quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Múltiplas identidades, culturas híbridas e "tribos urbanas" em Belém do Pará

O sujeito previamente vivido como tendo uma identidade unificada e estável, está se tornando fragmentado: composto não de uma única, mas de várias identidades, algumas vezes contraditórias ou não resolvidas. Correspondentemente, as identidades que compunham as paisagens sociais “lá fora” e que asseguravam nossa conformidade subjetiva com as “necessidades” objetivas da cultura, estão entrando em colapso, como resultado de mudanças estruturais e institucionais, o próprio processo de identificação, através do qual nos projetamos em nossas identidades culturais, tornou-se mais provisório, invariável e problemático.



Foto: André Castro

Segunda maior cidade da Amazônia, em forma de península, Belém está cercada pelas águas do Rio Guamá e da Baía de Guajará. No imaginário internacional e mesmo nacional, a região Amazônica é concebida apenas como uma grande floresta, que sofre com a devastação, embora vivam na região mais de 25 milhões de habitantes.
Belém é uma cidade da América Latina, com todos os contrastes sociais que caracterizam esta parte do continente. Uma realidade, que guardadas as devidas particularidades desenha também o cenário de tantas outras cidades da África e da Ásia, onde ainda exista o rastro do sistema de exploração imposto pelas metrópoles européias.
O trânsito da cidade é caótico e reclama de políticas públicas efetivas. A saúde e a educação públicas deixam a desejar. De forma geral, em 2010, vive-se uma sensação de desgoverno, parece que não há prefeito na cidade. Independente desta situação, no entanto, mais de dois milhões de pessoas vive na região metropolitana de Belém. 
Na cidade, há três grandes universidades públicas e a Unama, a primeira e maior universidade privada da região, em contrapartida, nos sinais de trânsito, é comum encontrarmos crianças fora da escola. Belém exibe um comércio forte, com três grandes shoppings funcionando a todo vapor e ao mesmo tempo um significativo comércio informal. Uma vista aérea mostra uma cidade com grandes edifícios, muitas construções e várias regiões de favelas.
Todas estas desigualdades traduzem perfeitamente o processo a que Nestor Canclíni (2006) chamou de “Modernismo sem modernização”. Belém exibe cenários absolutamente luxuosos, cujo acesso é privilégio de apenas uma pequena parcela da população. Sua paisagem revela como se organizam culturas híbridas, que mesmo depois de séculos ainda continuam marcando as profundas desigualdades que caracterizam a América Latina. Aqui, os países realizaram seus processos de independência política, mas ainda hoje, estamos bem distantes de chegar a condições sociais mais equitativas.
Em meio a este turbilhão de diferenças que constituem a cidade, diferente do discurso estabilizado que se tem internacionalmente sobre a Amazônia, há uma multiplicidade de identidades que constituem os moradores de Belém. 
No segundo semestre de 2009, a partir de uma fala feita para as turmas de publicidade do quarto semestre pela pesquisadora Monica Vasconcellos Cruvinel (Unicamp), que estuda culturas juvenis , resolvi discutir com meus alunos como os jovens de Belém se organizam  O eixo central desta discussão foi a forma como as "tribos urbanas" se organizam na cidade. E os alunos saíram a campo para investigar estas "tribos": Tecnobrega, Evangélicos, Homossexuais, Reggeiros, Emos e Patricinhas. Eles realizaram seminários sobre estas tribos urbanas e produziram pequenos textos para este blog.

 E o que é que vem à mente quando se fala em "tribos urbanas"? Exatamente o contrário dessa acepção: pensa-se logo em pequenos grupos bem delimitados, com regras e costumes particulares em contraste com o caráter homogêneo e massificado que comumente se atribui ao estilo de vida das grandes cidades. Não deixa de ser paradoxal o uso de um termo para conotar exatamente o contrário daquilo que seu emprego técnico denota: no contexto das sociedades indígenas "tribo" aponta para alianças mais amplas; 
José Guilherme Cantor Magnani

