nota 7 no Capes – órgão igualmente burocrático e governamental, mas que ironicamente funciona para eles. Aparentemente, são dois pesos, duas medidas.

Quando o autor da matéria diz “boa parte do conhecimento que se tem sobre a Amazônia se deve aos estrangeiros”, ele joga fora o conhecimento das narrativas orais indígenas e ribeirinhas em função da ditadura da escrita. Essa ingrata frase permite, por exemplo, que eu rebata na mesma moeda, dizendo que São Paulo é um lixão a céu aberto. Ou que no Rio de Janeiro só tem traficante. Ou que em Brasília só tem ladrão. Ou que todo o nordeste vive na miséria.

Mas eu não farei isso, porque dessa forma estarei me igualando à pequenez de quem se acha superior. Quem sabe a revista, quando a Veja realmente quiser divulgar a sua versão acerca da Amazônia, ela primeiro passe pelo menos uns dez anos aqui e entenda a cultura, a dinâmica, a cosmovisão daqui. Daí, nesse dia, eu terei prazer em ler essa revista.

“É PRECISO MÃOS E CÉREBRO PARA DESCOBRIR A RIQUEZA ESCONDIDA DA AMAZÔNIA. E É ISSO QUE FALTA DE FORMA CRÔNICA À ESSA REGIÃO”
Lorena Palheta 4JLN11

Analisando esse trecho presente no início da reportagem, a idéia que o leitor tem é de que na Amazônia só há pessoas incapazes e preguiçosas que não possuem noção do potencial da floresta. Isso não é verdade. Essa visão é semelhante a do português ao se deparar com os índios.

Os povos nativos viviam (e os que sobreviveram ainda vivem) em sintonia, de maneira sustentável, com a floresta. Não foram esses nativos que trouxeram a destruição e devastação da floresta. Pelo contrário, eles foram os mais prejudicados com a urbanização e “modernização” que a Amazônia sofreu.

Indo contra ao que diz a reportagem, vale ressaltar que não são apenas pessoas de fora que entendem e discutem a Amazônia. Aqui existem profissionais e empresas emprenhados para tanto e o assunto “Amazônia” é muito discutido no meio acadêmico.

Ao falar que aqui não tem “cérebro”, o autor do texto esquece e desqualifica o conhecimento popular dos povos das florestas que aprendem a manipulação dos vegetais há várias gerações. Foi atrás do conhecimento desses povos que empresas como a “Natura” foram até a Amazônia e se apropriaram de técnicas usadas por eles para faturar e passar a idéia de empresa sustentável. Enquanto as quem vive da comercialização de ervas, sementes e essências ficam cada vez mais sem campo para trabalho e assistem suas idéias se transformarem em negócios milionários sem que elas tenham parte nisso.
RESPOSTA À REVISTA VEJA - Matéria: O homem da Amazônia

Digamos que a Veja surtou e com um olhar menos tendencioso e mais crítico resolveu reescrever desta forma o trecho que fez em sua matéria especial sobre a Amazônia:

“O destino da Amazônia depende muito mais de iniciativas públicas fiscalizadoras, principalmente de empresas abusivas que atuam na região, onde o maior prejudicado é o povo da Amazônia”.

Mas claro isso é um sonho, voltemos à realidade na qual foi escrita assim: “O destino da Amazônia depende muito mais de seus habitantes do que de papelórios de Brasília”.

Então, será que somos realmente nós, os homens desse chão, os culpados pelo desmatamento, pela poluição, pela destruição da Amazônia? Nada tem a ver com isso as grandes empresas, os empresários, os proprietários de pastos, os madeireiros? É claro que temos em parte culpa na devastação destas terras, porém é injustiça pôr a culpa simplesmente e unicamente no povo amazônida, como fez a revista Veja na matéria “O homem da Amazônia”.
Adriano Padilha 4JLN11



A revista nos mostra como pessoas sem perspectiva, meros ignorantes sem noção de como a floresta amazônica é importante para o mundo. Por acaso voltamos ao colonialismo, em que tinham os homens civilizados (europeus) que vinham ao Brasil e falavam mal dos selvagens (índios)? Nós, é claro, somos os selvagens da história. Os civilizados são os sulistas do país, onde levam daqui uma visão estereotipada e preconceituosa do povo. Em todos os cantos do Brasil, as pessoas têm uma imagem deturpada de como é a vida da população amazônica e de até mesmo como é a Amazônia.

