Belém do Pará: a cidade do ver-o-peso, do urubu e tacacá
Universidade Federal do Pará
Instituto de Letras e Comunicação
Faculdade de Letras
Disciplina: Recursos Tecnológicos
Professora: Ivânia Neves
Junho/2014
Aline Santana
Daysi do Carmo
Maria de Lourdes
Introdução
Vivemos em um mundo, onde as
informações trafegando de forma rápida e simples. Basta uma escorregada de dedo
na tela, e está tudo pronto. Tudo é muito dinâmico, que já nos acostumamos a
resolver tudo, seja pelo celular, pelo computador, e o mais estranho, pelas as
redes sociais.
Belém não está a margem deste
fenômeno. Ao caminharmos pelas praças e shoppings da cidade, será comum
observarmos pessoas digitando. Até
parece uma academia de dedos.Parece
hilário? Mas não é. A tecnologia tomou conta de nossas vidas, que hoje, já
temos até faculdades on-line, resultados de exames on-line, vídeos
conferências... tanta coisa invadindo nossa zona de conforto, que dá até
vontade de ir no Facebook, e postar esta aula, assim evito caminhar e os alunos
ganham.
E num grupo, via Facebook, pensamos
nesta aula. Propor aos alunos um momento de reflexão, usando uma coisa que
todos têm: celular. Mas, não utilizar apenas para inspecionar a vida alheia,
mas como recurso didático na aprendizagem de alguns conteúdos.
Agora pegue seu celular e acesse
nossa aula!E ao final da exposição curta e compartilhe nosso projeto!
Belém
Belémé ummunicípio
brasileiro,capitaldoestadodoPará,
localizado na região norte do Brasil com uma área de aproximadamente
1 064,918 k, população de1 425 923habitantes, A cidade é sede daRegião
Metropolitana de Belém, que, com 2 360 250
habitantes, é a mais populosa daRegião
Norte, a 10ª do país e a 177ª do mundo.
Fundação
Belém foi fundada em 12 de janeiro de 1616 pelo
Capitão-mor Francisco Caldeira Castelo Branco, encarregado pela coroa
portuguesa de conquistar, ocupar, explorar e proteger a foz do rio Amazonas
contra os corsários holandeses e ingleses. Numa península habitada pelos
índios Tupinambás, estrategicamente situada na margem direita da foz do rio
Guamá, onde este rio deságua na baía do Guajará, foi erguido o Forte do
Presépio, marco inicial da cidade. O Forte, em seguida, o colégio e a igreja
dos Jesuítas formaram o núcleo original da cidade que, posteriormente, seria
denominada de Santa Maria de Belém do Grão-Pará. Hoje, toda esta área faz parte
do roteiro turístico obrigatório de Belém e integra o Complexo do Ver-o-Peso.
Belém é um misto de cultura: do
carimbó ao tecnobrega, passando pelas ondas de rádios a grandes aparelhagens. E
o que dizer de nossa Nazinha? Linda, desfilando pelas novas ruas velhas da
Cidade Velha.
Quem chega a Belém, às 15h,
logo é saudado por um encanto de chuva. Chuva que banha dona Bete Cheirosinha,
que banha o menino que empina pipa na Terra Firme, que banha e inunda nossos
canais, tonando Belém a Veneza paraense.
Turismo
Quem chega em Belém, logo quer
conhecer o Ver-o-peso, maior mercado a céu aberto, da América Latina. Talvez
seja pelos banhos de ervas, ou quem sabe, pela cuía de açaí com peixe frito, ou
cheiro das várias frutas que alegram nossas barracas.
Praça da República, Teatro da Paz
herança da Belle Époque. E o Bar da Praça? Herança das vidas noturna que nossa
Belém sustenta. Logo ali, temos a tão bela e ventilada orla da Estação das
Docas. E se caminharmos mais um pouco, encontraremos uma bela e grande Casa das
Onze Janelas.
Mas para quem deseja admirar-se de
obras, temos O Museu de Arte, pertinho da prefeitura. Ou o Museu Zoobotânico
Emilio Goeldi, excelente para as crianças
visitantes e pesquisadores. Aproveitando a caminhada, e para reavivar a
fé, tem a Basílica de Nazaré.
O que já tocou nas rádios?
(Transmissão de dados via
bluetooth/ whatsapp)*
BELÉM
DO PARÁ
(Música: Adelino Nascimento)
Adeus minha
Guanabara
meu Rio de Janeiro, eu vou partir
vou voltar p´ro
meu Pará
Tô sentindo
saudades, eu tenho que ir
Eu vou rever minha amada
sair na “avoada” com meu carro ford
vou chega lá e matar a saudade
de dançar o meu carimbó
Êh meu Belém, êh
meu Belém do Pará (refrão)
Êh meu Belém, êh
meu Belém do Pará
Terra de Aldo,
Oswaldo oliveira e Fafá
Eu vou no Ver-o-Peso tomar tacacá, matar meu
desejo
eu vou beber
aguardente, comer tirar gosto de
caranguejo
Domingo vou no
mangueirão
Com a minha
bandeira ver Remo e Papão
Um colorido
bonito fazendo a festa linda do meu povão
Êh meu Belém, êh
meu Belém do Pará (refrão)
Êh meu Belém, êh
meu Belém do Pará
Terra de Aldo,
Oswaldo oliveira e Fafá
Adelino Nascimento: pesquisando
Vídeo “o menino Urubu”
(Projeção
do curta metragem)*
O Menino
Urubu - É a história de um bebê abandonado no lixão. Um casal de urubus o
encontra e cria como se fosse um filhote.A mamãe-urubu "batiza" o garoto de
Carniça, achando ser o nome mais bonito. (Também, com um pai de nome Pirão...) Como
todo filhote de urubu, Carniça aprende a voar, mas quando cresce, fica mais
pesado e não consegue voar por muito tempo.
