segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Imagens da Amazônia

Amazônia à venda
Geraldo Wladimir Guimarães Nogueira - 4JLN11
Lucas Ismael Rezende
Luiz Armando Paes Loureiro Viana

Muitos dizem que a Amazônia está à venda, que logo, os Estados Unidos, sem mais recursos para continuar sua produção, acabarão por negociar com o governo brasileiro para que possam extrair todas as riquezas que aqui possuímos, dentre elas, principalmente a água, a maior de todas. Contudo essa é uma história que ainda não passa de rumores procurando fazer intriga, pois mesmo que o Tio Sam esteja mesmo de olho na floresta, esse ainda se trata de um futuro deveras distante, que não deveria ser levado com tanta comoção por pessoas desesperadas.


O reflorestamento da floresta amazônica é uma bela iniciativa de pessoas que pensam no futuro. Todo dia, áreas imensas são desmatadas e queimadas sem nenhum escrúpulo, como se a floresta fosse magicamamente se reerguer depois de tanto abuso de seus recursos naturais. O reflorestamento é uma forma de mostrar que o ser humano ainda possui salvação e sendo assim, que a própria floresta também pode ser salva. É preciso que mais pessoas aprendam sobre a real situação que a floresta se passa, para que parem de se preocupar com coisas sem importância e possam ajudar causas realmente relevantes.


Povos isolados na floresta
Denis Cardoso Baima
José Andrey dos Anjos
Cleomenes Mota
Silena De Nazaré Veiga Lima
Elza Ribeiro Vieira 4JLN11
Cerca de 70 sociedades ainda vivem isoladas no interior da floresta amazônica, longe do contato com a civilização. Provavelmente estas etnias já compreenderam que para se manterem integras e sobreviverem precisam estar longe do convívio com os brancos.




A FUNAI implementa políticas de não interferência, respeitando o comportamento desses grupos, determinados a todo custo a se manterem longe da nossa civilização.
Mas o que é civilização? As pessoas que destroem a floresta, disseminam doenças e só trazem destruição?
Então quem precisa ser civilizado? O índio, que mais do que ninguém constrói e pratica a biosustentabilidade ou nós que ainda não compreendemos o meio ambiente como parte inseparável de cada um, que ainda não conseguimos ter uma visão holística, em que cada um seja parte integrante deste grande ecossistema.


Portanto, ao nos depararmos com imagens reais de povos desconhecidos, não os julguem como inferiores ou arredios, são apenas seres humanos buscando o que também queremos: sobreviver. E só isolados desta nossa civilização eles poderão perpetuar sua maneira característica de viver!

O novo Eldorado dos sonhos
Denilson D’Almeida Barroso
Karina Samille Alves Costa
Janaina Haila Lima Cruz da Silva (4JLN11)
Reza a lenda que Eldorado era uma terra indígena de riquezas abundantes, com ruas de ouro e construções erguidas em pedras preciosas, era a cidade do ouro – localizada próximo onde hoje fica Bogotá, na Colômbia. Esta é a síntese de um mito, uma história contada por espanhóis no século XVI para atrair aventureiros para um mundo desconhecido chamado “América”. A existência de Eldorado nunca foi confirmada, nem esquecida ao longo do tempo, tanto que mais de quatro séculos depois se falava em um novo Eldorado, desta em vez em solo paraense. Era a Serra Pelada, uma nova esperança no coração de aproximadamente 60 mil homens que caçavam a sorte na Amazônia.
Era o começo da década de 1980 quando um boato de que toneladas de ouro podiam ser encontradas em um córrego próximo ao morro de fazenda chamada Três Barras. A notícia atraiu imigrantes de todas as regiões do Brasil, sobretudo dos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins, e também de outros países como o Suriname. Muitas dessas pessoas nunca nem tinham visto a cor do metal.
]Em menos de três anos, a Serra Pelada já era considerada o maior garimpo a céu aberto do mundo, na qual foi extraída oficialmente 30 toneladas de ouro deixando uma imensa cratera, do tamanho equivalente a três estádios de futebol, com mais de 100 metros de profundidade foi o que restou da Serra.


