Universidade Federal do Pará
Instituto de Letras e Comunicação
Faculdade de Letras
Disciplina Recursos Tecnológicos
Professora
Ivânia Neves
Emerson Delgado Sena
Patrícia de Vasconcellos Silva
Taynara Andreza da Silva Monteiro
INTRODUÇÃO
12
de janeiro de 1616, uma data memorável para aproximadamente 1,5 milhões de
habitantes. Nascia, nesse dia, a Capital do estado do Pará. Prestes a completar
400 anos, a cidade morena não poderia passar despercebida. Pensando em
homenagear, de forma singela, as inúmeras identidades contidas por entre as
ruas do município, deu-se origem o presente Plano de Ensino.
De
acordo com Hall (2004), a questão da identidade tem sido discutida na teoria
social, onde as velhas identidades que permearam o mundo social, durante muitos
anos, encontram-se em declínio, dando início ao surgimento de novas identidades
que fragmentam o indivíduo moderno que, até então, era visto como um sujeito
unificado. Hoje, compreende-se que fica difícil avaliar a sociedade de forma
homogênea, e os indivíduos com uma única identidade.
Em
Belém, não poderia ser diferente. Há quem diga que o perfil do belenense é o
cidadão que gosta de açaí, toma tacacá, dança carimbo, faz artesanato em
cerâmica, ou que tenha o costume de comer Pato no Tucupi e Maniçoba. Errado. É
difícil caracterizar um paraense, quanto mais um belenense. Percebemos isso com
o vídeo feito pelo canal “Com farinha”, sobre o fato de que não é porque uma
pessoa é paraense que faz coisas que a sociedade criou como estereótipo
característico da pessoa que nasce no Pará:
Outra
coisa que marca a cidade de Belém e que envaidece os belenenses é o Círio de
Nazaré. Fafá de Belém, em sua música “Eu sou de lá”, evidencia muito bem esse
orgulho que o belenense tem em nascer na cidade das mangueiras. Podemos
comprovar olhando a letra da música:
Eu Sou de Lá
Fafá de Belém
Eu sou de lá.
Onde o Brasil verdeja a alma e o rio é mar.
Eu sou de lá.
Terra morena que eu amo tanto, meu Pará
Eu sou de lá.
Onde as Marias são Marias pelo céu.
E as Nazarés são germinadas pela fé.
Que irá gravada em cada filho que nascer.
Eu sou de lá.
Diante
de tantos estereótipos criados não só pelos que moram em Belém, mas também
pelas pessoas de fora, é necessário desconstruir algumas imagens criadas acerca
de quem nasce em Belém do Pará. Um blog traz umas dicas interessantes que
ensinam um paulistano a entender o que é ser belenense:
Como
afirma Hall (2004), a identidade é formada ao longo do tempo, através de
processos inconscientes, e não algo inato, existente na consciência do homem no
momento de seu nascimento. Identidade,
portanto, se cria através das escolhas, da preferência e da identificação que
um indivíduo tem com determinada cultura, costumes e valores.
PLANO
DE AULA
1. IDENTIFICAÇÃO
Título: “Ser” Belenense: representações
sociais e culturais além dos estereótipos
Proponentes:
Emerson Delgado Sena
Patrícia de Vasconcellos Silva
Taynara Andreza da Silva Monteiro
2.
OBJETIVOS
OBJETIVO
GERAL
Investigar e analisar as várias
identidades do belenense e como elas aparecem diante de diversos recursos
midiáticos.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
§ Mostrar,
diante dos recursos midiáticos, como a música e a história em quadrinhos “A turma do açaí” constrói a edificação das
identidades socioculturais, acerca do belenense.
§ Identificar
os estereótipos da imagem do belenense encontrados na música contida no vídeo “Eu sou de Lá”, de Fafá de Belém, no
clipe “Eu sou Pará”, uma paródia da
música “We are the world”, e nas
histórias em quadrinhos existentes no blog “A turma
do açaí”.
3.
JUSTIFICATIVA
Com a finalidade de
desmistificar os estereótipos criados acima do belenense, surgiu a indagação: Qual
a identidade do belenense? É possível classificar apenas um modelo do cidadão
que nasce em Belém do Pará? Quais as características que classificam o
belenense como tal? Por esse motivo, o presente Plano de Ensino justifica-se
com a finalidade de tratar um assunto que propiciará aos alunos a compreensão
da necessidade de conhecer as várias identidades que o belenense possui, por
meio dos seus valores socioculturais.
4.
CONTEÚDO
Convergência dos meios musicais e
audiovisuais, em mostrar as várias identidades do povo de Belém.
5.
RECURSOS DIDÁTICOS
Música, tirinhas em quadrinhos
regionais, videoclipes, Datashow, computador e caixa de som.
6.
METODOLOGIA
1°
MOMENTO: Será feito um debate com os alunos, acerca de buscarmos conhecer a
visão deles sobre a imagem do belenense, a partir das seguintes perguntas: quando
você escuta falar de Belém, o que você pensa em primeiro momento? Como você
caracteriza uma pessoa de Belém?
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2°
MOMENTO: Será mostrado aos alunos imagens que fazem parte do dia-a-dia do
belenense, bem como vídeos e histórias em quadrinhos. Professor, achamos interessante
mostra-los, para observar a permanência ou a modificação das ideias dos
alunos, acerca dos estereótipos construídos sobre a imagem do belenense.
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3°
MOMENTO: Neste momento, o professor deverá mostrar aos alunos as anotações
feitas no quadro sobre o que foi dito durante o 1º e 2º momento, na intenção
de construir “uma chuva de ideias”. A intenção é que eles percebam as suas
ideias, baseadas nos estereótipos sobre o belenense e as imagens construídas,
através do que eles já conheciam, por meio dos seus conhecimentos de mundo, e
o que passaram a conhecer, de acordo com o que foi mostrado.
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4°
MOMENTO: Aqui, mostraremos como as pessoas de outros estados enxergam ou
criam estereótipos sobre o belenense.
Vamos
utilizar neste momento, professor, um blog paulistano que tem uma postagem
sobre 10 pontos para um paulistano entender Belém.
Seria
interessante questionar aos alunos o que eles acha dessa imagem criada por
pessoas de fora sobre o cidadão de Belém, de acordo com o que viram até o
momento.
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5°
MOMENTO: Agora, professor, vamos fazer um panorama geral de tudo o que o dito
durante a aula, a fim de prepará-los para a produção de um vídeo.
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7.
AVALIAÇÃO
Elaborar uma paródia
através do vídeo da igreja Universal, mas para isso acontecer a tarefa será
distribuída em 3 etapas:
1) Os alunos terão que dizer o que mais
gostam de Belém?
2) O que gostam de fazer em Belém?
3) E, dizer “#eusoubelenense”.
A partir daí os alunos
terão que construir um vídeo, e postar, com nosso auxílio, no Youtube, e no Facebook criar uma página para que as pessoas tenham tanto o
conhecimento do vídeo quanto das várias identidades que os belenenses possuem.
8. REFERÊNCIAS
HALL, Stuart. A identidade cultural na
pós-modernidade. 9. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.
Blog
A Turma do Açaí. Disponível em: <http://aturmadoacai.blogspot.com.br/> acesso em 10 de novembro de 2015.
Ser Belém from Breados Online
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