sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

“patys”.

Waldecira Sarges 4JLN11

Rosa – choque, rosa – bebê, Pink. Em meio aos vários tons de rosa, lá estão elas... as patricinhas, ou apenas, as “patys”. Elas se identificam com as cores, roupas, o modo de vida e de ser. Mas não é só isso que significa ser uma paty. Aparentemente elas representam alienação, vida boa, esnobismo e que vivem totalmente submersas em seus mundos cor – de – rosa.
Entretanto, essa tribo é também uma dimensão plural da realidade. Durante pesquisa, percebi um perfil heterogêneo da tribo. Esse novo perfil pode ser explicado nas falas de Stuart Hall, quando ele propõe que a identidade passa a ser um processo de identificação, e que como processo estabelece um sentido de movimento, de algo ‘inacabado’.
“A identidade surge não tanto da plenitude que já está dentro de nós como indivíduos, mas de uma falta de inteireza que é “preenchida” a partir de nosso exterior, pelas formas através das quais nós imaginamos ser vistos pelos outros.”
As meninas mais jovens, as adolescentes, são as que mais se mostram felizes com o estereótipo que lhes é dado – o de menina rica, que não se importa com o mundo a sua volta -. Já as mais velhas, geralmente, não negam a origem classe média alta, no entanto, se consideram mais maduras, quanto às pretensões de patys.
Para desmistificar a concepção de vida boa e pra sustentar seus hábitos, a vida de compras, maquiagem e rodadas de amigas, muitas delas trabalham e estudam. Nesse último ponto, se mostram bem mais inteligentes do que parecem, falam mais de dois idiomas e estudam nas melhores universidades.

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