quinta-feira, 14 de julho de 2016

REFORMA DA PREVIDÊNCIA E OS DIREITOS TRABALHISTAS



Universidade Federal do Pará
Instituto de Letras e Comunicação
Faculdades de Letras
Disciplina: Tecnologias Educacionais e Ensino de Língua Portuguesa
Docente:Drª.  Ivânia dos Santos Neves 


Antônia Araújo
Deisiane Gonçalves
Elizangela Domingues
Ester Almeida
Hugo Tavares 

INTRODUÇÃO

Os direitos dos trabalhadores tiveram início com o término da escravidão no Brasil em 1888. Esses direitos surgiram porque os trabalhadores em geral estavam trabalhando em condições precárias, confinados em fábricas com péssima iluminação, abafadas e sujas. Os salários eram muito baixos e a exploração de mão de obra incluíam até mesmo crianças e mulheres, as quais eram submetidas a uma jornada de até 18 horas de trabalho por dia, porém, recebiam menos da metade do salário que os homens ganhavam.
Portanto, foi em meio a este cenário explorador que assolava o país, é que começava então as lutas pelos direitos trabalhistas. Os trabalhadores só foram reconhecidos a partir do governo do presidente Getúlio Vargas, passando a  se sentir protegidos por leis que lhes garantiram descanso semanal, férias dentre outros direitos.
Ao longo das décadas nos diferentes governos aconteceram alterações na previdência e hoje o governo interino de Temer quer propor reformas que deixam os trabalhadores apreensivos, preocupados com o que estar por vir.



Fonte:http%3A%2F%2Foridesmjr.blogspot.com%2F2012%2F06%2Fera-vargas-ii-trabalhadores-do-brasil.html&bvm=

As leis trabalhistas se consolidam em 1º de março de 1943, mas é no início do governo do presidente Getúlio Vargas que elas surgem, pois é um instrumento que garante a segurança do trabalhador. Entre essas leis estão:

a)      Criação do salário mínimo e da carteira de trabalho;
b)      Jornada de 8 h;
c)      Direito a férias remuneradas;
d)     Descanso semanal e direito a previdência social;
e)      Regulamentação do trabalho do menor e da mulher;
f)       Fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS);
Obs: As domésticas só passaram a ter carteira assinada em 1973. E o direito as férias remuneradas em 2006.
g)      A proposta de emenda a constituição (PEC) de 2013 pelo congresso nacional garante:
·         Jornada de trabalho de 44 h semanais;
·         Horas extras e adicional noturno.
·         Banco de horas;
·         Remuneração de horas trabalhadas em viagem a serviço;
·         Intervalo para refeição e/ou descanso;
·         Adicional noturno;
·         Feriados civis e religiosos;
·         Férias;
·         13º salário;
·         Licença maternidade;
·         Vale-transporte;
·         Estabilidade em razão da gravidez;
·         FGTS – fundo de garantia do tempo de serviço;
·         Seguro-desemprego;
·         Salário família;
·         Aviso prévio.



A mudança é uma das prioridades do governo Temer e deve aumentar o tempo de contribuição dos trabalhadores. Essa mudança leva os trabalhadores a ficarem perplexos e anteciparem seus pedidos de aposentadoria, pois o atual governo interino planeja propor a idade mínima para 65 anos para ambos os sexos.
A proposta atingiria quem já está no mercado de trabalho, mas seriam regras de transição (entre cinco a dez anos no máximo). Quem está próximo da aposentadoria (cinco anos) não seria atingido. As referidas mudanças atingem o tempo de contribuição do trabalhador e aumentam a idade mínima para se conquistar o benefício. 
Vídeo Entendendo a Reforma da Previdência.Disponível em:http://on.fb.me/1mDmaXT. 

Nossos alunos precisam desenvolver a capacidade crítica para serem agentes do processo de transformação social, daí a importância da figura do educador democrático e plural. Nos ambientes escolares, a questão da ética deve ganhar grande relevância. Nesse sentido, devem ser incluídos temas pertinentes à vivência dos educandos a fim de fortalecer os laços entre escola e sociedade.
No que concerne à docência e à ética, Paulo Freire (1996) destaca a ética universal do ser humano enquanto marca de natureza humana, enquanto algo absolutamente indispensável à convivência humana. Para tanto, a prática docente deve ser corporificada, isto é, materializar aquilo que é exposto na teoria. Já para Martin-Barbero (2014), a incomunicação como herança cultural é o reflexo de uma cultura dominante que esmagou a cultura indígena e africana levando-os a abandonar seus valores e suas práticas.
As veias da América Latina sempre estiveram abertas para o usufruto do explorador, já dizia Eduardo Galeano em sua obra: “As veias abertas da América Latina.”. Em sintonia com esse raciocínio, observa-se também que o povo dominado era impedido de crescer, impedido de falar e que a única voz que se podia escutar no silêncio ao qual foram submetidos, era a voz da dor, do desespero e da desesperança. Com o advento da tecnologia moderna vê-se um outro paradigma que traz em seu bojo a velocidade da informação e  que por isso mesmo, não  explica mais a razão de ser da incomunicação no ambiente escolar. 
Estas informações, hoje, não nos chegam mais apenas pela televisão ou pelo rádio. E nossa vida cotidiana, assim como nas escolas, o uso das redes sociais tem nos propiciado ampliar o leque de conhecimentos e como tal pode se incluir as causas de ordem social que não devem mais fazer parte da cultura do silêncio. Para Henry Jenkins (2009) a convergência, inteligência coletiva e cultura participativa são os três pontos que convergem para um único fim em que os sujeitos são despertados pelo desejo e necessidade de se apropriar das informações tecnológicas. 

