Universidade Federal do Pará
Instituto de Letras e Comunicação
Faculdades de Letras
Disciplina: Tecnologias Educacionais e Ensino de Língua
Portuguesa
Docente:Drª. Ivânia dos Santos Neves
Antônia Araújo
Deisiane
Gonçalves
Elizangela Domingues
Ester Almeida
Hugo Tavares
INTRODUÇÃO
Os direitos dos
trabalhadores tiveram início com o término da escravidão no Brasil em 1888.
Esses direitos surgiram porque os trabalhadores em geral estavam trabalhando em
condições precárias, confinados em fábricas com péssima iluminação, abafadas e
sujas. Os salários eram muito baixos e a exploração de mão de obra incluíam até
mesmo crianças e mulheres, as quais eram submetidas a uma jornada de até 18
horas de trabalho por dia, porém, recebiam menos da metade do salário que os
homens ganhavam.
Portanto, foi em meio a
este cenário explorador que assolava o país, é que começava então as lutas pelos
direitos trabalhistas. Os trabalhadores só foram reconhecidos a partir do
governo do presidente Getúlio Vargas, passando a se sentir protegidos por leis que lhes
garantiram descanso semanal, férias dentre outros direitos.
Ao longo das décadas
nos diferentes governos aconteceram alterações na previdência e hoje o governo
interino de Temer quer propor reformas que deixam os trabalhadores apreensivos,
preocupados com o que estar por vir.
Fonte:http%3A%2F%2Foridesmjr.blogspot.com%2F2012%2F06%2Fera-vargas-ii-trabalhadores-do-brasil.html&bvm=
As
leis trabalhistas se consolidam em 1º de março de 1943, mas é no início do
governo do presidente Getúlio Vargas que elas surgem, pois é um instrumento que
garante a segurança do trabalhador. Entre essas leis estão:
a) Criação
do salário mínimo e da carteira de trabalho;
b) Jornada
de 8 h;
c) Direito
a férias remuneradas;
d) Descanso
semanal e direito a previdência social;
e) Regulamentação
do trabalho do menor e da mulher;
f) Fundo
de garantia por tempo de serviço (FGTS);
Obs: As domésticas só passaram a
ter carteira assinada em 1973. E o direito as férias remuneradas em 2006.
g) A
proposta de emenda a constituição (PEC) de 2013 pelo congresso nacional
garante:
·
Jornada de trabalho de 44 h semanais;
·
Horas extras e adicional noturno.
·
Banco de horas;
·
Remuneração de horas trabalhadas em
viagem a serviço;
·
Intervalo para refeição e/ou descanso;
·
Adicional noturno;
·
Feriados civis e religiosos;
·
Férias;
·
13º salário;
·
Licença maternidade;
·
Vale-transporte;
·
Estabilidade em razão da gravidez;
·
FGTS – fundo de garantia do tempo de
serviço;
·
Seguro-desemprego;
·
Salário família;
·
Aviso prévio.
A
mudança é uma das prioridades do governo Temer e deve aumentar o tempo de
contribuição dos trabalhadores. Essa mudança leva os trabalhadores a ficarem
perplexos e anteciparem seus pedidos de aposentadoria, pois o atual governo
interino planeja propor a idade mínima para 65 anos para ambos os sexos.
A
proposta atingiria quem já está no mercado de trabalho, mas seriam regras de
transição (entre cinco a dez anos no máximo). Quem está próximo da
aposentadoria (cinco anos) não seria atingido. As referidas mudanças atingem o
tempo de contribuição do trabalhador e aumentam a idade mínima para se
conquistar o benefício.
Vídeo Entendendo a Reforma da
Previdência.Disponível em:http://on.fb.me/1mDmaXT.
Nossos
alunos precisam desenvolver a capacidade crítica para serem agentes do processo
de transformação social, daí a importância da figura do educador democrático e
plural. Nos ambientes escolares, a questão da ética deve ganhar grande
relevância. Nesse sentido, devem ser incluídos temas pertinentes à vivência dos
educandos a fim de fortalecer os laços entre escola e sociedade.
No
que concerne à docência e à ética, Paulo Freire (1996) destaca a ética
universal do ser humano enquanto marca de natureza humana, enquanto algo
absolutamente indispensável à convivência humana. Para tanto, a prática docente
deve ser corporificada, isto é, materializar aquilo que é exposto na teoria. Já
para Martin-Barbero (2014), a incomunicação como herança cultural é o reflexo
de uma cultura dominante que esmagou a cultura indígena e africana levando-os a
abandonar seus valores e suas práticas.
As
veias da América Latina sempre estiveram abertas para o usufruto do explorador,
já dizia Eduardo Galeano em sua obra: “As veias abertas da América Latina.”. Em
sintonia com esse raciocínio, observa-se também que o povo dominado era
impedido de crescer, impedido de falar e que a única voz que se podia escutar
no silêncio ao qual foram submetidos, era a voz da dor, do desespero e da
desesperança. Com o advento da tecnologia moderna vê-se um outro paradigma que
traz em seu bojo a velocidade da informação e
que por isso mesmo, não explica
mais a razão de ser da incomunicação no ambiente escolar.
