Na terça-feira, 24 de maio, o casal José Cláudio Ribeiro da Silva (54) e Maria do Espírito Santo da Silva (53) foi assassinado na cidade de Nova Ipixuna, no Estado do Pará. O casal tinha um grande envolvimento em protestos contra um grupo de madeireiros que tentavam extrair produtos daquela região, principalmente castanhas do Pará. Por serem considerados revolucionários e o envolvimento em protestos em busca de seus direitos, José e Maria já recebiam ameaças de morte desde o início de Junho do ano passado e fizeram a denuncia à Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Casos semelhantes vêem acontecendo no interior do Pará, tal como em fevereiro de 2005, a missionária Dorothy Stang, foi brutalmente assassinada em Anapu, no Pará, por lutar por causas parecidas com a que o casal defendia. Muitos dos trabalhadores de regiões desfavorecidas dentro do Estado convivem com o medo e a ameaça de morte por lutarem em busca de melhoria.
Dentro do Estado do Pará desde 1996 até os dias de hoje o número de mortos por protestarem contra causas agrárias é de 205, mais de 800 trabalhadores do campo foram assassinados de forma cruel.
O vereador e amigo do casal João Batista Delmondes do PT diz ter certeza de que o mandato de assassinato do casal foi ordem de alguém que tem profundo interesse em desmatar o assentamento. A irmã de José Cláudio, Claudelice Silva dos Santos também deu depoimento em relação ao caso e diz está disposta a lutar por justiça.
O governador do Estado do Pará, Simão Jatene ficou revoltado com o assassinato do casal e entrou com uma ação para mobilizar o sistema de Segurança Pública do Estado para proteger as regiões que se encontram nesse estado tão violento.
No dia 7 de junho, terça-feira, o Ministério da Justiça e o Exército começaram a ação de proteção aos camponeses com a chegada da Força Nacional de Segurança nos municípios paraenses, sendo a princípio Marabá, Altamira e Santarém.
Trabalho da aluna do Curso de Jornalismo - UNAMA - Amanda da Silva
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