Bem-vindo a cultura da convergência, onde as velhas e as novas mídias colidem, onde mídia corporativa e mídia alternativa se cruzam, onde o poder do produtor de mídia e o poder do consumidor interagem de maneiras imprevisíveis. (JENKINS 2009, p. 27)

Percebe-se que há diferentes formas de convergências, tais como a inteligência coletiva que ocorre por meio de interações sociais com o outro, ou seja, o consumo tornou-se um processo coletivo. Enquanto que na cultura participativa o coletivo de uma comunidade vai em busca do poder para fins recreativos, mas em breve estarão aplicando essas habilidades a propósitos mais “sérios”.
Entendemos a importância dos usos tecnológicos em nossas vidas, porque esses meios midiáticos podem nos auxiliar na construção da relação ensino//aprendizagem além de favorecer o novo olhar crítico do se fazer pensar, pois cada um de nós constrói a própria mitologia pessoal, a partir de pedaços e fragmentos e informações extraídos do fluxo midiático e transformados em recursos através dos quais compreendemos nossa vida cotidiana.





Plano de aula

PÚBLICO-ALVO: alunos do 1º ano do ensino médio
DURAÇÃO: 2 semanas
OBJETIVO:
·      Promover com os alunos um debate acerca da reforma previdenciária e direitos trabalhistas, visando à conscientização crítica dos educandos.
·      Produzir texto argumentativo com base nas classes sociais.

JUSTIFICATIVA

     Com objetivo de esclarecer o funcionamento da previdência social e dos direitos trabalhistas dos cidadãos da sociedade brasileira, incluindo especialmente os pais dos alunos que poderão ser atingidos diretamente pelas possíveis mudanças propostas pelo governo interino de Michel Temer (julho de 2016), a escola se propõe a discutir a reforma da previdência por se tratar de assunto de alta relevância na atualidade, junto aos jovens que futuramente ingressarão no mercado de trabalho e não devem ser alienados em relação aos seus direitos, os quais podem ser  afetados .

RECURSOS DIDÁTICOS
·      Imagens, data show, vídeo, computador, carteira de trabalho, material impresso, música.

METODOLOGIA

1º Momento
Apresentação do assunto e seus objetivos, em seguida a utilização  slides para exposição do tema tratado.

2º Momento
Promover roda de conversa para verificar o conhecimento prévio dos alunos quanto ao assunto discutido. Apresentar uma carteira de trabalho a fim de que seja socializado o entendimento dos alunos a respeito do documento.
Os alunos vão realizar pesquisa de campo com os pais, vizinhos e amigos da família para verificar a quantidade de trabalhadores com vínculo empregatício.

3º Momento

Apresentação do vídeo
Depois da reflexão do vídeo a respeito das questões sociais, analisar os discursos colocados em circulação sobre os direitos trabalhistas.

4º Momento

Música: Trabalhador  (Seu Jorge)

Está na luta, no corre-corre, no dia-a-dia
Marmita é fria mas se precisa ir trabalhar
Essa rotina em toda firma começa às sete da manhã
Patrão reclama e manda embora quem atrasar

Trabalhador
Trabalhador brasileiro
Dentista, frentista, polícia, bombeiro
Trabalhador brasileiro
Tem gari por aí que é formado engenheiro
Trabalhador brasileiro
Trabalhador

E sem dinheiro vai dar um jeito
Vai pro serviço
É compromisso, vai ter problema se ele faltar
Salário é pouco, não dá pra nada
Desempregado também não dá
E desse jeito a vida segue sem melhorar

Trabalhador
Trabalhador brasileiro
Garçom, garçonete, jurista, pedreiro
Trabalhador brasileiro
Trabalha igual burro e não ganha dinheiro
Trabalhador brasileiro
Trabalhador


Após a reflexão da música, produzir um texto argumentativo com base nas classes sociais.



REFERÊNCIAS
 
FREIRE, Paulo, Pedagogia da autonomia: saberes necessários á prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996
JENKINS, Henry. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph. 2009.

MARTÍN-BARBERO, Jesús. A comunicação na educação. Trad. Maria Lopes e Dafne Melo. São Paulo: Contexto, 2014.

http%3A%2F%2Foridesmjr.blogspot.com%2F2012%2F06%2Fera-vargas-ii-trabalhadores-do-brasil.html&bvm=

 







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