Então, surge uma crise de
identidade: "Por que eu tenho essas penas? [mexendo o cabelo] E esse bico
dentro da boca? Por que o vento não me leva mais?" É aí que a ficha cai e
ele percebe (finalmente) que é humano. Os pais dizem que todo menino humano vai
para a escola. Carniça acha uma farda no lixão e sai rumo à escola. Mas o
menino é impedido de entrar porque não foi matriculado. Baseado nos seus
"poderes de urubu", ele voa, cruzando o portão e consegue assistir as
aulas do alto de uma árvore.
No vídeopercebemos também alguns
aspectos sociais de Belém que podem servir para refletirmos sobre os
problemas sociais como o lixão, o menor abandonado , o abandono de animais nas ruas, pois no vídeo um urubu faz um convite para os pais de Carniça para irem comer um cavalo que está morto na
estrada nova.No vídeo á um diálogo entre os personagens urubus que comentam sobre a sujeira do ver- o –peso.
A imagem do urubu já simboliza o
sujo, o podre, o que causa repulsa, portanto,podemos interpretar como simbolo do lado negativo da
cidade Belém. Uma cidade sem saneamento básico, de uma periferia a 10 minutos
do centro, mas que não oferece nenhuma estrutura para o grande número de
moradores, de desemprego.
Desconstruindo A Cidade das
Mangueiras
Arte ou não?
Problemas Sociais:
- Ônibus lotado;
-
Engarrafamento;
-
Alagamento;
- Falta
de saneamento básico;
-
Assaltos a cada esquina;
- Poluição
sonora/visual;
-
Rivalidade entre escolas;
-
Rivalidade entre torcidas organizadas;
-
Outros...
O que pensa a galera, nas redes
sociais?
Depois da chuva: um convite à
reflexão:
1)Na
música acima, o eu lírico expressa de modo claro, a saudade de dançar o
carimbó. Além desse ritmo musical, quais outros podemos atribuir como
características da cidade de Belém? Por quê?
2)O
trecho “...terra de Aldo,Oswaldo
Oliveira e Fafá”. Trata-se de um discurso muito reproduzido em décadas
anteriores tanto pelas mídias, como pelaspessoas de outras regiões e até por nós mesmos,para referir-se à cidade de Belém.
Atualmente, em termos culturais e artísticos este discurso foi substituído por
outro. Qual? Comente.
3)Considerando a época em que a
música acima foi lançada ( Déc. de 80), Belém já era uma cidade
comum, tal como qualquer outra.
Entretanto, na música, o eu lírico a retrata de forma ufanista. Faça uma
reflexão sobre a cidade e comente os pontos negativos que a música não
descreve.
4) Observe as imagens abaixo. (imagens pequenas).
Analisando
a letra da música e com base nas imagens acima, podemos dizer que em Belém, o ver o peso é só tacacá? Que Remo X
Papão no Mangueirão é só um colorido bonito? Que música é só carimbó? Que só
existe Fafá de artista? Por quê?
Justifique sua resposta fazendo um breve depoimento em forma de vídeo
utilizando o celular.
Da janela da minha sala de aula
vejo uma Belém...
(depoimentos
feitos pelo celular)*
Referências
JENKINS, Henry. Cultura
de convergência. Editora Aleph. p.7-51.
Belém do Pará: a cidade do ver-o-peso, do urubu e tacacá
Carga Horária
3h/aulas
Público Alvo
Acadêmicos,
alunos de Ens. Fundamental e Médio, professores.
Objetivo
Geral
- Refletir
sobre a situação atual da cidade de Belém, sem uma visão ufanista.
Objetivo Específico
- Interpretar
imagens: fotográficas
-
Desconstruir a ideia de que celular apenas prejudica o ensino-aprendizagem em
sala de aula.
- Criar
estratégias para a utilização de celular como recurso de ensino-aprendizagem.
Metodologia
- A divulgação da aula será por intermédio de rede sócias. Solicitando que
todos levem celular e tablet.
- Fazer um breve histórico de
Belém, por intermédio de imagens, sobre a cultura, população, sobre a
valorização do seu potencial turístico e sobre problemas sociais.
- Ouvir música e ver
imagens que mostram os contrastes da cidade.
- Exibir vídeo “Menino urubu”, com o fim
de provocar a participação do público.
- No decorrer
da apresentação, abriremos espaço para discussões e debates dinâmicos sobre o
tema. Após os debates solicitaremos que os alunos façam uma atividade.
- Produzir
depoimentos com ajuda do celular. Usando a frase inicial: Da janela da minha
sala de aula, vejo uma Belém...
Avaliação
A avaliação
será de forma qualitativa, onde os alunos serão avaliados conforme sua
participação e ideias ao decorrer do debate e atividades.
Recursos
Didáticos
Computador;
data Show; caixinhas de som e celular.
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