Diana Ramos Silva
Especialização em Língua Portuguesa e Análise Lietrária
Unama- 2010
A região amazônica é guardiã de mistérios e de belezas, de cores e de encantos, de sabores e de cheiros bem particulares!
É neste cenário das diversidades, que se estuda e se observa o multilinguismo, que não permite estabelecer regras estanques, tampouco oficializar uma única língua, o português. Devemos valorizar as pluralidades lingüísticas de nossa região, sobretudo a pluralidade da língua indígena.
As situações de multilinguismo na região amazônica mostram que o número de línguas usadas por um indivíduo pode ser bem diversificada, ou seja, existem os que falam e entendem mais de uma língua ou que entendem muitas línguas, mas só falam uma ou algumas delas. Isto resulta num caldeirão lingüístico rico e promissor ao estudo da sociolingüística, sobretudo quando se ratifica a importância do estudo das línguas dentro das práticas sociais.
Antropólogos, Sociolinguistas entre outros pesquisadores correlatos que estiveram em diferentes comunidades indígenas na região amazônica, depararam-se com usuários que falam apenas a língua indígena, com outros que só falam a língua portuguesa e outros ainda que são bilíngües ou multilíngües. Todas estas diferenças não impedem que as relações humanas sejam efetivadas, bem como as necessidades satisfeitas, pois as comunidades interagem e socializam-se, de modo que o multilinguismo acaba enriquecendo os vínculos sociais.
Etnia Maku (pib.socioambiental.org). |
Segundo o professor Aryon Rodrigues: “Atualmente, no Brasil, são conhecidos dois grandes troncos lingüísticos: O Tupi e o Macro-Jê. Há também nove famílias lingüísticas que não são classificadas em troncos> Isso sem contar que existem sociedades indígenas que vivem isoladas, cujas línguas não são conhecidas. Mas ainda existem poucos estudos sobre as línguas indígenas no Brasil.”
Nos casos em que as comunidades indígenas elegem uma das línguas – chamada língua franca - a ser utilizadas por todos para superar barreiras de comunicação, há convivência nas aldeias do multilinguismo. Há casos em que o português funciona como língua franca, noutros em que o Nheengatuu – língua geral da Amazônia - passa a ser corrente nos grupos indígenas. Portanto, falar em língua portuguesa como língua oficial, é negar a riqueza cultural assim como a riqueza lingüística das comunidades indígenas
(pib.socioambiental.org). |
Olha que bacana esse texto da Diana, tão gostosos de ler, muito bom, parabéns Diana.
ResponderExcluirOi professora tudo bom?
Feliz ano novo e que fiquemos sempre breados de conhecimento."rsrs"