A construção da usina hidrelétrica de Belo Monte é um dos assuntos mais polêmicos atualmente. Ela seria implementada em um trecho de 100 km no rio Xingu, no estado do Pará, e se tornaria a terceira maior hidrelétrica do mundo, sendo a menos produtiva e mais cara.
O projeto nasceu por volta de 1975 e gera discussões divergentes e opiniões conflitantes até hoje. Seu custo estimado sairia em torno de R$ 20 milhões e a previsão de inauguração da usina é fevereiro de 2015.
Organizações sociais e ambientalistas prevêem lacunas e erros graves em sua formação. Eles afirmam que a construção da hidrelétrica irá provocar a alteração do regime de escoamento do rio, com redução do fluxo de água, afetando negativamente a flora e fauna locais e causando diversos impactos ambientais e socioeconômicos.
Outro importante fator que eles apontam é que a obra irá inundar permanentemente os igarapés Altamira e Ambé, que cortam a cidade de Altamira, e parte da área rural de Vitória do Xingu. A vazão da água a jusante do barramento do rio em Volta Grande do Xingu será reduzida e o transporte fluvial até o Rio Bacajá será interrompido, prejudicando comunidades indígenas e ribeirinhas que dependem deste meio para chegar até Altamira em busca de recursos para sobrevivência.
Apesar de tantos impactos ambientais, muitos acham que a construção é imprescindível para o desenvolvimento do país, pois iria acarretar crescimento econômico e geração de energia elétrica. O projeto inclusive já foi alterado inúmeras vezes para que acate demandas da sociedade e seja aceito, e se torne viável em todos os aspectos.
Recentemente, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) autorizou a instalação da construção da usina. A liberação da obra foi marcada por polêmicas, tais como: queda de presidentes do instituto, manifestações agressivas de índios e de organizações não-governamentais e grande atraso. Segundo o IBAMA, o licenciamento "foi marcado por robusta análise técnica e resultou na incorporação de ganhos socioambientais". Entre eles, destaca o instituto, a garantia de vazões na Volta Grande do Xingu suficiente para a manutenção dos ecossistemas e dos modos de vida das populações locais.
Alunos do curso de Jornalismo da UNAMA: Amanda Maroja , Gabriela Gomes, Karina Bentes e Larissa Pampolha
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