A revista distorce ainda os ideais de Chico Mendes, dizendo que cansados de apenas ficar retirando latéx das seringueiras, os amazônidas buscam a derrubada das árvores e a caça predatória para conseguir sobreviver com uma qualidade de vida melhor. Entretanto, a revista se esqueceu de mencionar que os homens da Amazônia apenas são “instrumentos” de grandes corporações nacionais do sul e sudeste do país, que vem para o norte explorar irresponsavelmente os recursos naturais daqui, deixando um ambiente devastado e poluído para a população local. Essa mesma população que por executar o “trabalho manual” acaba levando a culpa de toda a destruição.
Helline Melo 4JLN11

Mas como em qualquer novela mexicana, a matéria também mostra o “mocinho” da história. E por que não o patrocinador da revista? Claro, estado do Amazonas. A revista afirma com tanta exatidão que até assusta: “O bom exemplo de sucesso está na outra ponta – aquela que prospera de costas para a floresta. Zona Franca de Manaus, uma riqueza produzida sem que seja necessário derrubar uma única árvore”. Que absurdo! Bom, até acreditaríamos se um interesse maior não estivesse por trás.

Interesse ou não, são muitos os homens da Amazônia. Eles não são formados só por catarinenses, gaúchos, baianos que vem para cá, como a revista mostrou. Amazônia possui multiplicidades de homens, tanto quanto multiplicidades de definições. É certo que aqui tem pobreza, mas também tem riqueza. Tem bons políticos, mas também corruptos. Na Amazônia tem o ribeirinho, o trabalhador, até executivo. E por que não índio com formação superior? Algum espanto? Causa espanto porque é do norte ou porque é índio?

Aqui tem tudo. Mas falta muito, como em todo o país. Ou já chegamos ao terceiro mundo, e ninguém alertou a Amazônia? Sejamos mais justos com nosso povo. Sejamos mais transparentes com o resto do país também. Definir a Amazônia e seu povo em algumas páginas de revista e com muita pretensão é subestimar a inteligência de qualquer brasileiro.
Suzielen Caldas 4JLN11

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Análise da propaganda da Metzo

Alunas: Isabela Leal e Larissa Seixas
4PPV-11

Esta propaganda foi veiculada na revista Veja Especial Amazônia (Ano 42/Veja 2130/Setembro 2009), e mostra como a Metso Expect Results, uma empresa que atua no mercado Brasileiro há 90 anos ganhou tradição e confiança na região Norte.
A Metso é líder mundial no fornecimento de tecnologia e serviços para as indústrias de mineração e construção. Seus clientes atuam em pedreiras, produção de agregados, construção, engenharia civil, mineração e processamento de minerais.
Podemos dizer que esta empresa contribuiu para a “Invenção da Amazônia”, pois através da extração mineral ela ajudou no desenvolvimento regional, instigando assim a formação de um povo, que se fortificou e adquiriu uma identidade social.
A Metso se preocupa também com a sustentabilidade da região por isso desenvolveu, ações previstas em lei e uma série de ações que beneficiam a comunidade onde está instalada. Um dos valores da empresa em todo o mundo é: Integração e apoio ao desenvolvimento da comunidade, e é sobre este conceito de desenvolvimento que trabalha a propaganda acima
Análise da Peça Publicitária – UNAMA (VEJA – Setembro de 2009)


Ana Carolina Morais
Caroline Lima
Eric Bordalo
Leandro Borges
Renan Motta 4PPV11

Ao analisar a propaganda da revista Veja, de setembro de 2009, referente à Universidade da Amazônia – UNAMA, no qual de fundo possui a imagem de uma folha bem ampliada onde podemos ver no centro seu caule e suas ramificações, podemos correlacionar interpretações entre a imagem e os textos que subjetivamente foram escolhidos na propaganda.
“Nosso nome já um compromisso”, “O nosso norte é educar para o desenvolvimento da Amazônia”, “A Unama cresce ajudando os outros crescer”, essas mensagens são todas de um caráter de responsabilidade social muito grande, são mensagens que expressam o valor que a Universidade atribui ao que ela pode lhe oferecer, ou no que ela pode lhe tornar a ser.
Hoje no mundo atual, sabemos as dificuldades de nos incluirmos socialmente, precisamos de uma estabilidade financeira, a busca de nossas realizações, todo esse processo inicia-se na preparação e na formação de um profissional capacitado que possa um dia ingressar no mercado.

O ser humano, portanto, constitui-se na e por meio da alteridade, e todas as atividades e papéis por ele desempenhados, nas mais diversas esferas do mundo social, encontram-se impregnados do discurso de outrem (Fairclough, 1992).

A Unama, em sua propaganda, nos diz que cresce e nos ajuda a crescer. Isso pode ser interpretado pela imagem, a folha de fundo pode representar a Unama, sendo especificamente o eixo central, o caule; e nós, estudantes, futuros profissionais, e até mesmo os já formados, são as ramificações da folha, ela cresce, e nos ajuda a crescer.