 A definição de "tribos urbanas", embora imprecisa foi a que se convencionou até aqui para tratar de grupos de jovens que se agregam nas grandes cidades. Será que podemos considerar os evangélicos como uma tribo urbana? E os homossexuais?
De fato, a definição, como discutimos em sala, não é conclusiva. Mas, a despeito desta inconclusão, o objetivo é falar sobre os jovens que vivem em Belém. Sem perder de vistas que criam e recriam suas identidades. Não é possível defini-los apenas como evangélicos ou homossexuais. Assim como todos nós, na pós-modernidade, os jovens de Belém transitam por múltiplas identidades, que envovlvem religão, sexualidade, música...
Em Belém e suas redondezas, há um grupo especial, que não poderia constar na relação de tribos urbanas de outras regiões do Brasil e do mundo: os jovens que se organizam em torno do Tenobrega e das festas de aparelhagem. Por esta particularidade regional, as primeiras postagens de trabalhos de nossos alunos que falam destas tribos urbanas em Belém, vão começar por esta "tribo". Na sequência virão os jovens evangélicos, os emos, patricinhas, reggeiros e homossexuais.
Ivânia dos Santos Neves

Tecnobrega: O ritmo musical mais híbrido do norte do Brasil.

Carla Bruna Barros Rodrigues
Emile Marques da Costa
Julianna Araújo Menezes
Lorena Seabra do Carmo
Rafaela Costa Corrêa 2PPN11

O tecnobrega é um estilo musical que vem crescendo muito no cenário paraense, esse estilo tem como predominância a mistura de estilos “importados”, de culturas que dizemos e achamos ser mais modernizadas ou melhores que a nossa. Utiliza recursos da technomusic e a manipulação de ritmos e timbres com a utilização de softwares baixados da internet. É uma mistura de “culturas”, que acaba por criar uma nova identidade para o povo paraense.
Hoje em dia, um paraense vai a outro estado, ou até a outra parte do mundo, e ao falar de onde é, logo lembram: “Da terra do Calypso?”. E essa acaba por ser nossa mais nova identidade entre milhares que já possuímos. Apesar de muitos não gostarem de ser intitulados dessa forma, ou não aceitarem esse rótulo, somos sim da terra do tecnobrega e da terra do Calypso, daquela terra em que há um mistura de ritmos, uma miscigenação de povos e culturas, de tecnologia que vem da periferia, uma terra “dona” de um “batidão”, que é como é chamado no nordeste o tecnobrega, que quando se escuta não tem como ficar parado.
O que chega a ser engraçado é a forma como tudo isso “veio á cena”, pois o tecnobrega é um ritmo que vem da periferia, um ritmo do “povão” como dizemos por aqui, e todo seu aparato tecnológico deixa qualquer DJ, de outra região, que toque qualquer estilo musical diferente, de queixo caído.
As aparelhagens paraenses são as que usufruem de maior tecnologia no Brasil. E esse fato volta a ser um hibridismo, ou seja, uma mistura formidável.
Não há como negar, ou como tentar provar o contrário, o tecnobrega é sim, o ritmo mais híbrido do Norte do Brasil. E isso não tem como ser contestado!



E essa é a mais perfeita forma que temos para provar que o tecnobrega é nosso. DJs Elisson e Juninho, que comandam a maior aparelhagem do estado (Super Pop), contam um pouco da história desse ritmo e Gabi Amarantos, deixa claro como o tecnobrega aconteceu. E pra ficar ainda melhor, Ela (Gabi Amarantos- Banda Tecno Show) e o vocalista da banda Timbalada (Denny), cantam juntos, colocando em pratica tudo que duvidamos na teoria, que a mistura de ritmos da certo. Êita Pará Pai D’égua!

Faz o “T” de Tecnobrega!

Andréia Silva
Blenda Gomes
Cláudio Batalha
Izabella Alves
Victoria Oliveira 4PPM11

Com ritmo forte e passos envolventes, o tecnobrega chega e agita a cidade!
Derivado do “brega romântico” e somado a batidas eletrônicas do tecno, ele surge no verão de 2002 contribuindo para a formação de uma nova tribo urbana em Belém.
O que antes só tocava nos bairros periféricos, hoje também é ouvido por uma parte considerável da classe alta, diferente do que a mídia e as pesquisas afirmam.
Apesar disso, ainda há o estereótipo da opinião pública a respeito da identidade dessa tribo, pré-julgando a sua forma de comportamento como vulgar, sem cultura e baixo, conseqüentemente sendo visto como medíocre perante as outras tribos e classes sociais.

