terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Belém e os Grafites

Universidade Federal do Pará
Instituto de Letras e Comunicação
Faculdade de Letras
Disciplina: Recursos Tecnológicos
Professora DrªIvânia Santos Neves

Karolina Cruz
Manoel Neto
Thais Coutinho
  
Introdução
Nós sabemos que desde os primórdios os homens têm a necessidade de se comunicar. Na pré-história, por exemplo, comunicavam-se através de desenhos feitos à mão em rochas encontradas, em sua maioria, dentro de cavernas. Essa é uma forma de comunicação que só se desenvolveu no decorrer dos anos. Passando da pré-história para a contemporaneidade, observamos que, não muito diferente dos nossos antepassados, os muros e paredes que nos rodeiam estão repletos de informação as quais possuem inúmeros significados, a diferença é que hoje, essa forma de expressão é considerada arte. A palavra Graffiti é de origem italiana e significa “escritas feitas com carvão”, geralmente os povos romanos da antiguidade, quando faziam algum tipo de manifestação, utilizavam pedaços de carvão para expressarem sues interesses nos muros das cidades. Depois de muitos anos, já no século XX o movimento foi consagrado nos Estados Unidos quando jovens começaram a se expressar através de muros e tinta spray. No Brasil, também chegou no século XX e na Bienal foi concretizado em um momento muito marcante para os que já praticavam a arte.

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Em Belém do Pará, o movimento dos “grafiteiros” cresceu e deu um ressignificação da paisagem cultural na cidade. Antes, o preconceito assolava as mentes daqueles que eram contra o movimento artístico por acharem que tal expressão tratava-se de algo totalmente marginalizado, sem expressão significativa e que “sujava” o ambiente urbano. Os “grafiteiros” mostraram o contrário. O movimento tomou corpo e podemos observar as ruas repletas de graffiti embelezando nossa cidade, com inúmeras expressões e cultura artística.
Esse movimento artístico tomou grande proporção a ponto de ser tema de questões do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Então, porque não dar uma aula específica sobre esse assunto? Assim, podemos fazer nossos alunos se interessarem por essa arte lançando fora o preconceito, e principalmente, fazendo-os adequarem suas habilidades e competências ao estilo.


Plano de aula
1 – Identificação
Título: Belém e os grafites
Tema: O verbal e o Não-verbal para o Enem.
Componentes:
Karolina Silva
Manoel Neto
Thais Coutinho

2 – Público Alvo
Alunos do 3º ano do ensino médio.

3 – Tempo Estimado
Três aulas de cinquenta minutos cada.

4 – Objetivos
4.1 – Objetivos Gerais
            Mostrar aos alunos o que é o grafite e como essa arte pode aparecer na prova do Enem.

4.2 – Objetivos Específicos

  • ·         Entender a importância do grafite como expressão social da sociedade.
  • ·         Mostrar através do grafite os recursos verbais e não-verbais.
  • ·         Apresentar o grafite enquanto arte e não como vandalismo.
  • ·         Entender um pouco da prova de linguagem, códigos e suas tecnologias do ENEM.
  • ·       Compreender a importância do verbal e não-verbal para a prova de linguagens do Enem.


5 – Justificativa:
O trabalho justifica-se, primeiramente, por não encontrarmos outras produções que falem sobre o grafite e sua aplicação na prova de linguagens, códigos suas tecnologias no Enem, sabendo que esse é a nova “porta de entrada” para as grandes universidades públicas e particulares do país. Além dessa contribuição escolar, a oficina também servirá como um meio de desmistificar o estigma do grafite como um ato de vandalismo e o mostrar como uma arte que tem seu valor na sociedade brasileira.
Este trabalho também servirá como grande auxiliador a professores de língua portuguesa que desejam renovar suas aulas de linguagem verbal e não-verbal, pois buscamos um novo olhar sobre esse conteúdo, um olhar mais jovem que desperte a atenção de nossos alunos e que os faça compreender que as aulas de língua portuguesa não se restringem apenas a gramatica normativa.
6 – Conteúdo:
Linguagem verbal e não-verbal e a arte enquanto expressão de uma sociedade.

7 – Recursos Didáticos:
Computador, Datashow, tela para a projeção dos slides ou no quadro branco da sala de aula, caixa de som e xerox da atividade de fixação.

8 – Metodologia:
A oficina será aplica em um período de 3 horas aulas de 50 minutos cada. Em um primeiro momento, será feito uma introdução sobre o que é o grafite, a origem dessa arte e, para mostrar aos alunos o que essas pinturas representam, será explicado como ela ganha uma ressignificação nos muros das cidades. Nesse momento introdutório, serão reproduzidos dois vídeos, os quais falarão um pouco da história do grafite e de um grupo de grafiteiros de Belém do Pará (link na referência). Em seguida, se mostrará essa expressão artística aqui na cidade de Belém, apresentando aos estudantes algumas figuras desse movimento na capital paraense. Em um terceiro momento, será feito uma revisão sobre linguagem verbal e não-verbal, revisão, pois esse é um assunto trabalhando pelos professores de português geralmente no 9º ano do ensino fundamental. Essa terceira parte é que será feita a ligação entre grafite, linguagem verbal e não-verbal e a prova de linguagem, códigos e suas tecnologias do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Todas as fases anteriormente descritas serão desenvolvidas com o auxilio de um Data-show para a projeção de slides e das caixas de som, pois em meio a algumas explicações serão reproduzidos vídeos. Por fim, será feita uma atividade de fixação que consistirá em uma folha com cinco questões impressas da prova do ENEM, as folha serão entregues aos alunos e eles terrão quinze minutos para responder as questões e ao final do tempo o professor corrigirá todas as questões apontando tudo o que foi explicado no decorrer das oficinas sobre o assunto tratado. 

9 – Avaliação:
            Será uma atividade de fixação, na qual os alunos responderão a cinco questões do ENEM, nas quais servirão como reforço do assunto abordado na oficina.

Referências
JENKINS, Henry. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph. 2008.

FREIRE, Paulo, Pedagogia da autonomia: saberes necessários á prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2011.

Martín-Barbero, Jesús. A comunicação na educação. Trad. Maria Lopes e Dafne Melo. São Paulo: Contexto, 2014.

Matriz de referência do ENEM. Ministério da educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas educacionais Anísio Teixeira. Disponível em: http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/downloads/2012/matriz_referencia_enem.pdf. Acesso em: 16/11/2015.

Cosp Tinta Crew e o Graffiti em Belém - InTV Web.Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=YXT7bLJ3-Fk. Acesso em: 06/11/2015.

 

Documentação apresenta filme sobre a história e cultura do grafite. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=G4wAHoS1jJE . Acesso em: 06/11/2015.  




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