Nesta fotografia feita por Sebastião Salgado, em 1986, está nítido o trabalho dos garimpeiros que foram trabalhar na Serra Pelada. Eram tidos como selvagens, trabalhavam na lama e nela construíam suas moradias feitas em barracos de tábua que apodreciam rapidamente devido ao clima da região. Era um trabalho extremamente manual, milhares de miseráveis que subiam e desciam a cava com sacos de lama nas costas, cujos passos eram vigiados por agentes da Polícia Federal e por policiais militares. Não se tem um registro exato de quantos garimpeiros estiveram na Serra Pelada, alguns dados revelam que foram 60 mil, outros 80 mil e no mais elevado 100 mil.
Até a data da foto, era proibida a entrada de mulheres na Serra Pelada, entretanto neste mesmo ano passou a ser liberado acesso delas na área e a formação de famílias.
A imigração sempre esteve presente no processo de povoamento da Amazônia desde o momento em que começou a colonização por europeus, no caso da Serra Pelada temos apenas mais um exemplo vivo disto. Quantas lutas pelas massas foram sediadas em nosso território, quantos sonhos... e quão grande é a força dos recursos naturais, capaz de atrair a cobiça de várias partes do mundo.

O lago que se tornou Serra Pelada Hoje
Hoje o que era uma montanha é um grande lago e esconde um lugar que como poucos alimentou cobiça e fantasia. Nos anos 80 Serra Pelada foi considerada a maior concentração de trabalho humano desde a construção das pirâmides do Egito. Vinte anos depois a Vila de Serra Pelada, mais parece uma cidade fantasma e já não tem mais histórias de riqueza. E como num jogo de azar, poucos ficaram ricos.


Foi com a ilusão do sonho eldorado que muitas pessoas chegaram a Serra Pelada, na tentativa de enriquecer, os que conseguiram um pouco mais gastaram rápido, fortunas efêmeras, que evaporaram depressa. Para a população a única coisa que não passa depressa é a pobreza, para eles uma terra de conflitos, que se vive de ilusão do ouro, um lugar de humilhação, que se morre por encomenda. Em Serra Pelada as condições dos trabalhadores eram sub-humanas, havia surto de meningite e malária, morriam cerca de três garimpeiros por dia, fora os que morriam à base do 38.
Especialista descobriram que ainda há muita riqueza em Serra Pelada, só dentro do lago há cerca de 6 toneladas de ouro e no subsolo 150 toneladas, o que equivale a cerca de 6 bilhões de reais. Muitos ainda esperam as toneladas de ouro ali submersas.
Atualmente os 7 mil remanescentes da população garimpeira vivem em condições muito precárias, com a esperança de uma possível reabertura do garimpo e a mesma ilusão do lugar que no passado atraiu milhares de pessoas, de diferentes lugares, em busca de um único sonho, enriquecer na busca pelo ouro.


A pé, de carro, de trem ou de avião? Não... pelo rio!
Thaís Luciana Corrêa Braga
Camila Emília Nonato de Barros
Lorena Palheta
Ana Paula de Melo Freitas(4JLN11)
A transamazônica foi pensada para interligar as regiões do Brasil já há algumas décadas. Ainda assim, ela é o tipo de rodovia que parece lugar nada a lugar nenhum. Sem pavimentação, é freqüente que atoleiros e acidentes ocorram por lá no período de chuvas. Não sem razão, as pessoas que passam por isso ficam putas. Porém, o que vejo é elas ficarem mordidas com a região, com o lugar, com a situação; quando, na verdade, deveriam ficar com raiva dos governos sulistas e elitistas que grande parte deles elege.
Ora, de quem foi a idéia de pôr a floresta a baixo para construir rodovia numa região que concentra grande parte da malha hidroviária do mundo? Certamente não foi dos índios Asurini do Xingu. Quem é que propagandeia por aí que utiliza “zilhões” de reais em obras de infra-estrutura? Provavelmente essa pessoa não mora no mesmo país que eu. A quem beneficiou a construção da transamazônica? Será que foram os ribeirinhos e povos indígenas, ou os donos dos caminhões que aparecem na imagem 1, bem como os donos de petrolíferas que abastecem esses automóveis e também os patrões das pessoas que dirigem esses veículos?
Esta imagem acima é uma representação da Amazônia que não tem um amazônida sequer; portanto, é distorcida, intransigente e equivocada. Fala-se tanto em Amazônia, porém não vejo as atenções se voltarem para o que ela tem de melhor: os recursos hídricos. Não sei se agradeço aos céus ou não; afinal, tudo para o que esse homem volta os olhos, com o tempo é destruído.

