sexta-feira, 8 de maio de 2020

A Mobilidade Urbana na Região Metropolitana de Belém: das ruas para escolas e das escolas para as ruas


      A questão da mobilidade urbana é um dilema enfrentado por todos os cidadãos: pedestres, ciclistas, motoristas de todas as categorias de veículos etc., principalmente em cidades grandes, nas quais o fluxo de veículos é prejudicial para a livre circulação de pessoas. A fim de proporcionar melhorias de mobilidade na região urbana, leis são criadas e aperfeiçoadas, pensando na melhoria do espaço geográfico de uma determinada região. 

No Brasil, a população que mais sofre com o problema de engarrafamento, por exemplo, é a paulistana, que enfrenta horas de congestionamento no dia a dia. Para combater essa dificuldade, a prefeitura da cidade de São Paulo criou muitas estratégias, tais como: rodízio de automóveis, construções de mais ruas, viadutos e vias de locomoção, a fim de proporcionar melhorias no trânsito. Na região metropolitana de Belém não é diferente: todos os dias, trabalhadores e estudantes passam, em média, duas horas para se deslocarem para Belém, o que causa desconforto aos cidadãos e mostra que, ao se tratar desse assunto na região metropolitana de Belém, muito há que se resolver. 

Podemos destacar uma das principais causas do inchaço no trânsito: o uso de veículos particulares, em detrimento do uso dos transportes coletivos. Isso se dá pela falta de segurança que os passageiros dos ônibus enfrentam, pela superlotação dos coletivos. Além disso, a poluição sonora e ambiental, causada pelos motoristas ne passageiros, é um problema que precisa ser combatido. 

Com base no postulado de Paulo Freire de que a educação é uma forma de intervenção no mundo, buscamos abordar o referido tema em nossa oficina, a fim de esclarecer algumas questões que possam redundar em mudanças práticas da parte dos envolvidos. 

A nossa oficina pretende apresentar o referido assunto para os alunos, a fim de que eles possam apreender o assunto abordado e que esse conhecimento possa redundar em mudanças práticas nas ruas de Belém.

A Inserção dos Jogos Indígenas nas Atividades Escolares

Universidade Federal do Pará - UFPA
Instituto de Letras e Comunicação - ILC
Faculdade de Letras - FALE
Disciplina: Recursos Tecnológicos no Ensino de Português
Docente: Ivânia Neves
Discentes: Débora Evelyn Santos
      Elaine Cristine Lisboa Pereira
      Monike Star Fernandes Alves

      Ricardo Melo Gomes

Fonte: http://www.huffpostbrasil.com/2015/04/19/1-edicao-dos-jogos-mundiais-dos-povos-indigenas-tera-mais-de-2_a_21676235/