Análise da propaganda da CPFL

Caio, Felipe, Nívea, Ronaldo 4 PPV11

A edição especial da revista Veja de setembro de 2009 trouxe uma edição especial, “Veja Amazônia- O fator humano”. A revista trás em seu conteúdo a preocupação com o destino e vida das pessoas habitantes da região, mostra também outros fatores que prejudicam a preservação e o desenvolvimento local.
O curioso é que a revista possui diversas propagandas de empresas e marcas que querem agregar sua imagem a valores e causas sociais. Nesses casos a publicidade não age a favor da verdade, devido ao fato de que ultimamente os olhares do mundo todo estão voltados para a questão da Amazônia.
A floresta a cada dia é mais devastada e explorada com isso instaurou-se uma preocupação com os aspectos ambientais, instaurou-se a tendência ao consumo consciente a publicidade se adéqua a esses aspectos para atender as novas necessidades de consumo.
O anúncio da CPFL Energia apresenta uma reflexão sobre formas de gerar energia para enfrentar novos desafios para nova economia que está supostamente pautada em um modelo sustentável. Para olhares mais atentos, percebe-se com pouco êxito, o apelo maior ao consumo do que a consciência. O que as empresas querem é continuar lucrando, mesmo tendo como conceito um modelo de consumo que se preocupa com a preservação ambiental, mas que no seu endosso está pautada no apelo capitalista.
Análise da propaganda de Imerys
Bárbara, Camilo, Tárcio e Vitor 4PPV11












A Imerys Rio Capim Caulim é uma empresa produtora líder mundial de pigmentos branco e carbonatos. Todo o ano a Imerys investe milhões em propagandas nos maiores jornais do estado. Na revista Veja Amazônia, de setembro de 2009, a empresa francesa decidiu por divulgar suas bem sucedidas causas sociais.
Sob a frase “... fazer gente crescer é essencial” a Imerys “mostra” suas iniciativas sociais que já beneficiaram, segundo a propaganda, mais de duas mil pessoas. Porém a Imerys não descreve um dos principais motivos de sua fama: uma sucessão de acidentes ambientais que afetou os rios da cidade de Barcarena, cidade próxima a Belém, onde a empresa atua.
Os acidentes afetaram a biodiversidade do local e a vida dos ribeirinhos. Um dos acidentes mais graves e de maior repercussão aconteceu em junho de 2007 e atngiu cerca de 500 famílias (ou duas mil pessoas – o mesmo número de pessoas que segundo a empresa são assistidas pelos programas sociais da Imerys).
O site da Imerys não oferece qualquer explicação para os acidentes ambientais, ou até mesmo algum pedido de desculpa, porém é um prodígio na exaltação das adesões da empresa aos preceitos de desenvolvimento sustentável.
Análise da propaganda do Governo do Estado de São Paulo I

CAMILA TAQUES
MÔNIELLY GESTER
PRISCILA OLIVEIRA.
4PPM11


É inexplicável a presença da propaganda do Governo de São Paulo na edição da Revista Veja “Especial Amazônia”, aliás, é completamente explicável: oportunismo.
Vale a pena citar que a revista trata de maneira preconceituosa o homem amazônico como o “novo tipo de brasileiro”, como se já não fossemos há muito tempo e, pra agravar mais, nos responsabilizam pelo desmatamento da Amazônia, como se o sul do Brasil não fizesse parte de tudo isso!
A propaganda do governo de São Paulo, trata-se de um projeto, que nem na Amazônia é, denominado de “Programa Vida Nova”. A proposta é de – especificamente – citados 1 bilhão e 200 milhões de reais, que será designado para obras na Grande São Paulo, gerando empregos e construindo uma nova rede coletora de esgoto e outros benefícios que serão na própria metrópole. Ah! Eles citam também o plantio de 16 mil mudas de árvores. Será que elas serão plantadas aqui, na Amazônia?
Vamos pensar um pouco. Uma revista nacional, com foco na Amazônia, norte do Brasil... O que tem a ver uma propaganda de um projeto, dizendo eles, sustentável, em SP? E ainda tem gente que acha que isso gera alguma ajuda pra nós, nortistas. A publicidade realmente meche com a cabeça das pessoas!
Ao ler a revista, parece que não damos valor ao que temos e que vivemos no meio da Floresta Amazônica, prontos para destruí-la sem consciência de nada, como pessoas que precisam de apoio e ajuda para entender e conhecer o valor da floresta.

