Universidade Federal do Pará
Instituto de Letras e Comunicação
Faculdade de Letras
Disciplina Recursos Tecnológicos
Professora Ivânia Neves
Dezembro/2013
Amanda Ariana
Cristiane
Kássia Alencar
Murilo Vale
O crescimento significativo do envelhecimento da população no Brasil tem trazido à tona temas relevantes e debates nos diversos tipos de mídia nas últimas décadas. Nossa sociedade está presenciando o surgimento de um fenômeno social com reflexos políticos, econômicos e culturais.
Em pesquisa feita pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013, estima-se que o Brasileiro viva em média 74,6 anos. Se observarmos o mesmo estudo feito há 10 anos, a expectativa de vida do brasileiro aumentou 3 anos. Em 2002 era de 71 anos. Isto implica não apenas um maior número de aposentados, o que gera maiores gastos no que diz respeito à saúde e acessibilidade, como também uma maior visibilidade do idoso nas diversas mídias. Em reportagem do Jornal Nacional do mês de outubro, observamos as implicações que este aumento da expectativa de vida tem causado na população brasileira como a maior dificuldade para a aposentadoria.
Em pesquisa feita pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013, estima-se que o Brasileiro viva em média 74,6 anos. Se observarmos o mesmo estudo feito há 10 anos, a expectativa de vida do brasileiro aumentou 3 anos. Em 2002 era de 71 anos. Isto implica não apenas um maior número de aposentados, o que gera maiores gastos no que diz respeito à saúde e acessibilidade, como também uma maior visibilidade do idoso nas diversas mídias. Em reportagem do Jornal Nacional do mês de outubro, observamos as implicações que este aumento da expectativa de vida tem causado na população brasileira como a maior dificuldade para a aposentadoria.
Para além do aumento da expectativa de vida, o idoso vem buscando uma vida mais saudável, disposta no que tange aos exercícios físicos, fazendo surgir uma nova identidade, a dita “melhor idade”. Uma das implicações para o aumento de enfoque aos idosos é a construção de uma nova imagem do idoso apresentada pelas mídias. Esta construção, porém, não é sem propósito: vem surgindo toda uma indústria voltada para um apelo midiático e a adesão de um novo estilo de vida para os idosos, conforme podemos observar na propaganda do Windows 7 do ano de 2011.
Desde meados da década de 30, em pesquisas realizadas nos Estados Unidos, a imagem do idoso vem sendo modificada. Se nessa década a imagem retratada era de um indivíduo fraco e debilitado, conforme as telenovelas, comerciais de TV e revistas, a partir da década de 90, o idoso tem sido retratado com um estilo de vida mais jovial, com cadastro em sites de relacionamentos, que possuem namoradas e fazem sexo, etc.
Se observarmos atentamente, este estilo jovial de velhice depende, e muito, da personalidade do indivíduo, como em qualquer faixa etária ou grupo social. A juventude idosa não parte dos indivíduos de terceira idade, mas de uma gama de propagandas, novelas, redes sociais, etc., que trazem essa imagem jovial que já tem se transformado em algo estereotipado.
Não queremos aqui demonstrar que é impossível uma relação de jovialidade e velhice, mas que esta não se deve apenas ao aumento da expectativa de vida, ou de uma gama de idosos que se preocupa com a saúde física.
Se trouxermos para a realidade do idoso paraense, apesar do advento de academias ao ar livre proposta pela prefeitura de Belém, o idoso da nossa capital não possui políticas públicas voltadas para as suas necessidades, principalmente no que concerne a estruturas das vias de acesso, como a falta de calçamento adequado, poucos espaços nos ônibus para as prioridades, enfim, um descaso com a questão do idoso. Percebemos que a ideia de idoso jovial está bem distante do que vemos na TV ou internet.
O retrato que vemos é da fragilidade e da falta de respeito com os ditos da “melhor idade”. Se formos focar na saúde, o problema piora. A saúde pública do Brasil se arrasta a olhos vistos e sabemos que a saúde do idoso requer cuidados diferenciados. Não vemos um suporte para o atendimento à terceira idade, apenas programas, poucos, que se voltam para esta parcela da população.
O retrato que vemos é da fragilidade e da falta de respeito com os ditos da “melhor idade”. Se formos focar na saúde, o problema piora. A saúde pública do Brasil se arrasta a olhos vistos e sabemos que a saúde do idoso requer cuidados diferenciados. Não vemos um suporte para o atendimento à terceira idade, apenas programas, poucos, que se voltam para esta parcela da população.
Voltando à questão dos idosos nas mídias, percebemos que a imagem destes tem se mostrado demasiadamente estereotipada, embasada por uma menor parcela desta faixa etária. Sabemos que há uma fração minoritária de idosos com o aspecto jovial, mas que ainda há problemas no que concerne o que de fato é o idoso do século XXI.
Para saber mais:
REFERÊNCIAS
BEZERRA, Ada Kasea Guedes. "A construção e a reconstrução da imagem do idoso pela mídia televisiva". Não consta o ano. Disponível em: www.bocc.ubi.pt
TEZZA, Rafael; BONIA, Antônio Cesar. "O idoso e a internet: uma etnografia sobre interação e aprendizagem". In: Perspectivas da Ciência da Informação, v.15, n.1, p. 185-197, jan./abr. 2010.
JENKINS, Henry." Cultura da convergência". São Paulo: Aleph. 2008.
KELLNER, Douglas; SHARE, Jeff. "Educação para a leitura critica da mídia, democracia radical e reconstrução da educação". In: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302008000300004
Vídeo do Parafernalha. Disponibilizado youtube no dia 09/12/2013
Vídeo do Pânico na Band. Disponibilizado no youtube no dia 16/10/2013
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