Praça da República, em Belém Foto: Monica Cruvinel |
Vivemos um momento bem particular da história da humanidade, o início do século 21. A dinâmica e o alcance dos meios de comunicação, de nosso tempo, acabam por nos bombardear de informações. A internet, com suas redes sociais, a televisão a cabo e o telefone celular, responsáveis em grande parte por esta realidade, representam, hoje, alguns dos novos rumos da comunicação humana.
As notícias já não se renovam diariamente, seguindo a dinâmica dos jornais impressos ou dos telejornais. A internet, e sua transmissão em tempo real confere uma nova forma de pensar a cultura midiática contemporânea. Os twitts atualizam a informação a cada segundo. Por outro lado, ao contrário do que se imaginava no início do século XX, a tecnologia não resolveu o problema da distribuição de renda no planeta, nem tampouco diminuiu a destruição do meio ambiente. Vivemos em um grande paradoxo: banda larga e equipamentos muito potentes, mas restrito apenas a uma pequena parcela da população.
A globalização resultante desta nova dinâmica da comunicação também interfere em uma nova significação para ciência. Se no início do século XX, a antropologia, a sociologia, a lingüística e a psicologia começavam a se firmar como ciências autônomas e precisavam demarcar claramente as fronteiras que as diferenciavam, hoje, é complicado querer limitar a compreensão de uma manifestação histórico-cultural, considerando apenas uma ciência. E há necessidade de diálogo com várias disciplinas, como a lingüística, a literatura e a semiótica, por exemplo.
O grande mosaico cultural que constitui a cultura brasileira é parte integrante deste novo cenário internacional, portanto, estamos inseridos nesta nova forma de globalização. Mas, não nos podemos esquecer de que a cultura brasileira, ou melhor dizendo, as “culturas brasileiras” contemporâneas são representações sociais que passaram e continuam passando pelos processos de transformações sociais de nosso país.
A universidade brasileira, por sua vez, precisa se localizar neste “novo mundo”. E, principalmente, redefinir suas posturas diante das diferenças que a constitui. Se historicamente sabemos que no Brasil, universidade nasceu para servir ao “macho, adulto, branco”, hoje, já não podemos mais silenciar as múltiplas identidades que constituem nosso país, com uma população formada por descendentes de índios, negros, europeus, libaneses, árabes...
Este mês, estamos reativando o breadosonline.blogspot.com. A partir de hoje, semanalmente, serão feitas novas postagens sobre processos de hibridização na cidade de Belém, de autoria dos alunos de publicidade da Unama.
Com quase 400 anos, a cidade de Belém exibe cenários múltiplos, onde podemos encrontar uma grande variedade arquitetônica. Como toda cidade latino-americana, tembém exibe suas paisagens a desigualdade social. Se encontrmos edifícios luxuosos, de momentos diferentes da história da Amazônia, por outro lado, a maior parte da população ainda não tem acesso ao saneamento básico.
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