A Revista Veja “Especial na Amazônia” passa claramente uma visão preconceituosa que foca somente os defeitos e dificuldades que enfrentamos na região, que não é muito diferente das dificuldades de outras regiões e acaba taxando os moradores do Norte do país de irresponsáveis. Além disso, nos deparamos com a ignorância dos que desconhecem o Pará enquanto estado amazônico e classificam apenas o Amazonas como tal.
Análise da propaganda do Governo do Estado de São Paulo II

Paula Cleidiane Leal Barbosa 4PPM11
Paula Thaynara Leal Barbosa
A propaganda do Estado de São Paulo, na Revista Veja que fala sobre a Região Amazônia, é uma estratégia para mostrar que o estado também contribui para o meio ambiente. Mas, na realidade, sabemos que é o estado com a maior população do país e com alto índice de poluição. Lá se localiza o rio Tietê, com uma poluição praticamente irreversível, que prejudica todo o ecossistema daquela região.
Em pesquisa ao site do governo do Estado de São Paulo, o Programa Vida Nova que trata da Represa de Billings (citada na propaganda), podemos observar que para sair o projeto, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) contará com um empréstimo do governo Japonês, através da Japan International Cooperation Agency (JICA) no valor de US$ 62 milhões que custeará 50% do projeto.
Este acordo deixa clara a deficiência desse estado em relação ao meio ambiente e a viabilização do projeto. Por isso, se faz necessário investir em propagandas informando as mudanças que vem ocorrendo nesse sentido e buscar tirar a imagem negativa que o estado passa pelo seu alto índice de poluição, principalmente na região metropolitana do estado.
A propaganda se tornou de maneira favorável para o Estado de São Paulo.

Análise da propaganda do Cesupa


Mayara Barros
Sebastião Neto 4PPM11
Tudo que o mundo sabe sobre o que é e o que acontece na Amazônia é resultado do que a mídia formatou, ou seja, as mídias como formadoras de opinião têm uma certa credibilidade. Ao divulgar notícias, os telespectadores acreditam e tomam a própria notícia como opinião oficial.
Hoje, o que o mundo sabe sobre a Amazônia é que ela é um pedaço do planeta com grande concentração natural e que deve ser preservada, sabe também que o homem está degradando-a aos poucos, sem pensar no futuro. Interessadas nisso, no que os meios de comunicação estão difundindo sobre a Amazônia, as empresas tentam pegar carona, propagandeando que estão preocupadas com o futuro e por isso desenvolvem projetos ambientais. Atualmente quando uma empresa divulga que dentre suas ações empresarias estão os projetos, logo associamos a idéia de uma grande empresa.
Visando agregar prestígio as suas marcas, grandes empresa espetacularizam seus projetos. Muitas vezes apenas para minimizar ou desviar as atenções sobre os impactos que elas mesmas causam no ambiente.
A Veja, sendo uma revista nacional, carrega uma grande credibilidade, além de ser uma formadora de opinião. Com essa edição especial, falando da Amazônia, muitas instituições viram a oportunidade de propagandear seus projetos, dentre elas o Cesupa. Sendo um dos poucos representantes do Pará anunciando na revista.
O Cesupa, ao anunciar na Veja, objetiva agregar valor a marca e ser conhecido nacionalmente. A instituição aposta, como ingrediente para salvar a Amazônia, na educação. Como já sabemos, o homem degrada o ambiente aos poucos e enquanto a maioria das empresas tenta reparar isso, com projetos de preservação e remanejamento o Cesupa pensa no futuro, em educar futuros empresários, e lhes dar uma visão de mundo sem perder o empreendedorismo.
Análise da Propaganda do Governo do Estado do Amazonas

Cássia Matos
Juliana Escobar
Renata Franco
Thatiana Uchôa 4PPM11
A propaganda do Governo do Estado do Amazonas vende uma imagem de Amazônia próspera, como um palco de projetos bons e inovadores, com quase totalidade da sua área preservada; quem vê pode se tranqüilizar sobre os problemas da região.
É aí que mora o perigo, porque apesar da boa intenção de projetos como o bolsa floresta, o governo não pode afirmar que ele beneficia ‘’6 mil famílias’’ quando desde sua criação, das 7 reservas inclusas no programa, até 2008 apenas uma havia sido ‘’beneficiada’’, e milhares de agricultores permanecem em completo abandono.
A Amazônia está longe de receber esse apoio que está sendo vendido, existem muitos projetos, mas sua execução não é plena, pelo contrário, há que se trabalhar para reduzir suas falhas, e infelizmente, de modo algum pode ser afirmado que 98% de área preservada no Amazonas é o bastante para receber o status de “maior vanguarda social, ambiental e econômica do milênio’’ (mesmo sendo um triunfo para o Estado e o país), quando a cada dia os índices de desmatamento na Amazônia e demais florestas do Brasil aumentam.
Análise da propaganda da Petrobrás I