Estas
informações, hoje, não nos chegam mais apenas pela televisão ou pelo rádio. E
nossa vida cotidiana, assim como nas escolas, o uso das redes sociais tem nos
propiciado ampliar o leque de conhecimentos e como tal pode se incluir as
causas de ordem social que não devem mais fazer parte da cultura do silêncio.
Para Henry Jenkins (2009) a convergência, inteligência coletiva e cultura
participativa são os três pontos que convergem para um único fim em que os
sujeitos são despertados pelo desejo e necessidade de se apropriar das
informações tecnológicas.
Bem-vindo
a cultura da convergência, onde as velhas e as novas mídias colidem, onde mídia
corporativa e mídia alternativa se cruzam, onde o poder do produtor de mídia e
o poder do consumidor interagem de maneiras imprevisíveis. (JENKINS 2009, p.
27)
Percebe-se
que há diferentes formas de convergências, tais como a inteligência coletiva que
ocorre por meio de interações sociais com o outro, ou seja, o consumo tornou-se
um processo coletivo. Enquanto que na cultura participativa o coletivo de uma
comunidade vai em busca do poder para fins recreativos, mas em breve estarão
aplicando essas habilidades a propósitos mais “sérios”.
Entendemos
a importância dos usos tecnológicos em nossas vidas, porque esses meios midiáticos
podem nos auxiliar na construção da relação ensino//aprendizagem além de
favorecer o novo olhar crítico do se fazer pensar, pois cada um de nós constrói
a própria mitologia pessoal, a partir de pedaços e fragmentos e informações
extraídos do fluxo midiático e transformados em recursos através dos quais
compreendemos nossa vida cotidiana.
Plano
de aula
PÚBLICO-ALVO:
alunos do 1º ano do ensino médio
DURAÇÃO:
2 semanas
OBJETIVO:
· Promover com os alunos um debate
acerca da reforma previdenciária e direitos trabalhistas, visando à
conscientização crítica dos educandos.
· Produzir texto argumentativo com
base nas classes sociais.
JUSTIFICATIVA
Com objetivo de esclarecer o funcionamento
da previdência social e dos direitos trabalhistas dos cidadãos da sociedade
brasileira, incluindo especialmente os pais dos alunos que poderão ser
atingidos diretamente pelas possíveis mudanças propostas pelo governo interino
de Michel Temer (julho de 2016), a escola se propõe a discutir a reforma da
previdência por se tratar de assunto de alta relevância na atualidade, junto
aos jovens que futuramente ingressarão no mercado de trabalho e não devem ser
alienados em relação aos seus direitos, os quais podem ser afetados .
RECURSOS
DIDÁTICOS
· Imagens, data show, vídeo,
computador, carteira de trabalho, material impresso, música.
METODOLOGIA
1º
Momento
Apresentação
do assunto e seus objetivos, em seguida a utilização slides para exposição do tema tratado.
2º
Momento
Promover
roda de conversa para verificar o conhecimento prévio dos alunos quanto ao
assunto discutido. Apresentar uma carteira de trabalho a fim de que seja
socializado o entendimento dos alunos a respeito do documento.
Os
alunos vão realizar pesquisa de campo com os pais, vizinhos e amigos da família
para verificar a quantidade de trabalhadores com vínculo empregatício.
3º
Momento
Apresentação
do vídeo
Depois
da reflexão do vídeo a respeito das questões sociais, analisar os discursos
colocados em circulação sobre os direitos trabalhistas.
4º
Momento
Música:
Trabalhador (Seu Jorge)
Está na luta, no corre-corre, no
dia-a-dia
Marmita é fria mas se precisa ir
trabalhar
Essa rotina em toda firma começa às
sete da manhã
Patrão reclama e manda embora quem
atrasar
Trabalhador
Trabalhador brasileiro
Dentista, frentista, polícia,
bombeiro
Trabalhador brasileiro
Tem gari por aí que é formado
engenheiro
Trabalhador brasileiro
Trabalhador
E sem dinheiro vai dar um jeito
Vai pro serviço
É compromisso, vai ter problema se
ele faltar
Salário é pouco, não dá pra nada
Desempregado também não dá
E desse jeito a vida segue sem
melhorar
Trabalhador
Trabalhador brasileiro
Garçom, garçonete, jurista,
pedreiro
Trabalhador brasileiro
Trabalha igual burro e não ganha
dinheiro
Trabalhador brasileiro
Trabalhador
Após a reflexão da música, produzir
um texto argumentativo com base nas classes sociais.
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo, Pedagogia
da autonomia: saberes necessários á prática educativa. São Paulo: Paz e
Terra, 1996
JENKINS, Henry. Cultura da convergência.
São Paulo: Aleph. 2009.
MARTÍN-BARBERO, Jesús. A comunicação na
educação. Trad. Maria Lopes e Dafne Melo. São Paulo: Contexto, 2014.
http%3A%2F%2Foridesmjr.blogspot.com%2F2012%2F06%2Fera-vargas-ii-trabalhadores-do-brasil.html&bvm=
Nenhum comentário:
Postar um comentário