A cultura brasileira reúne características dos vários povos indígenas, os quais possuem uma história desde muito antes da colonização. A herança sociocultural do Brasil tem influência de costumes e outros aspectos de vida desses povos, entre eles o esporte e o lazer, os quais apresentam características lúdicas, por onde também permeiam as histórias e os valores culturais. Desse modo, este trabalho tem como objetivo preservar a importância intercultural indígena, dos jogos indígenas.
            É de nosso conhecimento que os valores culturais indígenas são de suma importância para a nossa formação enquanto sociedade. Em contraste, as crianças do século XXI, por se envolverem com os avanços atuais, não costumam brincar com esses jogos, em consequência disso, eles estão entrando em desuso. Dessa forma, uma maneira de intervir nisso, pode ser apresentar os jogos indígenas como parte do conteúdo escolar para alunos.
As crianças brincam preparando-se para o futuro’, diz Ednelson Andrade Monteiro, Professor Indígena Sateré-Mawé, do baixo Amazonas, se referindo às crianças de sua aldeia. Neste sentido, acreditamos que ele quis se referir que o brincar levará as crianças a garantir a permanência ao longo do tempo das experiências acumuladas pela comunidade indígena numa perspectiva de sobrevivência, identidade e evolução adaptativa ao mundo, sem perder de vista o tempo histórico de seu povo. Um outro modo de dizer é que podemos nos referir a criança ao brincar, que ela vive, o aqui e o agora, pois a força do brincar enquanto atividade própria da infância representa a constituição de ser criança com todos os seus sentimentos, valores, atos e vontades [...] (BARROS, p.139)
            Com o intuito de valorizar a cultura indígena, é importante que os professores incluam os jogos indígenas no conteúdo escolar, trazendo-os de volta ao contexto das crianças, para assim fortalecer a nossa cultura e continuar dando vida ao saberes dos povos indígenas. O conteúdo pode ser repassado aos alunos através dos recursos tecnológicos e midiáticos, a fim de que haja uma circulação do conteúdo para que outras pessoas possam ter acesso.
Infelizmente, uma parte significativa do ensino atual tende a não combinar-se com os meios audiovisuais, um grande erro, pois é possível ensinar e compartilhar informações através das diversas ferramentas tecnológicas. Por isso, de acordo com Martin-Barbero (2014, p.55) "O primeiro passo nessa direção será para que a escola – do primário à universidade – pense menos nos efeitos ideológicos e morais dos meios e mais no ecossistema comunicativo". Essa é uma maneira do educador fugir do modelo de ensino escolar antigo e ainda atual, o qual está enraizado na educação e assim utilizar unir os meios como uma forma de aprender e compartilhar a cultura indígena.

                               Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=yig0LbDD8Awv>

Referências
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Publicação original 1996.
MARTÍN-BARBERO, J. A Comunicação na Educação. São Paulo: Contexto, 2014.
PLANEJAMENTO DA OFICINA

Esporte e Lazer nas Escolas – Uma Proposta de inserção dos jogos indígenas nas atividades escolares

Público Alvo: alunos do 1º ano do Ensino Médio.
Duração: 20 h/a (5 Aulas com duração de 4 h/a cada)

JUSTIFICATIVA

        Alguns jogos que fazem parte de nossa sociedade urbana são heranças dos povos indígenas, aprender e compartilhar a historicidade desses jogos é muito importante para a preservação dos valores de um povo. Dessa forma, neste projeto optou-se por trabalhar o tema "Esporte e Lazer: A Inserção dos jogos indígenas nas atividades escolares", e através dessa oficina busca-se proporcionar aos alunos as oportunidades de obterem conhecimento sobre a história dos jogos indígenas. Ainda mais, reunir teoria e prática, de forma que compartilhemos informações adquiridas, contribuindo para o enriquecimento cultural uns dos outros, a fim de mostrar a importância e preservação da prática de tais jogos nos dias atuais. De conformidade com o que afirma Freire (1996, p.12) “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção”.
     Diante disso, neste trabalho, iremos usar os jogos indígenas não só como maneira de manter os saberes da cultura indígena, mas também adquiri-los e compartilhá-los com o máximo de pessoas possíveis. Para isso, utilizaremos alguns jogos, falaremos sobre a origem desses jogos, regras, e respectivas etapas que o compõem para a sua prática.

OBJETIVO GERAL

Reconhecer nos jogos indígenas a importância de seus saberes culturais e históricos, promovendo por meio destes uma relação intercultural.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar quais são os principais jogos indígenas, bem como as suas regras e origens.
Desenvolver uma pesquisa acerca do tema da oficina e a partir disso uma produção audiovisual.
Demonstrar a prática dos jogos dentro da produção audiovisual.
Apresentar os resultado das pesquisas em sala.

METODOLOGIA

AULA 1 – [4 h/a]

1° Momento

Primeiramente, será apresentado o tema da oficina e seus objetivos aos alunos. Pretende-se sondar por meio da conversa quais jogos indígenas fazem parte, mesmo que intuitivamente, de seus conhecimentos prévios. Os alunos irão relatar seus conhecimentos acerca dos jogos e o que eles pensam a respeito da preservação dos costumes e cultura dos povos indígenas.

