Universidade
Federal do Pará
Faculdade
de Letras
Disciplina:
Recursos Tecnológicos no Ensino de Português
Docente: Ivânia
Neves
Discentes: Ingryd
Moraes de Moraes
Kelly E. Oliveira da Silva
Midiane Bento Figueiredo
Rodrigues
https://issuu.com/brunaql/docs/narrativas_ind__genas_3 |
Embora rotuladas
como mito, as narrativas orais indígenas são o conhecimento histórico destas
sociedades, a forma como narrativizam suas experiências, organizam seus
conceitos. (NEVES, 2009, p. 94)
Considerar ainda como essas narrativas estão
presentes hoje em nossa sociedade, época em que predomina vários meios de
comunicação, é de suma importância para percebermos como o pensamento das
sociedades minoritárias está sendo disseminado.
Trazendo a questão das narrativas para a educação
nos deparamos com mais entraves. Pouco se tem falado sobre diversidade de
pensamento e cultura nas escolas e apenas algumas narrativas orais indígenas
chegam aos alunos, mais difícil ainda quando pensamos em como e onde encontrar
tais narrativas.
Pensar e analisar sobre como e em
quais meios são disseminadas as narrativas indígenas, as quais representam
muito da diversidade cultural que possuímos, poderá trazer à tona um debate
sobre as questões de igualdade e equilíbrio social, proporcionando aos povos
indígenas e a nós maiores diálogos entre culturas, que, nos termos de Jenkins
(2009), trata-se de uma cultura em que os conteúdos são convergidos e tratados
por uma cultura de participantes ativos.
Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/10-livros-historias-indigenas-folclore-brasileiro-738413.shtml
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REFERÊNCIAS
JENKIS, Henry. Cultura da Convergência. São
Paulo: Editora Aleph. Disponível em:
http://lelivros.online/book/baixar-livro-cultura-da-convergencia-henry-jenkins-em-pdf-epub-e-mobi-ou-ler-online/
NEVES, Ivânia dos Santos. Considerações sobre mito, história e
ciência. In: A invenção do índio e as narrativas orais Tupi. Campinas, SP:
[s.n.], 2009. p. 99-134.
PLANEJAMENTO
DA OFICINA
TEMA: Análise das narrativas orais indígenas
brasileiras no youtube
OBJETIVO
GERAL
Analisar as narrativas orais dos
povos indígenas brasileiros no youtube.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
·
Demonstrar como a sociedade atual reconhece as
narrativas orais indígenas.
·
Possibilitar ao aluno uma melhor percepção das
narrativas orais indígenas por meio do teatro.
·
Promover a disseminação das narrativas orais
indígenas no facebook.
JUSTIFICATIVA
Este trabalho justifica-se, entre outras razões,
pela importância de se trabalhar narrativas orais indígenas em sala de aula,
levando-se em consideração que ao estudarmos a cultura desses povos também
estamos conhecendo a nossa própria cultura, uma vez que foram estes os povos
que habitaram primeiro esta terra e deles fomos influenciados em muitos
aspectos. Assim como estudamos vários outros povos que de alguma forma fizeram
parte da nossa história, devemos também conhecer o mundo indígena, suas
histórias, suas línguas, seus costumes e também suas influências.
Dentre os vários aspectos que podíamos explorar
neste trabalho, optamos por trabalhar as narrativas orais indígenas por
entendermos que essas narrativas revelam muito da história e concepção de mundo
de cada povo.
Ao fazermos buscas dessas narrativas em diversos
meios, observamos que as mesmas se fazem pouco presente nos meios sociais, com
exceção do youtube, que apresenta
várias narrativas de diferentes povos. Eis que surgiu a ideia de analisar as
narrativas orais indígenas presentes no youtube
e disseminar essas narrativas através de um outro meio muito utilizado
atualmente, o facebook.
É importante ressaltar também que, levar a cultura indígena até a sala
de aula faz parte das recomendações dos Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN), que ao tratar da pluralidade cultural diz o seguinte:
Há muito se diz que o Brasil é um
país rico em diversidade étnica e cultural, plural em sua identidade: é índio,
afrodescendente, imigrante, é urbano, sertanejo, caiçara, caipira... Contudo,
ao longo de nossa história, têm existido preconceitos, relações de
discriminação e exclusão social que impedem muitos brasileiros de ter uma
vivência plena de sua cidadania. (BRASIL, 1997, p. 15)
Portanto, esse documento nos alerta sobre a
discriminação e exclusão vivida por esses povos e sobre a necessidade de se
levar a pluralidade cultural para a sala de aula, oferecendo informações que
possam contribuir para a formação de novas mentalidades, voltadas para a
superação de todas as formas de discriminação e exclusão.