A importância da água


Falar de Amazônia requer mais do quem pensar só em biodiversidade, desmatamento, subdesenvolvimento. O maior patrimônio da Amazônia é sua grande reserva de água doce. Mas não para por aí. Essa água que corre por vários rios da região tem um imenso potencial: o transporte fluvial, embora ainda seja pouco explorado.

Água e floresta: quem dá mais?
Kyria
Maria Waldecira 4JLN11
Quem disse que o maior tesouro da Amazônia é a floresta? E pior, quem foi que disse que a Amazônia é o pulmão do planeta? Se estudarmos um pouco mais a fundo a real importância da região amazônica, veremos que seu tesouro mais valioso é a água.



Sim, a água. E não é qualquer água, é a doce.

Futuramente, e esse futuro não está tão distante, o mundo todo vai se preocupar com um problema gravíssimo. Bem, todos precisam tomar banho, beber água, enfim, realizar necessidades diárias em que o uso da água está envolvido. E o grande problema é que não haverá o suficiente para todos!
Muitos países já estão cientes disso, e já querem tomar posse da nossa Amazônia. Não podemos deixar que isso aconteça, temos a solução, a salvação dentro do nosso território, e vamos simplesmente deixar que o levem.
O Rio Amazonas será tão disputado quanto a copa do mundo. Mas o povo brasileiro deveria se mobilizar e torcer para o rio continuar sendo nosso da mesma maneira que fazem na copa, tendo em vista que essa conquista é de extrema e maior importância, já que influenciará na vida de todos nós.


A cor verde na bandeira brasileira representa as florestas que existem no Brasil. A floresta amazônica é a principal delas, e está sendo brutalmente devastada a todo minuto.

Para que continuar com a cor verde na bandeira, uma vez que, daqui a poucos anos já não teremos o verde no próprio país?
Temos duas opções:
1. Parar com o desmatamento, ou pelo menos, começar a utilizar o desmatamento sustentável. Dessa forma, poderemos manter o verde na bandeira do Brasil.
2. Virar as costas, cruzar os braços e fingir que não estamos vendo, ou seja, continuar com o que estamos fazendo, e deixar que a floresta desapareça completamente com o tempo. Mas esta opção inclui também a mudança na bandeira brasileira, não haverá mais a parte verde.
Pelo rumo que as coisas estão levando, não será surpresa se todos continuarem agindo de acordo com a opção 2.
A imagem pode ser apenas uma charge, mas não podemos deixar de levá-la a sério. O pedido de socorro que ela carrega é muito mais importante e notório do que o humor.
Infelizmente, muitas pessoas só conseguem enxergar o lado humorístico. Não podemos culpá-las, é bem mais fácil, cômodo, e querendo ou não, somos induzidos diariamente a não enxergar a verdade por trás de uma mensagem.

Amazônia de todos nós.
Nathacia Monteiro Parente 4JLN11
Amazônia de todos nos, cheia de encantos e belezas, cercada por águas e belas paisagens e inundada de grandes mistérios. Lugar cheio de riquezas naturais anunciadas e ocultas, habitado por gente simples e guerreira que batalha pra viver da maneira que pode.
As pessoas que vem de fora logo enxergam o tamanho da necessidade dos ribeirinhos que habitam as margens dos rios da Amazônia mas, será mesmo que os ribeirinhos tem tão pouco? ou será que as pessoas que por ali passam que tem mais do que deviam?
Talvez os ilustres visitantes, acostumados à praticidade da vida moderna, já não consigam enxergar a riqueza naquilo que é simples.
Se olharmos por outro ângulo, ignorando a venda que a modernidade pôs em nossos olhos, veremos o quão ricos são os ribeirinhos.
As palafitas em que eles moram parecem mínimas diante da grandeza e do conforto presentes nas casas e prédios das cidades, porem para um homem que mantém suas tradições, sua casa é seu castelo, seja ele de madeira ou não.