2º Momento

Em seguida, será entregue o texto “CULTURAS EM TRANSFORMAÇÃO: os índios e a civilização” que debate a respeito da importância da preservação da cultura indígena e contém informações dos povos, suas histórias, como vivem atualmente, seus projetos para a preservação, etc. Após a leitura será feito um debate para identificar o que eles abstraíram do texto e também para levantar a questão sobre a importância e história dos jogos indígenas em geral, delimitando assim o tema abordado pela oficina.
Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-88392001000200006

3º Momento

Para integrar ao debate, será apresentado um documentário mostrando a cultura indígena e a importância de sua preservação e sobre os jogos em específicos, seus campeonatos, origens, etc. Depois da apresentação será levantada uma discussão acerca dos jogos indígenas e das relações interculturais.

                               Fonte: <https://www.youtube.com/watch?v=wcv9E3qBfDA>

4º Momento

Após a discussão, será explicada a pesquisa que a turma montará. Primeiramente serão delimitados os grupos, os quais cada um será responsável por pesquisar um jogo específico: de qual povo faz parte, sua origem, história (se houver), suas regras, quais instrumentos são necessários. Se houver necessidade um grupo poderá ficar responsável por mais de um jogo. Explicar-se-á que pós a pesquisa será elaborado também um conteúdo audiovisual acerca do jogo contendo toda a pesquisa e um tutorial prático de como jogar.

AULA 2 – [4 h/a]

1º Momento

Serão realizadas as orientações individuais com cada grupo, nas quais eles apresentarão os resultados das pesquisas e será aproveitada a ocasião para se esclarecer possíveis dúvidas.

2º Momento

Após as orientações a turma será informada acerca da produção audiovisual. Eles terão que produzir um vídeo tutorial. Nele conterá todas as informações que o grupo coletar na pesquisa acerca do jogo, história, regras, instrumentos necessários, imagens, além o próprio grupo explicando o jogo de modo prático. Cada vídeo deverá conter entre cinco e dez minutos.

AULA 3 – [4 h/a]

Nesta aula será realizada a primeira parte da socialização dos vídeos com a primeira metade da turma. Cada grupo apresentará seu vídeo contendo o jogo indígena com o qual ficou responsável e em seguida relatará como foi a experiência.

AULA 4 – [4 h/a]

Nesta aula será realizada a segunda parte da socialização dos vídeos com a segunda metade da turma. Ao final da aula a turma será informada que cada grupo montará um Quiz com seis perguntas cada sobre o jogo que pesquisou para que os demais colegas possam responder na aula seguinte.

AULA 5 – [4 h/a]

1º Momento

Primeiramente, a aula se iniciará com os grupos apresentando o Quiz para os demais colegas responderem. Assim incluímos uma forma de verificar o quanto a turma abstraiu de cada apresentação.

2º Momento

Em seguida se fará uma discussão sobre algumas ideias a respeito do que já foi abordado em sala para tentarmos identificar os proveitos que eles tiveram com a oficina, o que mais os chamou a atenção, o que aprenderam de mais importante sobre a valorização da cultura indígena.

AVALIAÇÃO

A avaliação se dará em contínuo, primeiramente, no decorrer da oficina, por meio de frequência e participação e ao final, quando os alunos terão que produzir o conteúdo em uma mídia digital, o qual será publicado em uma página no Facebook e que deverá conter os conceitos abstraídos no decorrer das pesquisas. Será considerado satisfatório o desempenho da equipe que apresentar um conteúdo digital bem estruturado, de acordo com o que foi proposto.

RECURSOS DIDÁTICOS

Cópias impressas dos textos; Quadro e pincel; Computador; Caixas de som; Projetor multimídia; Celulares.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARROS, João Luiz da Costa. Vivências corporais através do brincar na educação física infantil.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Publicação original 1996.
Jogos e cultura indígenas: possibilidades para a educação intercultural na escola / organização: Beleni Saláte Grando. – Cuiabá: EdUFMT, 2010.
MARTÍN-BARBERO, J. A Comunicação na Educação. São Paulo: Contexto, 2014.