A inclusão dos povos indígenas na educação faz
parte da legislação atual. “Deve-se respeitar as línguas, as particularidades
culturais e históricas desses povos” (NEVES, 2015).
METODOLOGIA
A oficina “Análise das narrativas orais
indígenas brasileiras no youtube” tem duração de 20H e será realizada em
5 encontros.
Primeiro encontro (4 horas): Será disponibilizado aos alunos um texto-resumo, abordando a história
dos povos indígenas brasileiros, a origem das suas narrativas e a importância
delas para a cultura indígena em questão. Em seguida, os alunos já deverão
desenvolver uma atividade, que compreenderá em pesquisas de narrativas orais
indígenas mais recorrentes no youtube;
os mesmos deverão escolher quatro narrativas.
Segundo encontro (4 horas): No primeiro momento da oficina os alunos iniciarão outra atividade de
pesquisa de documentários, os quais devem contemplar alguém não indígena
narrando uma lenda ou falando sobre ela. No segundo momento haverá uma
atividade de produção teatral desenvolvida pelos alunos, cada grupo ficará
encarregado de produzir o vídeo escolhido no youtube.
Terceiro encontro (4 horas divididas em
2 momentos de 2 horas cada): No Primeiro momento,
será apresentada aos alunos uma página no Facebook, criada pelas
próprias professoras com o objetivo de promover a disseminação das narrativas
orais indígenas brasileiras. Nessa página os alunos deverão publicar todas as
atividades realizadas durante a oficina. No segundo momento, as peças serão
ensaiadas. Cada grupo terá trinta minutos para ensaiar a sua peça.
Quarto encontro (4 horas): Dia destinado aos ensaios das peças. Cada grupo terá trinta minutos para
ensaiar a sua peça. Em seguida, se pensará como serão os cenários e quais os
materiais necessários para sua montagem. Um aluno será escolhido para filmar
através de um aparelho celular todo o ensaio, pois servirá de making off
para ser inserido na página do facebook.
Quinto encontro (4 horas): Dia destinado à apresentação dos grupos. Enquanto os alunos apresentam,
estarão sendo avaliados pelas professoras. Os critérios de avaliação serão:
criatividade, fidelidade ao enredo da narrativa, expressão, cenário e arte no
corpo. Haverá a filmagem das peças. Ao final das apresentações, os alunos
deverão inserir os vídeos na página do facebook.
AVALIAÇÃO
A avaliação não consistirá em apenas
avaliar a atividade final, mas todo o processo. Isto é, serão avaliados:
frequência, participação e desempenho em todas as atividades.
RECURSOS UTILIZADOS
ü Computador
ü Caixa de Som
ü Data show
ü Material impresso
ü Smartphone
ü Teatro: Câmera digital, Cenografia, Figurino, Iluminação, Maquiagem, Sonoplastia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALCÂNTARA,
Flavia Graciela de. Narrativas orais e
memória coletiva: uma proposta para pensar a formação de conceitos. Igualitária: Revista do Curso de História da Estácio BH, v. 1, n.
3, 2014.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
curriculares nacionais: pluralidade cultural, orientação sexual /
Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997. 164p.
COELHO, Maria do Carmo P. As narrações da
cultura indígena da Amazônia: lendas e histórias. Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (tese), 2003.
JENKIS, Henry. Cultura da Convergência. São
Paulo: Editora Aleph. Disponível em:
http://lelivros.online/book/baixar-livro-cultura-da-convergencia-henry-jenkins-em-pdf-epub-e-mobi-ou-ler-online/
NEVES, Ivânia dos Santos. Considerações sobre mito, história e
ciência. In: A invenção do índio e as narrativas orais Tupi. Campinas, SP:
[s.n.], 2009. p. 99-134.
NEVES, Ivânia dos Santos. Narrativas orais
indígenas em sala de aula: música, interação social e transformação histórica. Leitura:
Teoria & Prática, v. 33, n. 64, p. 129-143, 2015.
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