quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Ricardo Catete - Anjo da Música

              Este ano o réveillon terá um gosto a mais de saudade. Não esperávamos sua partida tão sem aviso. De você ficam muitas memórias, inclusive a de seu riso largo. A seguir, um texto que encheu de lágrimas nossos olhos, no dia 27 de dezembro.
Ricardo Catete - 2008/2009
       
Amigos Anjos,
“ao por do sol
  eu vou ti dizer,
  que o nosso amor
  não pode morrer...”
Por que o meu irmão Ricardo Catete¿ É inacreditável questionar uma decisão de vocês, principalmente para quem conhece a cumplicidade construída há anos entre nós, a espiritualidade que nos une e fortalece o meu estar no mundo. Mas, são notícias como esta do ultimo dia 22/12/2012, as 10:41 h que me tomou de assalto que me faz acreditar que ainda tenho muito para crescer e alcançar a condição de uma “anjiologista” de plantão, ou seja, de vislumbrar cada iniciativa celestial como a mais correta.
Confesso que mesmo no exercício frequente, diário mesmo de por em prática o princípio norteador dos mensageiros de Deus, de pensar a vida como passagem, travessia para diferentes territórios, por diferentes incertezas, por experiências únicas para atingir o tempo de Amor e assim ser autorizada a viver a plenitude e perfeição, somente conferida aos escolhidos pela Grande Mãe para desfrutar da convivência harmoniosa do paraíso – Aquele semelhante ao de Dante Alighere, quando confiou ao Poeta o encontro com o Amor.
E exatamente por não ter atingido esse estágio maior espiritual e, ainda (repito) não ter o desprendimento necessário para aceitar as decisões celestiais com alegria e leveza que peço aos anjos, arcanjos e a Maria- Nossa boa mãe que recebam com festa e muita, muita música: da clássica a M.P.B., do samba ao tecnobrega nosso irmão Ricardo Catete. E por favor, não esqueçam de documentar tudo no “tablet” do arcanjo Miguel – responsável pelas Emoções, por que quando nós, seus amigos de estudo, de café do final das aulas, dos encontros fraternos com Canclini, Foucault, Bakhtin, Barbero, Gregolin, Bourdieau e tantos outros conselheiros intelectuais nos reencontrarmos pós vida terrena, termos o privilégio de sermos recepcionados com o sorriso do menino Ricardo, compartilhando as experiências celestiais conosco, assim como só ele soube compartilhar os seus conhecimentos conosco, pessoalmente ou on-line.
Ahhhh... não esqueçam, meus anjos, de dizer bem baixinho no ouvido dele, que as lágrimas que insistem em escorrer são de saudades; e como bem disse Cecilia Meireles    
“Sou entre flor e   nuvem,
Estrela e mar.
Por que havemos de ser
unicamente humanos,
limitados em chorar¿”
Saudade dos sons do teclado do computador, dos vídeos de Shirley Xarque, das músicas de Mercedes Sosa, regada a sonhos intermináveis para o futuro de cada um do nosso grupo de estudo. E que a “menina” aprendeu com Mary Wollstonepraft que

“A educação mais perfeita é como o exercício do entendimento,
que é mais bem calculado para fortalecer o corpo e formar o coração.
Ou, em outras palavras para permitir que o indivíduo alcance
aqueles hábitos de virtudes que o tornam independentes.”
Avisem a ele também que o nosso encontro marcado para o dia 02 de janeiro de 2013 fica para outro dia, já que ele foi o escolhido para tocar os melhores acordes e celebrar o nascimento do Menino Jesus.
Aplausos ao mundo angelical por essa escolha de um anjo da música chamado Ricardo Catete para festejar um novo ano.

Sua irmã, Mirna Lúcia Moraes/Guapindaia.
                                       
                                                         Belém, 27 de dezembro de 2012.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

MEMÓRIA DISCURSIVA


Ociléia Oliveira da Silva

Sebastiana Ivelyse Cabral



Olhar a avenida Presidente Vargas sob o aspecto icônico evidencia todas as possibilidades de engajamento socioeconômico que Belém possui desde o Século XIX. No entanto, diante dos efeitos da memória discursiva este olhar se evidencia como uma espécie de omissão das perspectivas problemáticas da sociedade. Estes problemas podem ser também instigados à elipse sob a perspicaz confusão que se faz dos aspectos estruturais da avenida, como se perceberá na pequena discussão a seguir. 

ANÁLISE DO DISCURSO A PARTIR DE UMA DETERMINADA IMAGEM



Marcio AntonioHomci


A imagem do casamento data de 1962. Ano no qual o pós-guerra havia trazido revoluções tanto sociais quanto tecnológicas. A comunicação por meio de micro-ondas foi exemplo deste avanço. O retrato remete ao Arraial do Caeté, um vilarejo próximo da cidade de Ourém, interior do estado do Pará, no Brasil. Local onde não haviam chegado esses avanços tecnológicos, onde para se enxergar à noite, embora naquele ano tivessem desenvolvido o primeiro LED que hoje é usado para iluminação,a luz de velas, candeeiros e lampiões eram os meios indispensáveis e isto é trazido pela memória daquela imagem. Pelo rádio, a moça da foto acompanhou a vitória da seleção brasileira na final da copa do mundo no Chile.



DA TITO FRANCO AO BRT


Kezya Thalita Cordovil Lima

Alcirlene do Socorro Costa Ferreira



A foto acima de 1921 retrata a principal Avenida de Belém a Almirante Barroso, destaca-se a construção da Escola de Agronomia do Pará e a velha Maria Fumaça da estrada de ferro Belém-Bragança, a foto retoma a memória de uma Belém em construção rumo ao progresso oriundo dos tempos áureos da Belle Époque, a necessidade de modernizar a capital paraense e realizar uma melhor distribuição do espaço urbano esteve inevitavelmente atrelada ao desenvolvimento da borracha, como também as transformações políticas e sociais ocorridas no país a partir da década de 1880. Era preciso adequar a cidade às transformações capitalistas, investindo capital e diversificando sua aplicação em outras atividades, para isso se engendrou todo um processo de modernização da cidade.