Pior de que ser visto assim, são as pessoas que sustentam esse discurso vazio, marcando a tribo como “mau gosto estético”.
“O desconhecimento da realidade, especialmente se de maneira proposital, é um lamentável mal social; pior ainda é opinar sobre o que se conhece, favoravelmente ou não.”, diz Murilo Guerreiro.
Um som não-convencional, com um modelo musical não-convencional, pode não ser aprovado por todos os seus métodos, mas o quê que tem? No final, a voz do consumidor paraense é quem decide.

Mercado Paralelo e Tecnobrega

Por Cibelle Trindade 4PPV11

Você já deve ter ouvido o dito popular “Tudo que é proibido é mais gostoso”. Podemos dizer que o mercado do Techno-Brega funciona e se articula desse jeito, e por ser realizado de forma proibida parece ser mais prazeroso para quem participa. Essa vertente do Brega nunca teria se difundido e explodido sem a forma peculiar de pirataria que passam as canções.
Para se ter uma música em uma coletânea de Techno-Brega e Eletro-Melody, no mínimo se paga 50 reais pela inclusão da faixa na listagem de músicas. Logo depois de produzida num estúdio caseiro em algum lugar da cidade, cópias das músicas são distribuídas pelos próprios artistas para vendedores ambulantes e Dj’s de aparelhagem gratuitamente, então o ambulante reproduz a cópia e vende nas ruas, e o Dj a introduz nas festas.
Percebam que não há direito autoral, ou fim lucrativo na produção de uma faixa de Techno - Brega. É preciso que a música estoure primeiramente nas ruas e festas para que os artistas sejam convidados para fazerem shows. Só depois que a canção é sucesso na aparelhagem é que surge espaço para ser tocada na rádio, sendo o rádio o último estágio que as canções podem alcançar.
Será que o Techno-Brega ganha o Brasil? É difícil responder, mas como boa parte das canções são versões de sucessos de rádio não autorizadas, é impossível que a comercialização e exportação dessas músicas aconteçam de maneira regular. A visão dos artistas é limitada ao mercado paralelo que estão inseridos.
Os bregueiros aproveitam o que eles chamam de oportunidade (o que legalmente se chama plágio) para criar um hit com maior facilidade, fazendo alterações na letra e usando a melodia de uma música que já esteja fixada sem o pagamento de direitos autorais. O Brega conquista espaço nas ruas, sendo vendido na mão dos camelôs. Do lado de uma banca de CD’s há uma banca de roupas contrabandeadas e outra de eletrônicos importados ilegalmente da China. É com a réplica da Nike ou Puma que o bregueiro se veste, é na banquinha que ele compra o CD da música que irá cantar nas festas de aparelhagem no fim de semana.

As equipes e o Tecnobrega

Por Kathya Chêne 4PPV11

A relação feita entre o público os tornam sujeitos sociológicos, eles mesmos levam em conta o que para eles são de tamanha importância, para eles a satisfação do pessoal deles com os dj’s envolvidos levando-os a criarem suas próprias identidades culturais.

As equipes freqüentadas nas aparelhagens são formadas por pessoas que fazem parte desta tribo urbana e desejam ter seu espaço nas festas freqüentadas, as equipes consideram-se respeitadas e organizadas, todos tem seus presidentes esses que comunicam e sabem de todas as festas realizadas.

As pessoas que freqüentam as aparelhagens não consideram a festa e o estilo de música visto como de periferia, sabe-se que já houve um avanço nas pessoas que freqüentam estas, nos dias de hoje há pessoas que são consideradas ‘elites’ freqüentando e tornando-se freqüentadores assíduos destas festas. Os freqüentadores assíduos muitas vezes são formados por pessoas que antes da sua primeira visita a esta os diziam que tais festas seriam lugares que jamais iriam freqüentar, após sua primeira visita já voltam outras vezes assim então fazendo parte destas identidades.

