terça-feira, 12 de agosto de 2014

O LUGAR ONDE VIVO: o gênero crônica no contexto da cidade de Belém

Universidade Federal do Pará
Instituto de Letras e Comunicação
Faculdade de Letras
Disciplina: Recursos Tecnológicos
Professora: Ivânia Neves
Junho/2014

Alana Clemente Lima
Cristiane Helena Silva de Oliveira
Luciana Silveira

Introdução

As Olimpíadas de Língua Portuguesa são realizadas anualmente no Brasil e representam um grande avanço no ensino da leitura e da escrita nas escolas públicas. Esse ano, o gênero e o tema voltados para o 9º ano do ensino fundamental são, respectivamente, crônica e “o lugar onde vivo”. Isto é, os professores devem preparar seus alunos para produzir suas crônicas falando do lugar onde vivem: a cidade de Belém.

Trabalhar com cultura local parece ser uma das maneiras mais fáceis de se aproximar dos alunos, tendo em vista que seria somente levar a realidade deles para sala de aula, no entanto dentro de um país onde prevalece a cultura da importação e principalmente dentro de um estado considerado por muitos o quintal do Brasil a tarefa fica mais árdua, então como fazer seus alunos escreverem uma crônica sobre “o lugar onde vivo”?

Figura 1: Fonte: http://www.etcoblog.com/2010/01/sera-que-ta-tudo-bem.html

A busca é pelo encantamento com o gênero e principalmente pelo lugar onde se vive. Na visão de um adolescente o que seria uma crônica? Um texto qualquer. Assim que o primeiro contato é estabelecido com o gênero não há encantamento ou surpresa, pois o lugar é todo tomado por um certo “tédio”. Até que se compreenda que a crônica é um gênero mais próximo do que imaginamos. Ela se faz presente nas colunas de jornal, nos blogs de internet e até mesmo nos famosos e modernos canais do youtube, como é o caso do “Bom dia, Leo”, um canal de “crônicas orais” dedicado ao humor. 




Após entender um pouco mais sobre a crônica- a linguagem usada e direcionada a um público específico, a brevidade, a escolha de um tema cotidiano, o tom expresso pelas escolhas lexicais, etc.- chega o momento de aguçar o olhar sobre o que está ao nosso redor. O lugar onde vivo pode ser minha rua, meu bairro ou minha cidade, e está recheado de situações que podem nos chamar atenção tanto para o lado bom quanto para o ruim. O que me chama atenção na cidade de Belém? Sobre o que eu gostaria de escrever?


Belém já serviu de inspiração para muitos artistas, sendo tema principal de muitas músicas, como a do vídeo anterior. No entanto, para quem tem um olhar mais crítico sobre a cidade, para quem vê e quer mostrar o lado que a mídia não mostra de Belém, a música da banda Mosaico de Ravena pode ser uma boa inspiração.



Além de tudo, antes de escrever um texto sobre determinado tema, é necessário e essencial que tenhamos contato com outros textos de tema aproximado. Falar sobre Belém também pode ser invadir a memória de imagens das ruas, dos ônibus, das pessoas e dos costumes de uma terra repleta com uma cultura ímpar. A culinária, as danças, os cartões postais, tudo converge para o povo caloroso e hospitaleiro, povo esse que muitas vezes contribui para o abandono da cidade. E é esse olhar que estamos buscando para a escrita da crônica, o olhar de quem vive em Belém, conhece e reconhece suas características e pode escolher uma situação específica para “cronicar”.


ANEXOS

- Imagens da crônica “Flanêrie auto[e]motiva” (Daniel Prestes da Silva).

- Plano de aula


REFERÊNCIAS:

JENKINS, Henry. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph. 2008.


LAGINESTRA, Maria Aparecida; PEREIRA, Maria Imaculada. A ocasião faz o escritor: caderno do professor: orientação para produção de textos. São Paulo: Cenpec, 2010.


SILVA, Daniel Prestes da. Flanêrie auto[e]motiva. In: Antologia: poesia, crônicas e contos. III Prêmio PROEX/UFPA de Literatura. Belém, 2013.


Vídeos:





PLANO DE AULA
AULA
TEMA
CONTEÚDO
MÉTODOS
RECURSOS DIDÁTICOS
DURAÇÃO
AVALIAÇÃO
01
O lugar onde vivo: o gênero crônica no contexto da cidade de Belém.
- O que é uma crônica?

Como reconhecer o gênero.

- Qual meu olhar sobre o lugar onde vivo?

- Um pouco sobre Belém: 

lados positivos e negativos.
Serão apresentados vídeos sobre Belém, uma letra de música, um slide em Power point para explicar um pouco mais sobre o gênero crônica e aguçar o olhar sobre o lugar onde vivemos.
Data show e computador, caixa de som, telão para projetar vídeos e slides.
Xerox para entregar a crônica para os alunos lerem.
4h/a
A avaliação será a produção de uma crônica sobre “O lugar onde vivo”. Serão observados o tom, o foco narrativo, o público alvo e a adequação ao tema.


REFERÊNCIAS:

JENKINS, Henry. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph. 2008.

LAGINESTRA, Maria Aparecida; PEREIRA, Maria Imaculada. A ocasião faz o escritor: caderno do professor: orientação para produção de textos. São Paulo: Cenpec, 2010.

SILVA, Daniel Prestes da. Flanêrie auto[e]motiva. In: Antologia: poesia, crônicas e contos. III Prêmio PROEX/UFPA de Literatura. Belém, 2013.


Para saber mais:


                           
                           O lugar onde vivo from Breados Online

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