Manuela Alves
Thays Teixeira 4PPM11
A maioria das grandes empresas procura aliar sua imagem à preservação do meio ambiente e a sustentabilidade. Essa é uma estratégia que tem como propósito agregar valor às suas marcas, para que possam ser vistas com olhares positivos. Dessa forma, procuram exaltar seus projetos ambientais como se fossem a única empresa que não prejudica as pessoas nem a natureza. Entre as grandes empresas que agregam prestígio através de projetos sócio- ambientais, podemos encontrar a Petrobrás.
A Petrobrás é uma das maiores empresas petrolíferas do mundo e ocupa o sexto lugar entre as maiores empresas do mundo em valor de mercado. Ela empresa é vista como a empresa que mais investe em desenvolvimento e pesquisa, em tese, sempre se preocupando com o meio ambiente. Isto pode ser observado no seu lema "Uma empresa integrada de energia que atua com responsabilidade social e ambiental".
Mesmo com todo essa imagem que a empresa quer passar para o mundo, pode-se dizer que é quase impossivel que uma empresa que explore, produza, comercializa e transporta petróleo não traga nenhum prejuizo para o meio ambiente.

Análise da propaganda da Petrobrás II
Patrícia abreu
Rafaela Rodrigues4PPM11
A Revista Veja lançou uma edição especial sobre a Amazônia e uma das propagandas contidas nesta edição foi a da empresa Petrobrás. A propaganda mostrava o trabalho que empresa realiza na Amazõnia, ressaltando o respeito que a empresa tem pelo meio ambiente. Esta revista por ter prestígio e ser conhecida nacionalmente, agregou à propaganda da empresa credibilidade e confiança.
A Petrobrás se rotular como a empresa que se preocupa com o meio ambiente e principalmente a Amazônia, como é mostrado na revista Veja e em outros veículos da mídia, parece ser contraditório quando se tem diversas críticas a respeito desta empresa por poluir a natureza.
Por detrás da imagem de empresa sustentável existe graves acusações, como “rompimento de dutos da Petrobras polui condomínio”, “Petrobrás é a empresa que mais polui as águas do país” diz estudo, “Greenpeace acusa Petrobrás de poluir baía”, entre outras. Essas são algumas, das varias, crítica a respeito do descaso da empresa Petrobrás com a natureza.
Andréa Silva
Blenda Gomes
Izabella Alves
Victoria Oliveira
4PPM11













Mais uma empresa petrolífera sob o discurso do planeta sustentável.
A moda da sustentabilidade está aí, e muitas empresas estão comprando essa ideia. A Shell, uma das sete irmãs, não poderia ficar ausente. Assim, publicaram na Revista Veja Amazônia este anúncio com imagem de design totalmente diferenciado, remetendo ao psicodélico, com cores vibrantes, e formas de desenho de caráter nostálgico, – marcando o conceito trabalhado “futuro” – os quais prendem a atenção do leitor fazendo com que a mente dele seja levada a qualquer campo de transcendência, deixando o texto como área de descanso visual.
Mas me faça um favor e leia o texto “explicativo” para perceber as varias entrelinhas aqui explicitadas. É montado um discurso de autopromoção diante da temática “planeta sustentável”, desviando o foco daquilo que parece ser o assunto, utilizando-o mais como campanha de oportunidade do que mote da peça.
Para tal, vemos um vocabulário totalmente estratégico se tornando confuso comprometendo a leitura objetiva. Como por exemplo, o que entendes com “continuamos a assegurar o suprimento de energia”? Não é a mesma coisa que “Relaxa brother, ainda temos petróleo para você e CO2 para o meio ambiente”?! E essa utilização da energia de maneira eficiente, como assim? Além de, “para descobrir mais” sobre a grande Shell, que se preocupa com o futuro do mundo, “acesse o site”... Quem se interessaria ou se lembraria de acessar o tal site a busca de informações?
Mas toda essa importância com o meio ambiente não seria por remorso, muito menos para se redimir – devido ao seu produto mercadológico – mas sim por fins lucrativos, sabendo que a área amazônica possui as maiores reservas de petróleo e gás, com maior volume... Advinhas aonde? Amazonas, Amapá, Pará.
Então, meu caro, por mais que essas empresas apresentem campanhas publicitárias sensacionais com soluções criativas para os futuros problemas da sociedade, em nome da sustentabilidade, pense; pois nem tudo que se vê é o que realmente quer dizer.