Percebemos que eles possuem seus próprios estilos, modo de se vestir e palavreados e se orgulham disso, assumem que esta é uma identidade paraense, e dentro destas festas podemos notar culturas diferentes, pessoas de várias idades que ao se encontrarem em uma festa dessa consideram-se todos de uma mesma idade uma mesma faixa etária onde conseguem se entender.

Os sinais feitos por eles são símbolos que caracterizam cada aparelhagem, estes que divulgam e fazem com que haja uma comunicação entre eles, cada aparelhagem é marcada por um símbolo, este seguido a rígida.

Aparelhagem

Por Rita Páganelli 4PP11

Aparelhagem existe desde os anos 70 e atualmente ainda está presente nas festas. São equipamentos de sons que animam estas da periferia da grande Belém. Antes as grandes aparelhagens como Diamante Negro, Alvi Azul, Flamengo, Botafogo, Realengo, etc. eram embaladas por músicas tocadas em discos de vinil, o famoso brega, mas romântico, e as pessoas se divertiam dançando e escutando as músicas tocadas por DJs; atualmente as aparelhagens estão cada vez, mas modernas, com equipamentos eletrônicos sofisticados, com músicas mixadas por programas de computador, luzes, performances, oferecimentos (quando os DJs lêem os recados que os freqüentadores mandam no decorrer das festas), o altar sonoro (local onde os DJs comandam as festas). Além das músicas e de telões que fazem exibições de clipes, divulgação de trabalhos e de fã- clube, divertem as equipes que acompanham as aparelhagens, as pessoas dançam sozinhas ou fazendo gestos com as mãos (estes simboliza a aparelhagem que a pessoa se encontra). Os DJs fazem, mas de 3.164 festas e 849 shows por mês na região metropolitana de Belém. Hoje não existe mais a tradição de dançar aquele “Brega” coladinho, por isso as aparelhagens de vinil quase não existem mais, porém alguns “empresários” estão investindo neste ramo, como o Rubi Saudade, Pop Saudade, e o Brasilândia - O Calhambeque da Saudade - que faz muito sucesso ainda nos bailes de Belém. Atualmente os irmãos Elison e Juninho fazem a festa com sua “família” ( modo de se referir as pessoas que freqüentam a aparelhagem Super Pop), performances espetaculares com uma guitarra eletrônica e rajadas de fogo são lançadas para o povo; o Hiper Tupinambá convidada sua tribo (nome dado a quem freqüenta as festa do Hiper Tupinambá), através de um gesto, como se fosse lançar flechas.Isso, agita a tribo jovem do Techno – Brega de Belém.










terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Novos caminhos do Brega

Por: Eric Bordalo 4PPV11

A musicalidade do Brega foi reinventada há alguns anos. A influência de estilos mais antigos como a Salsa, Calypso e a de músicas tradicionalmente consideradas “de cabaré” que há décadas converteram-se em ritmo regional paraense, foram reconvertidas em vertentes híbridas de música eletrônica e regionalismos, rompendo limites conhecidos do que se entendia como Brega. Surgem rótulos como Techno-Brega, Electro-Melody e Techno-Melody. Os instrumentos acústicos deixados de lado, dando espaço para a música seqüenciada e produzida inteiramente por computadores. Reflexo da pós-modernidade? Sim, sem sombra de dúvida.