Suas crianças brincam livres, aproveitando ao máximo o que a natureza e os ensinamentos dos seus ancestrais têm a oferecer. Enquanto que crianças modernas brincam atrás dos muros e grades dos condomínios, deixando de lado os conselhos dos mais velhos e afundando-se cada vez mais cedo na Internet.
Por viverem em meio à natureza, alimentam-se da maneira mais natural possível. Enquanto que os cidadãos civilizados lutam para controlar o colesterol já que se alimentam cada vez pior.
Trabalham para poder viver, já nos, vivemos pra trabalhar.
Lá o som que predomina é o cantar dos pássaros e o movimento das águas. Aqui, estamos perdidos em meio a tanto barulho e poluição sonora.
Quando mudamos a nossa maneira de encarar uma realidade distante e até mesmo oposta a nossa, passamos a compreender a realidade dos outros, enxergando a beleza onde antes víamos apenas as cinzas. É preciso mudar o foco e parar de tentar fazer com que eles, os ribeirinhos da Amazônia, desejem ter a vida que nos das cidades temos, e preciso que a gente lembre que nos também somos parte da Amazônia dos ribeirinhos.

Destruição para Construção

Debora Barros 4JLN11
Na formação do Estado brasileiro, a Amazônia tem sido colônia de exploração dos governantes aliados com interesses privados nacionais e transnacionais, seguidos de uma prática neocolonial caracterizada pelo saque e rapinagem de seus recursos naturais, minerais e madeireiros.




A Amazônia é uma região abandonada, entregue a um predatório e primitivo extrativismo da floresta tropical.
A atual situação da Amazônia exige, imperativa e urgentemente, uma ativa intervenção do Estado. O que está em jogo não é apenas a necessidade de dar um tratamento racional à exploração de seus recursos, mas, com não menor relevância, a necessidade de preservar os interesses nacionais naquela imensa região.

A Invenção da Amazônia.
Adriano Padilha (4JLN11)


Todo mundo tem a consciência (pelo menos a maioria das pessoas) o quão importante a Amazônia é, não apenas para o Brasil, local onde a sua maior parte se concentra, mas também para todo o planeta. Ao mesmo tempo em que se sabe da importância que essa imensa área representa para a humanidade, o ser humano continua agredindo incessantemente a fauna e a flora deste local.
Porém, se deturpa muito quem são os grandes causadores da destruição da Amazônia. Ainda existe uma idéia muito equivocada do restante do próprio país sobre o que e quem vive na Amazônia brasileira do século XXI.
A imagem do índio ignorante correndo nu pelas matas e pelas cidades do Norte do Brasil e de que os cidadãos vivem cercados por jacarés e onças, é uma visão ainda presente nas mentes de muitos sulistas. Para a grande parte do mundo, que assiste de longe a devastação dessas terras, o homem do norte é um individuo que sobrevive da destruição das matas e da matança descontrolada dos animais. Segundo os “homens do sul”, que se consideram “os grandes conhecedores dos problemas do país”, o causador da maioria dos problemas que a Amazônia sofre hoje em dia é o próprio amazonida.



Claro, é muito mais cômodo e interessante colocar o foco da culpa apenas na população que vive no centro dessas destruições, do que conseguir junto ao governo iniciativas públicas de fiscalização das grandes empresas abusivas que se encontram nessas áreas. Muito mais fácil “atirar pedras” contra os ribeirinhos que necessitam da pesca e da caça para sua sobrevivência, do que aceitar que os verdadeiros causadores de tantos problemas são os que estão no outro extremo desse mapa. Os empresários e madeireiros, que destroem a mata e tudo que nela vive, unicamente para obter lucros financeiros pessoais.

