domingo, 18 de outubro de 2009

Imagens da Amazônia 2

Outros olhares sobre Belém
Isabela e Larissa 4PPV11

Atualmente esta costuma ser uma cena típica em Belém do Pará: jovens amigos que se juntam e formam uma banda inicialmente para tocar como hobbie. No caso da banda Vinil Laranja eles conseguiram ir além, colecionaram fãs na cidade e arredores. Eles mostraram que são bons quando foram selecionados em um festival para tocar nos Estados Unidos. A banda tem uma levada de rock, e os integrantes são jovens que ainda estão na faculdade. A Vinil Laranja saiu de Belém para mostrar ao mundo que essa cidade não é formada só por brega e carimbó. Belém é uma mistura de culturas e diversificada em relação as suas “tribos”. Andando pelas ruas é possível encontrar rockeiros, emos, hyppie, playboys, etc. Um lugar onde os ricos se misturam com os pobres, o negro com o branco, o padre e o pastor. Uma mistura de sabores, cores e culturas.


Um índio
Tárcio Galvão, Bárbara,Camila, Vitor 4PPV11
“Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante”... Quanta idealização através dos tempos!


Desde os descobridores da América, passando pelos românticos e chegando a modernidade com Caetano.
Índios serão sempre índios, por um erro de cálculo ou uma bússola mal posicionada. Alguém já se perguntou por que só existem índios na América? Nunca se ouviu falar em índios europeus ou asiáticos.
São tratados como uma sociedade à parte. Têm terras demarcadas, leis específicas e despertam olhares piedosos da civilização urbana. Não seriam vistos de tal forma se tivessem admitido o erro, era mais fácil tomar a terra encontrada e tratar os primeiros habitantes, reais donos da terra como nocivos ou pecadores e incultos.
Há quem critique as aldeias em que os índios andem nus ou semi-nus, para isso os vestiram e agora os criticam por usarem relógios, celulares, assistirem TV e acessarem internet. Mas não era isso que se buscava no início da colonização? Civilizá-los?
E agora que estão antenados com o mundo doente querem expurgá-los do mundo branco. Agora querem a cura a qualquer preço.
Não é uma defesa extremada do povo indígena é apenas uma visão mais ampla e até justificada para que alguns deles hoje vivam como marajás. Sim, mandam e desmandam com o argumento de que sua lei permite, esfregam o facão na cara de quem os incomada e até sequestram, sem medo de punição.
E então...
“... aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio”

O Círio de Nazaré por outro ângulo
Caio, Felipe, Nívea, Ronaldo, Igor 4PPV11
  Que o Círio de Nazaré é a maior procissão católica do Mundo sabemos, é quando aproximadamente dois milhões de pessoas reservam o segundo domingo do mês de outubro para homenagear a Nossa Senhora de Nazaré em Belém. São quase cinco quilômetros de homenagens, e mesmo assim, os milhões de seguidores fazem questão de expressar sua devoção até a chegada da santa na Basílica. É exatamente esse o problema para muitas pessoas.


Todos os anos são registrados muitos casos de pessoas que desmaiam em meio à procissão, porém, contam com o suporte da Cruz Vermelha, grande parte composta por jovens voluntários que buscam dar auxílio aos devotos durante a procissão. Não se encarregam apenas dos casos de desmaios e mal estar, mas distribuem água para que as pessoas possam suportar o calor da multidão até o final sem “complicações”, nos socorros em geral.
Infelizmente muitas pessoas não têm a sorte de receber socorro antes de perder a consciência. O fato de estarem espremidas em meio à multidão acaba por impossibilitar o trabalho da Cruz Vermelha. Algumas vezes os casos se tornam extremos, pessoas morrem pelo fato de sofrer algum imprevisto, geralmente pelo fato de estarem desidratadas, e acabam por morrer pisoteadas pelos devotos que seguem a santa. Não é algo intencional, simplesmente não se pode impedir dois milhões de admiradores de continuar andando.
É algo comum, não se pode impedir uma pessoa em pleno calor da cidade, e em meio a tantos outros dividindo um quase impossível espaço físico de sofrer com a situação. Não é nada positivo saber que muitos cidadãos ao tentar demonstrar toda a sua fé a Nossa Senhora tenham que passar por tamanha situação. Porém, o patrimônio cultural acontece desde 1792, e cada vez mais admiradores surgem. O problema vai sempre estar presente, o que podemos fazer é rezar, ou torcer, para que cada vez menos casos aconteçam.

O guaraná é da Amazônia?
Ana Carolina Morais
Caroline Lima
Eric Bordalo
Leandro Borges
Renan Motta 4PPV11
A escolha da imagem que representasse a Amazônia de outra maneira, porém de forma realista e com uma visão negativa, foi abonada à circunstância de empresas internacionais se apropriarem de nosso guaraná e se beneficiarem com nosso patrimônio.

"O termo apropriar-se desempenha uma função central nos discursos do patrimônio cultural; é sinônimo de preservação e definição de uma identidade, o que significa dizer que é no plano das narrativas nacionais que uma nação se torna o que ela é, na medida em que se apropria do seu patrimônio. Ou seja, o esforço no sentido de restabelecer ou defender a continuidade e a integridade do que define a identidade e a memória de uma nação, entendidas como as práticas de apropriação e colecionamento" (GONÇALVES, 1996).

Ao analisar tal situação vemos claramente empresas se apropriando de nosso patrimônio cultural, de maneira que não se preocupam com a preservação e muito menos com identidade e memória de nossa região. Tratam tudo como simples negócios, e utilizam-se de nosso patrimônio para obterem lucros.
Ao analisar um texto ou uma imagem sobre identidade cultural de uma região é comum percebemos certa transposição cultural – um estranhamento plástico, pois geralmente os autores, além de apresentar o físico, ele tenta expressar a sua opinião e/ou ponto de vista sobre o determinado local – podendo ser ou não uma visão de realista.
Sendo assim, produzimos uma imagem em que houvesse uma visão incomum e ainda real/positiva da identidade cultural Amazônica e Brasileira – uma fotografia do Refrigerante Guaraná Antártica (produzido e comercializado no Brasil). A garrafa do refrigerante possui a cor verde remetendo as florestas, riquezas naturais – representando o Brasil; e em sua logomarca há um guaraná – fruta originária da Amazônia. Além de que, o Guaraná é um dos refrigerantes de seu segmento mais vendidos no mundo, fazendo com que o mesmo se torne uma das identidades do Brasil, da Amazônia.

Um comentário:

  1. Achei a proposta do texto "O Círio de Nazaré por outro ângulo" muito boa.Mas, desculpem o trocadilho,pecou um pouco na maneira como apresentou a situação dos "pisoteados".
    No mais é sempre bom ver outras perspectivas de um assunto tão popular,que é abordado quase sempre da mesma maneira.

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