É interessante perceber as conseqüências que floresceram dessa mudança. A habilidade em produzir sons a partir do computador ainda é amadora entre os bregueiros, e a qualidade das canções diminuiu consideravelmente. O tempo que as canções permanecem sendo tocadas despencou. Em média um hit é tocado por no máximo alguns meses o que evidencia a nossa nova forma de consumir informação, de maneira efêmera e continua. A criatividade artística parece ter se restringido e quase todas as canções de Techno-Brega são versões (não autorizadas) de sucessos gringos ou mesmo remixagens (também não autorizadas) desses sucessos, onde se mixa os vocais originais da música numa batida de brega.
A pesar dos pesares não vejo o novo brega com maus olhos, a possibilidade de pessoas comuns produzirem música em seus Pc’s e alcançarem sucesso relativo dentro do estado é maravilhosa, além do que a possibilidade dessas mesmas pessoas comuns não dependerem de gravadoras para a distribuição desse material é válida. O Brega é o hino da periferia de Belém, então que ele continue vindo da margem, que ande mais próximo da contracultura do que da cultura imposta pelos grandes meios de comunicação.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Jovens Evangélicos e suas novas identidades

Alunos: Luciana Oliveira
Thalita Brandão
Eddvylly Cruz 4PPM11

Os jovens antes entendiam as igrejas como forma de limitar sua liberdade, em seus cultos monótonos e sem muitos atrativos acabavam afastando esses jovens das atividades que se realizavam nesses templos, porém com o tempo, esse sentimento teve uma mudança, visto que as igrejas modificaram seus cultos e formas de doutrinas, que se tornaram mais atrativas aos olhos dos jovens de nossa sociedade contemporânea.
Diversas foram as mudanças, tanto no comportamento quanto no vestuário, saias compridas e blusas sem decotes, ainda são muito usadas pela comunidade evangélica jovem, porém essas roupas já não são típicas da religião. Os grupos de jovens evangélicos já se permitem ao uso de uma maquiagem moderada, esmalte nas unhas, calça jeans, blusas sem mangas longas, ou que tenham um detalhe a mais, sem que possa deixar o corpo um tanto em evidência.
Deve-se observar também que atualmente os hinos evangélicos ganharam mais vida e energia nas canções, sendo que suas composições passam do brega ao samba, da música romântica ao jazz, porém sempre em louvor a Deus, em todos os sentidos. Outra característica também foi a criação de baladas, como madrugada jovem, balada gospel, dentre outras; reuniões destinadas aos grupos de jovens evangélicos, que estendem-se madrugada a fora, coisa que não era comum há alguns anos atrás.
Rapazes e moças assumem um papel atuante dentro do campo evangélico, como exemplo os líderes de jovens nas igrejas que também são jovens, empenhados em trabalhar com esse público. Bem como um dia em que o culto é direcionado para a comunidade jovem da igreja, onde nesse momento os pastores tratam de assuntos relacionados ao mundo jovem e claro, veiculados aos ensinamentos da Bíblia.
Os jovens evangélicos são ditos como diferentes nos grupos sociais, devido à conduta que eles seguem, suas formas de relacionamento muitas vezes fogem do comum. Quando se trata de uma relação homem e mulher, há limites nas atitudes que seria normais em um casal não evangélico, por isso procuram se relacionar com pessoas da mesma religião, por haver igualdade nos segmentos bíblicos. Muitos deles utilizam uma aliança no lado direito da mão, como símbolo de esperar em Deus seu conjugue, como eles diriam.
Geralmente freqüentam lugares mais tranqüilos como: teatro, cinema, pizzaria, restaurantes e afins. Em suas conversas são comentados os diversos assuntos, mais sempre com uma visão evangélica, em muitas decisões importantes da vida desses jovens, eles costumam pedir o direcionamento de Deus, pois eles afirmam que sua vida é como se fosse uma oferta agradável, feita para obedecer a Deus, muitos afirmam também que não seguem mais uma religião, mas sim Jesus, pois nele há salvação e não na religião em si.
Deve-se ressaltar que o verdadeiro jovem evangélico é aquele que segue com plenitude os princípios evangélicos, então aquele não segue pode ser considerado apenas como participante da religião e não como seguidor.

domingo, 24 de janeiro de 2010

CENA DE FILME? POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, NÃO.