Está certo que é impossível não haver alguma destruição nas florestas amazônicas, além do mais, várias matérias-primas de grande utilidade para a economia nacional e mundial partem da Amazônia. Mas, estou aqui criticando o uso desenfreado e irresponsável desses recursos por pessoas e empresas que ainda por cima, injustamente, culpam a classe que não é totalmente e verdadeiramente responsável.
Os verdadeiros homens da Amazônia são indivíduos pouco conhecidos pelo restante do mundo, apenas quem convive com eles diariamente pode ter alguma noção de qual a relação que eles mantêm com a diversidade que os cerca. São pessoas de tradição forte e costumes exóticos e diversificados, que foram sendo moldados com a ajuda de vários personagens que fizeram parte de sua história.
Antes de outro grupo de sulistas, nordestinos ou de qualquer outra parte do Brasil e do mundo vier para a Amazônia dizendo asneiras sobre os cidadãos que aqui vivem e, ante de acusá-los de principais responsáveis pela extinção das florestas amazônicas, seria muito bom passarem pelo menos um ano vivendo em nossas terras. Um ano olhando e convivendo com nosso povo, quem sabe assim não notam que os grandes errados nessa história toda são eles mesmos. Podem ter certeza que serão muito bem acolhidos.

O que pescaremos amanhã?

Vivian Nery Mendes – 4JNL11
Cerca de 500 anos atrás, uma charge como essa era inimaginável. Depois, já era possível imaginar algo parecido, como moedas de ouro no lugar da lata de sardinha, mas não tão grave assim, pois ainda existiam peixes na água – que ainda não eram mutantes.


Hoje, essa charge poderia até ser reproduzida fielmente na vida real, como um live action, se ainda existissem as personagens. Não que os indígenas tenham todos morrido, ou que a floresta tenha sido toda queimada, ou ainda que rio tivesse secado e os peixes estivessem em extinção, mas é quase isso. A população indígena diminui a cada dia que passa, assim como a floresta, os peixes e a água. Parece até o fim do mundo. Mas ainda não é o fim do mundo, não, que é isso. É só o fim da Amazônia.
Deixando o exagero de lado, a Amazônia não vai acabar agora, nesse ano, nesse exato momento. Ainda faltam algumas árvores para cortar, alguns rios para poluir, alguns animais para matar, e alguns indígenas para aculturar.Por ano, cada atividade dessas tem no mínimo, 1% de efetividade. De 1% em 1% (que é o mínimo), em 100 anos se chega a 100%. E continuando nesse ritmo, um dia acaba mesmo.
Então essa charge – que já é bastante chocante – vai evoluir. Ao invés do índio, talvez algum ator branco, ou um índio com paletó, de preferência, em cima de um Ford. No lugar da floresta, a indústria: porque a indústria invade como erva daninha, fixando suas raízes na terra e matando as árvores ao redor. Plantam-se indústrias, ao invés de árvores. Se ainda existir rio, ao invés de bege, provavelmente será negro mesmo. E animais, se aparecerem, só empalhados. A destruição da Amazônia vai ser quase como a era glacial. O que não vai mudar vai ser a sardinha em lata. Por isso, é bom se acostumar a comer logo.

A culinária da Amazônia Paraense
Vivian Nery Mendes – 4JNL11
Muruci, taperebá, tacacá, tucupi, açaí, bacuri, cupuaçu, caruru, maniçoba, jambú, acerola, pupunha, tapioquinha... a lista é grande e mencionar tudo dá até água na boca. Seja pelas frutas ou pelos pratos regionais, é certo que a culinária paraense tem muito a oferecer: é exótica e bastante variada, até mesmo em seus temperos. Não apenas exótica e variada, também é saudável. Por exemplo, uma tigela de açaí puro, que é rico em ferro, equivale a uma refeição completa, tendo capacidade de sustentar o corpo durante duas horas de alguma atividade pesada, como a corrida. E sem precisar ser misturado com outros complementos energéticos, como guaraná ou a castanha, como é feito em outros estados. No máximo, se acrescenta um pouco de açúcar “só pra dar o gosto”.


A maioria das pessoas que provam a comida paraense se rende aos seus sabores. Prova disso é que ela é bastante comercializada no exterior do estado e do país. Não apenas no setor gastronômico, elementos da culinária paraense atendem em outros setores, como o de estética corporal: várias frutas e ervas daqui são utilizadas para a criação de perfumes, hidratantes corporais e cremes capilares. Também atende o setor da moda, afinal, quem nunca viu alguma roupa ou acessório fashion paraense que não tivesse ao menos uma sementinha de açaí no meio?
Todas essas razões e outras mais servem para comprovar o fato que a culinária da Amazônia paraense vai além de uma simples complementação cultural, e que é a identidade de uma região, de uma cultura, de um povo.

