Débora Quaresma
Ingred Rocha
Suzielen Caldas
Vivian Nery 4JLN11
Etimologicamente, o termo homossexualidade significa a atração sexual que uma pessoa sente por outra do mesmo sexo. Há pouco mais de dez anos, se chamava homossexualismo, e hoje, também se chama homoafetividade. Doença? Tratamentos? Maldição? Até hoje muitos tentam explicar esta prática, que têm se revelado cada vez mais na sociedade e em Belém não é diferente.
Ao andar por certas casas noturnas na cidade de Belém, é freqüente a presença de travestis, gays e lésbicas: sendo a maioria jovem, com faixa etária que varia de 13 até 20 anos. Um público bem diverso, que geralmente chega por volta das 23:00 horas e fica até o nascer do sol. Tais lugares são como uma espécie de ponto de encontro dessa comunidade – que dificilmente freqüentam outros lugares, por medo de sofrerem algum tipo de preconceito.
“Claro que não vou a boates héteros. Pra que? Receber olhares tortos e ouvir comentários desagradáveis?”, comentou uma estudante de 16 anos, que preferiu não se identificar. Dessa forma, as casas noturnas destinadas ao público LGBT são pontos de encontro para sua liberdade. Lá eles podem ser livres para conversas em alto tom, danças, beijos, abraços e até mesmo algumas carícias um pouco mais ousadas.
Chegando ao final da festa, todos voltam para suas vidas do dia-a-dia: estudantes, estagiários, assalariados. Não é comentado nada sobre a noite, e se é, é somente entre eles, feito de maneira discretíssima: poucos comentários em um sussurro quase inaudível. “O que acontece naquela boate, fica lá, entende? Não comentamos nada disso com o mundo exterior.”, comenta um jovem de 20 anos, estudante de direito, que também preferiu não identificar. “Eu sou gay e gosto de ser gay, mas não vou sair expondo isso por aí, porque ia acabar com a minha imagem.”, finalizou o jovem.
Esse tipo de situação é bastante comum. Muitos jovens têm medo de se assumir homossexuais, na cidade de Belém. Vários motivos justificam essa atitude: o preconceito, a questão da imagem social, que geralmente é relacionada a movimentos como a parada gay, ao extravagante e até mesmo ao ridículo; entre outros motivos que variam de acordo com cada um. Todos eles juntos, acabam criando a autofobia, que é a não-aceitação própria. “Eu sei que é bem difícil se assumir gay na sociedade, mas se isso não for feito, nada vai mudar, e o preconceito só vai aumentar.
Se os próprios jovens homossexuais acham errado e escondem, aí é que a sociedade vai discriminar mesmo.”, comenta a estudante de odontologia Simone Tanaka, 20 anos, bissexual. É opinião geral que é uma decisão difícil, e que infelizmente, traz consigo muitas situações desagradáveis – e nenhum ser humano gosta de viver situações desagradáveis. Logo, a juventude homossexual de Belém acaba se assemelhando bastante com a violência às mulheres: quase sempre termina em gritos abafados. Se um dia serão ouvidos ou não, não se pode saber.
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