Thaís Luciana Corrêa Braga
Cleomenes Mota
Ana Paula de Melo Freitas


Ser um jovem evangélico nas terras de Nossa Senhora de Nazaré não chega a ser exatamente impossível. Opções de igrejas não faltam... Apesar do censo realizado pelo IBGE em 2000 apontar a predominância da Igreja Evangélica Assembléia de Deus em todo o Brasil, e na região Norte de maneira especial, pelas ruas da cidade das mangueiras pode-se encontrar muitas outras comunidades evangélicas, como a Igreja Quadrangular, Sara Nossa Terra, Universal do Reino de Deus e Igreja de Cristo.
A conversão é uma das formas pela qual o jovem torna-se evangélico. Quando não são nascidos na religião, geralmente são convidados por amigos e atraídos pelo dinamismo das celebrações. Em oposição à rigidez de uma cerimônia católica, o culto evangélico ensina os adolescentes a falarem com Deus “em sua própria língua” a respeito de seus problemas. A abstinência às “coisas do mundo”, com drogas, baladas e álcool são pregações comuns nessas comunidades; contudo, eles encontram suas próprias maneiras de divertimento. A “Madrugada Jovem” é um exemplo desse divertimento em Belém do Pará. Uma semana após o “Pará Folia”, a Madrugada promete levar divertimento e louvor com apresentação de bandas gospel – e simplesmente o Cidade Folia lota nos dois eventos.
Não ouvimos falar de agressão a evangélicos nas terras papa-chibés, tampouco é fácil de reconhecê-los por sua indumentária. Afinal, já se foi o tempo em que evangélico só usava roupa de linho ou saia abaixo do joelho. Suas vestimentas são comportadas sim (nada de decotes ou apelos eróticos), mas nada que os classifique nalgum estereótipo. O jovem evangélico é muito mais característico pelas suas práticas sociais do que por suas vestimentas. Ainda, eles freqüentam suas comunidades, mas nem por isso deixam de ter amigos de outras religiões.

Mesmo em relação ao Círio de Nazaré, maior manifestação católica do povo paraense, os evangélicos são tolerantes, pois alguns deles enxergam a festa como movimento cultural. Esses fatores provam que as religiões podem coexistir em Belém e o jovem pode transitar entre elas perfeitamente. Até porque não há fator que o prenda em uma comunidade a não ser sua vontade de ficar. E como jovens que são, é comum que experimentem muitas religiões até se definirem (ou não).

Tribos Urbanas: Jovens Evangélicos

Quezia de Melo Sena
Ana Carolina Nunes de Morais
Caroline de Lima Pinto 4PPV11

Loucos? Fanáticos? ...
Quem são esses que vão a shows e não bebem? Que não fumam? Que vivem louvando, glorificando o Nome de Jesus. A vida deles se resume a isso?
Esses meus caros, são os jovens que adotaram um estilo de vida de Liberdade...
Ser livre pra escolher amar a Deus e curtir diversos estilos: samba, rock, pop, reggae, hip hop, ou qualquer outro que seja o que importa pra eles é fazer voltado para Jesus: Qualquer que seja o ritmo, o importante é louvar ao Senhor em santidade!
E eles vão sim a “shows”, cantam e dançam glorificando o nome de Jesus!
Esse estilo de vida rege toda a vida desses jovens. Porque eles buscam seguir princípios da Bíblia, a Palavra de Deus e têm uma identidade nisso. Portanto, fazem por AMOR e não por obrigação.
Até porque é complicado obrigar qualquer jovem a fazer algo, ainda mais quando se trata de mudanças em suas vidas, e é por vontade própria que Jovens Evangélicos o são, pelo amor que eles têm por Deus. Além disso, sentem vontade de compartilhar esse modo de vida com os outros que ainda não o conhecem, por este motivo, eles vêm crescendo a cada dia.
E este ato de compartilhar o compromisso com Deus, em alguns casos, tem sido a única solução para jovens marginalizados. Como no Rio de Janeiro, por exemplo, para resgatar os jovens do morro que se entregaram ao vício das drogas, ao mundo do crime, assaltos, etc. Se converter ao Evangelho (mudar a direção da sua vida) e viver de acordo com a palavra de Deus tornou-se a única solução para muitas pessoas neste mundo, em especial jovens que muitas vezes se encontram no fundo do poço, sem razão para viver. Em Jesus encontram alegria e amor e verdadeiro.

“Não se moldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.
(Romanos 12:2)