Garfo e faca. Vai aí um pedaço da Amazônia?!
Pedro Cavalcante
Maria Espírito Santo barbalho
Fiquei surpreendido com uma reportagem e logo em seguida, por um comentário de um dos âncoras da Rádio CBN – Alguns meses atrás. O tema era o seguinte: Grandes redes supermercadistas boicotam carnes vindas do Pará.


Minha reação foi de total aprovação. Porque, os matadouros paraenses que tiveram suas carnes boicotadas, contribuíram para o desmatamento da Amazônia. Como isso? Com a derrubada insaciável de árvores para a criação de pasto.
Quem não está cansando de ver nos jornais, o povo lá do sul e centro-oeste opinando sobre a Amazônia? Quando será que o povo da Amazônia tomara juízo, e entender como é importante preservarmos essa floresta?
Vejo sempre matérias que falam de quantas centenas de campos de futebol é correspondente ao desmatamento na Amazônia. É triste ver que a ganância da minoria, porém poderosa elite, pode deixar uma coisa tão linda torna-se um nada sem vida.
Estou muito filosófico hoje!
Admiro a decisão tomada pelas grandes redes supermercadistas - Pão de Açúcar, Wallmart e Carrefour - apoiando ou pelo menos seguindo a pesquisa realizada pelo Greenpeace, onde constataram que a grande maioria dos matadouros que vendiam carnes bovinas do Pará, contribuía no desmatamento da Amazônia.
Apesar disso não ajudar economicamente o estado do Pará, mas quem sabe agora os matadouros que tiverem seus serviços todos legalizados e ambientalmente corretos, tenham mais chance no mercado, ao invés daqueles que só contribuem para destruição da Amazônia, ou porque não dizer, para a destruição do planeta.

Amazônia indígena
Danilo Magela Barros Sousa

Helline Meireles Melo
A forte influência exercida pelos nossos ancestrais indígenas nos dias atuais, ainda se faz presente em alguns setores da sociedade.

Nossa realidade está cada vez mais invadida pelas culturas estrangeiras e este processo começou no período colonial. Esta invasão estrangeira, muitas vezes, consegue exercer um papel colonizador que em vários momentos passam despercebidos pela maioria da população.
Um exemplo bem grande desta influência é quando um cidadão consome ou usa uma roupa com estampa em dizeres que não é a sua língua oficial, e nem sequer sabe que sentido aqueles dizeres tem como significado.
A imagem pode até nos causar estranheza, mas apesar de todos os percalços, a cultura indígena se faz presente em nossas manifestações artísticas. Neste caso encontramos um artesão produzindo um vaso marajoara, característico das tribos indígenas que aqui habitavam antes da “exploração”. Ainda hoje encontramos este tipo de cidadão que carrega as suas tradições com amor e paixão, colocando a sua demonstração de técnica indígena para a comercialização.
Em alguns lugares como Icoaraci, encontramos vários artesãos que sabem manusear as técnicas indígenas e produzem vários vasos e cerâmicas marajoaras. Esta imagem tem um valor positivo devido à dificuldade que é nos dias atuais encontrarmos pessoas que buscam seu subsidio, na expressão indígena que praticamente é esquecida pela maioria da população que aqui vive.



3 comentários:

  1. estas são apenas algumas das múltiplas faces da nossa Amazônia.

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  2. otima pesquisa! parabens!

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  3. Caros editores do blog.
    Sou Biratan, o autor da charge ecológica publicada acima. Não costumo cercear trabalhos meus publicados em blogs. Principalmente os que não contêm anúncios comerciais, como é o caso deste. Mas junto ao meu trabalho consta a minha assinatura de cartunista. No mínimo o crédito do autor do cartoon. Fiquei surpreso vendo a ilustração com a assinatura subtraída.
    Esse é um cartoon publicado em muitas revistas , sites e jornais. mas dificilmente publicam sem a minha asinatura. Por favor corrijam.
    Biratan Porto
    http://greencartoon.blogspot.com
    http://biratancartoon.blogspot.com

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