sábado, 29 de agosto de 2009

Denilson Barroso 4 JLN11

O macho adulto branco sempre no comando

Desde a invasão dos portugueses no Brasil já se passaram mais de cinco séculos e ainda predomina no imaginário da maior parte dos brasileiros o preconceito racial. É como se o conceito da raça “ariana” ainda vigorasse entre nós, é como se os negros e os índios não fossem os principais responsáveis pela nossa riqueza genética. Claro que muitos avanços já foram alcançados, dentre eles podemos citar a criminalização do racismo. Todavia as leis costumam ser facilmente desrespeitadas e quase sempre descumpridas e olha que a Constituição diz que todos somos iguais perante a lei.
Ainda muito se discute o sistema de cotas para negros e índios em universidades e até mesmo em alguns concursos públicos. Opiniões se dividem em contra ou a favor, nos remetendo a interrogação se estipular um número de vagas para destiná-los a determinado segmento social é certo ou errado.
Barack Obama entra para a história como o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, antes dele um negro só assumiu tal cargo na ficção, no seriado norte-americano ’24 horas’. Neste mês de agosto, em Ananindeua, o travesti Amanda Pires contou, durante a parada do orgulho LGBTT da cidade, que sofre um duplo preconceito por ser negra e homossexual. A um tempo atrás uma mulher se candidatou ao cargo de vereadora da cidade Belém, no discurso dela (“sou mulher, sou negra”) a lembrança de machismo e racismo caminham juntas e as pessoas fingem não enxergar a situação.
Piadas do tipo “preto parado é traficante, preto correndo é ladrão” costumam ser ditas diariamente e nos fazem apenas rir, uma minoria se importa em eliminar este tipo de brincadeiras de mau gosto. O conhecimento indígena também sofre preconceito e muitos ainda se espantam quando vêem algum índio vestido de terno e gravata.
O nosso sangue é vermelho independente de raça, sexo ou classe social. Esta cor é usada para lembrar o sentimento de amor, amor este esquecido quando o assunto é cor da pele ou etnia.

2 comentários:

  1. aê, prof., arrasou no blog! vamos agitar, heim!

    ResponderExcluir
  2. Denilson, adorei sua observação... Essa questão do racismo infelizmente ainda é mto presente em nossa sociedade... E as leis? Qta contradição! Se todos são iguais perante a lei, por que existem leis para discriminação racial, ou ainda cotas para negros e índios??? É triste saber q temos q chegar a esse ponto. Distribuir oportunidades por cor, raça, etnia...Mas viva a[tentativa da] inclusão social!
    Suzielen Caldas

    ResponderExcluir