domingo, 16 de janeiro de 2011

Hibridizações na Amazônia: novos caminhos da música clássica em Belém

UNAMA - 2PPN1- 2010
Rodrigo Binttencourt
Wiliiam Syade
Aryevellis Damasceno
Deyse Mello
Jordan Magave

Vivemos em um mundo totalmente híbrido, onde a globalização foi o principal movimento que influenciou essa mistura de estilos de vidas, culturas e etc. A cultura intocável não existe mais, todas as culturas existentes já sofreram esse processo de hibridação, com a inserção de modos, gestos e crenças de outras culturas.

O foco desta postagem é a hibridação da produção musical em Belém. A música erudita é considera por muitos um movimento musical magnífico, com suas notas sempre servindo de base magnífica para as notas seguintes, ocorrendo um ritmo linear da música, em que sua propagação é melódica ou simplesmente feliz. Os dizeres das cordas são suficientes para sua magnitude, o modo de interpretá-la se torna subjetivo, o ouvinte interage ao decorrer de sua melodia, sentindo a emoção dos próprios músicos.

Só que a grande razão por fazer esse trabalho não é a música clássica tradicional, é mostrar a sua mistura, o seu novo foco, tendo em vista as grandes mídias fazendo parte de sua composição, por isso procuramos por uma banda que conseguisse mostrar tudo o que queríamos: o tradicional misturado com a pop arte. Então, encontramos a Orquestra Juvenil de Violoncelistas da Amazônia, um grupo formado por jovens com faixa etária entre 14 a 18 anos, que conseguem unir suas paixões: o clássico com o contemporâneo.



Quem está acostumado a ver uma orquestra tocando daquela forma estática e concentrada no seu instrumento, não consegue achar essa mesma característica nessa orquestra. Além do show ser marcado pela habilidade que cada um tem com o instrumento, suas performances são divertidas e contagiantes, fazendo o público entrar em uma sintonia com a “banda”.

Seu repertório é variado. Tocam desde o primeiro prelúdio de Bach, passando por Metallica, The Beatles e agora com experimentações de música clássica com o dance, estilo musical tocado em boates que tem a intenção de manter o ouvinte animado e entusiasmado com o ambiente.

A grande questão é: essa mistura é boa ou má? Na verdade, não depende da música, depende do seu ouvinte, pois, os mais conservadores abominam essa intervenção, acham que a música erudita está sofrendo uma depredação cultural e que tal feito não deveria está ocorrendo. Só que por outro lado existem pessoas que se encantam com esse estilo, fazendo com que alguns se aproximem mais da música clássica.

A experimentação é bem vinda! Tem que ser feita! A pessoa tem que viver o seu tempo!