SANEAMENTO BÁSICO: A ESCOLA E A COMUNIDADE, UM ENCONTRO ENTRE SABERES




SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE LETRAS E COMUNICAÇÃO
CURSO DE LETRAS – LÍNGUA PORTUGUESA

Disciplina: Recursos Tecnológicos
Docente: Ivânia Neves
Discentes: Andreza Pinheiro
Elizângela Santos
Izaira Costa
Janne Sousa


                             
É notória a importância da interdisciplinaridade no ensino-aprendizagem de qualquer tema, pois possibilita estabelecer conexão entre várias áreas do conhecimento, como: saúde, educação, tecnologia, entre outras. Um ponto significativo em relação à área da saúde diz respeito ao saneamento básico que é um direito constitucional e definido pela Lei Federal 11.445 de 05 de janeiro de 2007 no artigo 03, cuja definição segundo é:
Art. 3º Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I – saneamento básico: conjunto de serviços, infraestruturas, instalações operacionais de:
a)      Abastecimento de agua potável: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a capitação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição;
b)      Esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente;
c)      Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas;
d)     Drenagem e manejo das águas pluviais e urbanas: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões, de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas. (BRASIL, 2007)
Nesse viés, entende-se que saneamento básico é um conjunto de procedimentos que visa preservar, bem como alterar as condições do meio ambiente objetivando prevenir doenças e melhorando a qualidade de vida da sociedade em geral.
Nesse sentido, saneamento básico é um tema de notória relevância para ser debatido, buscando ampliar o conhecimento com intuito não apenas, de atingir as salas de aulas. Porém, através das atividades propostas e com os recursos de mídia que sejam capazes de alcançar uma parcela grande da população, visto que, escola e sociedade não pode ser dissociada, pois estão interligadas dentro de um mesmo contexto. Segundo o educador Paulo Freire (2011, p. 28) em seu livro, Pedagogia da Autonomia.
[...] A capacidade de aprender, não apenas para nos adaptar, mas sobretudo para transformar a realidade, para nela intervir, recriando-a, fala de nossa educabilidade a um nível distinto de um nível de adestramento dos outros animais ou do cultivo das plantas.
Para Freire, o ensino atinge o seu objetivo fundamental quando os saberes adquiridos na instituição educacional ultrapassam o âmbito escolar e chegam à sociedade, quando o aluno junta teoria e prática para atuar, mudar a realidade em que vive.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa.
 43ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
BRASIL. Lei Federal nº 11.445. Brasília, 2007.
BRASIL. Constituição Federal. Brasília, 1988.

Planejamento da oficina
Escola: Escola Estadual de Ensino Médio Santa Maria de Belém
Turma: 1º ano (301 b)
Tema: Saneamento básico: a escola e a comunidade um encontro entre saberes
Objetivo geral:
Ampliar os saberes acerca dos direitos e deveres no que tange o saneamento básico, visando à preservação do meio ambiente e da saúde pública.
Objetivos específicos:
Ø   Apresentar a definição de saneamento básico e como esse serviço pode estar presente na comunidade;
Ø   Mostrar como a falta de saneamento básico prejudica vários setores, bem como o meio ambiente e a saúde pública;
Ø   Informar a respeito dos direitos e deveres da comunidade em relação ao saneamento básico;
Ø   Instigar a se manifestar através das novas mídias;
Justificativa:
O saneamento básico é um direito constitucional do cidadão, pois está intrinsecamente ligado à manutenção da saúde pública e na preservação do meio ambiente. Dessa forma, através desse projeto busca-se ampliar o conhecimento a respeito dos serviços públicos essenciais à população. Ademais, além de ampliar os saberes no que concerne ao saneamento básico, também poderá dar suporte ao aluno como sujeito ativo para que ele possa atuar como intermediário entre a instituição de ensino e a sociedade, levando conhecimento para sua comunidade e intervindo nos problemas sociais que os cercam.
A Lei Federal 11.445 de 05 de janeiro de 2007 em seu artigo 03, define que saneamento básico é:
Art. 3º Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I – saneamento básico: conjunto de serviços, infraestruturas, instalações operacionais de:
e)      Abastecimento de agua potável: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a capitação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição;
f)       Esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente;
g)      Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas;
h)      Drenagem e manejo das águas pluviais e urbanas: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões, de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas. (BRASIL, 2007)
Segundo o educador Paulo Freire, o ensino atinge o seu objetivo fundamental quando os saberes adquiridos na instituição educacional ultrapassam o âmbito escolar e chegam à sociedade, quando o aluno junta teoria e prática para atuar, mudar a realidade em que vive.

Ainda no dizer de Freire,
[...] A capacidade de aprender, não apenas para nos adaptar, mas sobretudo para transformar a realidade, para nela intervir, recriando-a, fala de nossa educabilidade a um nível distinto de um nível de adestramento dos outros animais ou do cultivo das plantas.
Nesse viés, considera-se que o tema” Saneamento básico: a escola e a comunidade, um encontro entre saberes” é de extrema importância para ser trabalhado em sala de aula.

METODOLOGIA:
Esta oficina terá duração de 20h, que será dividida em cinco encontros de 4h/a. Nestas aulas trabalharemos com a turma do 1º ano do Ensino médio da escola Estadual de Ensino Médio Santa Maria de Belém.

AULA 1: (4h/a)                                                                          
1º Momento: (2h/a)
A aula será iniciada com a apresentação do projeto, bem como sua importância. Em seguida a turma será organizada em círculo para conversar sobre o assunto em questão. Nesse momento será feito as seguintes perguntas:
1)      Como é feito o abastecimento de água na sua casa?
2)      Como é realizada a coleta de lixo no bairro em que você mora?
3)      Há coleta seletiva?
4)      Há um sistema de esgoto no bairro em que você mora?
No decorrer da conversa o professor explicará que Saneamento básico trata-se do “conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejo de resíduos sólidos e de água pluviais”. Após, será socializado cada uma das perguntas.

2º Momento: (2h/a)
Será mostrado uma matéria dos bairros de Belém em que esses serviços quase não são oferecidos e solicitado aos alunos que observem a matéria e façam comentários   e se possível relacionem com a realidade do bairro em que  eles moram.

Vídeo: “BELÉM-Saneamento básico ainda é um desafio”


AULA 2: (4h/a)
1º Momento: (1h/a)
O professor levará a turma para o laboratório de informática. Em seguida ele pedirá aos alunos que formem grupo de cinco pessoas e cada grupo ficará responsável por pesquisar um dos respectivos temas:
1.      Limpeza urbana;
2.      Coleta seletiva;
3.      Doenças causadas pela falta de saneamento;
4.      Contaminação das fontes que abastecem água;
5.      Sistema de esgoto;
6.      Enchentes; 
2º Momento: (3h/a)
Ao retornarem à sala de aula o professor explicará que essa pesquisa servirá de base para a atividade da próxima aula que consistirá no encontro entre a comunidade e a escola em que os alunos promoverão um debate acerca dos temas pesquisados. Em seguida o professor dará orientações aos alunos acerca do que deverá conter no cartaz:
Ø    Tema: assunto que será defendido ao longo do trabalho;
Ø    Texto: texto curto que traga as ideias principais acerca do tema, ou tópicos que guiem o leitor;
Ø    Imagens: desenhos ou fotos que visem ilustrar informações ou tornar o texto mais atraente;
Ø    Fonte: fontes que permitam o leitor ler a certa distância;

AULA 3: (4h/a)

1º Momento: (4h/a)
Nessa aula ocorrerá um encontro, uma troca de experiências entre os alunos e a comunidade, com a exposição dos cartazes elaborados na aula anterior e contará com a divulgação por meio de redes sociais dos alunos e da escola. Esse encontro será mediado pelo professor que ficará responsável por situar os participantes sobre a temática abordada, e sobre a importância da troca de saberes. Em seguida, cada grupo terá um tempo limite de 30 minutos para apresentar sua produção. Após o término de cada apresentação o público poderá fazer comentários, ou perguntas para os alunos.

