quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Homossexualidade e Diferenças


            Paula Barbosa
             Juliana Tavares
             Cássia Pelaes
             Renata Franco
             Thatiana Téssia 4PPM11
                
Seja por preconceito, seja por desconhecimento, muitos são os mitos que envolvem a homossexualidade. Isso se dá por causa da herança machista e religiosa da nossa sociedade, que oprime, julga e até rejeita o homossexual. Este, se não tem o apoio da família, encontra muitas dificuldades e acaba reforçando as fantasias, os estereótipos e os mitos que são impostos pela coletividade.
Contudo, muitos homossexuais lutam para mudar essa situação de clandestinidade. Não é à toa que a Parada do Orgulho Gay tem assumido grandes proporções e arrastado milhões de pessoas pelas ruas das grandes capitais. A legislação também acompanha o crescimento desta categoria, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) corresponde a 10% da população brasileira, proporcionando direitos a ela, como o casamento civil e a mudança de sexo através do Sistema Único de Saúde (SUS).
Os homossexuais costumam se dividir em várias subcategorias, que são: lésbicas (homossexualidade feminina), gays (homossexualidade masculina), transgêneros (é um homem no sentido fisiológico, mas se relaciona com o mundo como mulher, engloba tanto travestis quanto transexuais) e bissexuais (tem envolvimento sexual e afetivo com os dois sexos).
Segundo Léo, gay há 25 anos, a pessoa nasce gay, pois não é uma questão de escolha e sim de se descobrir. Neste momento é essencial o apoio da família. “Minha primeira experiência foi aos quatorze anos. Eu me descobri e gostei. Em seguida contei para a minha mãe e ela deu a maior força”, conta.
Em relação ao comportamento, os homossexuais são unânimes: o estilo é individual e é desenvolvido conforme a sua personalidade. Sandro, gay há 35 anos, diz que prefere ser mais comportado e manter a aparência de homem. “Existem uns que são espalhafatosos e outros mais discretos. Eu sou mais reservado e prefiro me vestir como homem. Nunca me vesti como mulher e nunca calcei um sapato alto. Não faz parte de mim isso!”, explica.
Já para Rodrigo Rocha, que se diz gay desde que nasceu, mesmo se vestindo de homem, não abandona o seu jeito espetaculoso. Ele diz que gosta de chamar atenção e por isso é reprimido dentro da própria classe. “No próprio grupo existe preconceito, principalmente dos gays que estão vestidos de homem. Eles dizem que nós estamos manchando a imagem dos homossexuais. Eu não me importo com isso, gosto de ser autêntico”, conta.
Nas rodas de conversas, o assunto é extenso. Vai desde conselhos e relacionamentos até situações do cotidiano e o sexo oposto. “Entre amigos, a gente dá palpite na vida amorosa e muitas outras coisas. Falamos de música, porque somos muito ecléticos, gostamos de dance até MPB. Quando estamos com amigas mulheres, sempre rola a frase famosa ‘Eu aceito, mas é um desperdício’. Preferimos nem comentar!”, contam os amigos Danilo e Sandro.
                                    Sandro, Dennis e Danilo: homossexualismo é respeito pela diferença.
É claro que para bater-papo e se divertir, muitos homossexuais preferem freqüentar as boates “GLS”, que estão sempre lotadas e com uma rotatividade grande de atrações para esse grupo. De acordo com Rodrigo, o bom de freqüentar esses locais é que eles estão em um ambiente sem preconceitos, nos quais podem ficar à vontade. “A gente vai às boates para conhecer pessoas novas, namorar e curtir”, enfatiza.
A vida dos homossexuais ainda não é tão fácil quanto parece. Ainda é comum na sociedade moderna a prática da homofobia (ódio irracional à homossexualidade). No Brasil, há um projeto para tornar essa prática em crime. Para fazer pressão, um abaixo assinado virtual está sendo feito no site www.naohomofobia.com.br para a aprovação da PLC 122/06. “Apesar de termos uma aceitação maior, o preconceito existe! Temos que lutar para vencê-lo”, finalizou Danilo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário