sábado, 10 de outubro de 2009

Ora vejam só...

Sobre a reportagem O Pulmão Intoxicado do Mundo
Que Amazônia é retratada na lente da revista VEJA?
O cenário é de destruição, abandono do homem selvagem – que precisa ser civilizado e finalmente resgatado pelo Salvador. Sim. A imagem mítica de que existe um povo sem lei, sem rei, sem um deus e sem educação. Esse discurso passa pelo víeis daquele mesmo que já conhecemos há muito tempo. O discurso de colonizadores e exploradores lá do século XVI e ainda de tantos outros discursos que aparecem no contexto da civilização.
O discurso ideológico utilizado em “O Pulmão intoxicado pelo diesel”, na matéria de VEJA, continua sendo a favor do estado do Amazonas, assim como nas outras matérias da revista, como se apenas eles utilizassem a natureza de forma sustentável. Intensificam os números. Generalizam as condições de vida de ribeirinhos com a população amazônica.

Kyria Melo Rodrigues Monteiro 4JLN11

Ora, VEJAM só...
 Analisando de acordo com a semiótica, a manipulação exercida pela revista é muito mais que provocação e intimidação, é uma prática discursiva, no sentido foucaultiano.
O estereótipo que a revista tenta construir para a Amazônia é negativo ao extremo, isto é, ela mostra a população amazônica como se fosse a única culpada pela devastação, a única a utilizar a energia não sustentável, isso torna a visão que é exposta muito limitada e incompleta.
Outra crítica sem cabimento que a revista faz é com relação à poluição do ar. É quase inacreditável que se jogue toda a culpa em um só lugar do país. Foi isso que a VEJA fez, crucificou a Amazônia por envenenar a atmosfera com gases do efeito estufa. Além de sofrer com a devastação, a nossa Amazônia ainda precisa agüentar desaforos feitos por pessoas que pensam saber algo a respeito do assunto.
O principal problema na revista foi mandar pessoas que não vivem na Amazônia escreverem a respeito dela. O resultado foi essa edição vergonhosa da VEJA. Exibem um jornalismo vendido, que reinventou a Amazônia à própria maneira, ou seja, erroneamente.

Maria Waldecira Sarges de Souza 4JLN11

Um comentário:

  1. Só uma ressalva: Os nomes dos textos estão trocados. O primeiro texto que vai do primeiro parágrafo (Que Amazônia...) e até o parágrafo que falo da visão foucaultiana, (em relação as prática discursivas) é meu. Maria Waldecira Sarges de Souza.
    A partir de "o estereotipo...", é da Kyria Monteiro.
    Por favor, professora... peço que faça a correçao.

    Grata,
    Maria Waldecira Sarges de Souza

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