AULA 4: (4h/a)

1° Momento: (1h/a)
Será apresentado um vídeo intitulado: “Documentário com os Embaixadores do Trata Brasil - A realidade do Saneamento Básico no país” e uma reportagem sobre o ranking das piores cidades em saneamento básico do Brasil, com destaque para a região norte e as cidades de Belém e Ananindeua.

“Vídeo: Embaixadores do Trata Brasil”


Vídeo: “O ranking das piores cidades em saneamento básico do Brasil”


2º Momento: (1h/a)
Será contextualizado o início da modernização e urbanização da cidade de Belém, retornando ao período da “belle époque” com as transformações no espaço público, reordenamento urbano, saneamento e embelezamento da cidade e em seguida será feita a comparação com a realidade atual através de fotos.
3° Momento: (2h/a)
Iniciará as orientações para a produção de documentários, o professor pedirá que a turma se divida em grupos de cinco para a produção de um documentário sobre o tema geral “Saneamento básico em Belém”. Serão dadas as seguintes orientações: os alunos se reunirão em atividade extraclasse para esta tarefa, traçando planos e fazendo pesquisas, filmagens e entrevistas; deverão/poderão usar o celular para a tarefa; o vídeo deverá ter duração de 30 minutos e deverá ser apresentado na aula seguinte para posteriormente ser compartilhado em redes sociais. Em seguida será entregue um roteiro que os auxiliará na criação do documentário.
             
ROTEIRO:
- Escolha um tema (podendo escolher um subtema dentro do “Saneamento básico em Belém”); Assista documentários; Faça um roteiro em cima de suas ideias; Escreva: um argumento, um sumário, o objetivo do documentário; Faça um esboço do seu roteiro para verificar se ele apresenta todos os elementos de uma boa história curta; Entrevistando: Elabore questões. O jeito mais fácil de fazer isso sem perder o foco é pensar suas questões a partir de: quem, o que, por que, quando, onde e como. As pessoas devem se sentir confortáveis e ser abertas e sinceras em frente à câmera. Converse com elas por meia-hora ou mais antes da filmagem. Isso fará com que se sintam à vontade com você; Aprenda algumas questões básicas e verifique se seu aparelho de gravação está funcionando. Aprenda a começar e a parar de gravar, a passar a gravação para frente, a voltar, a dar o play e todo o resto que você precisa saber; Edite o filme. Selecione as cenas principais. Aprenda a "fazer recortes" em suas sequências e acrescentar conversas, músicas e efeitos especiais ao vídeo.

AULA 5: (4h/a)

1° Momento: (3h/a)
Será feita as apresentações dos documentários pelos grupos, em seguida serão comentados cada um e relatadas as experiências dos alunos nesta produção.

2° Momento: (1h/a)

Feitas as apresentações e considerações, será pedido que os alunos compartilhem seus documentários em suas redes sociais e interajam com seus amigos virtuais sobre o documentário e o assunto tratado. Ao final da aula e da oficina os alunos falarão sobre esta experiência e a recepção dos vídeos.
  
Avaliação:
 A avaliação será contínua, através da frequência e participações nas aulas, assim como pela produção dos cartazes e do documentário final que pedirá que a criação de um vídeo a respeito de tudo o que foi tratado durante as aulas, referente ao saneamento básico.
         
Recursos didáticos:
·         Cartolina;
·         Cola;
·         Pincel;               
·        Data show;
·       Celular;

Referências:

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa.
 43ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
BRASIL. Lei Federal nº 11.445. Brasília, 2007.
BRASIL. Constituição Federal. Brasília, 1988.