quarta-feira, 24 de agosto de 2011

PARÁ: DIVIDIR OU NÃO?


A divisão do Pará em três estados é um assunto polêmico e que vem levantando opiniões divergentes desde que foi proposto. O estado se dividiria em Carajás, no sul e no sudeste paraense, e Tapajós, no oeste.
         O assunto está sendo amplamente discutido no país, pois existem muitas contradições a respeito desse caso. O assunto em questão apresenta ainda várias vantagens e desvantagens que poderão acarretar na decisão.
 
Uma matéria da Folha de São Paulo, publicada no dia 08 de maio, foca nos possíveis impactos econômicos que decorrerão da criação do Estado de Carajás, que com a divisão herdaria as maiores reservas minerais e os principais empreendimentos da empresa Vale instalados na região. Também teria a maior mina produtora de minério de ferro em operação no mundo, que fica localizada em Parauapebas. Também é explorada pela Vale. O jornal também lembra que a Tapajós e ao Pará sobrariam apenas reservas de bauxita, já que importantes reservas de cobre e níquel também ficam localizadas em Carajás.
A matéria publicada pela Folha ainda lembra que o estado de Tapajós ficaria com a usina hidrelétrica de Belo Monte. Quatro das cinco cidades mais impactadas pela obra fariam parte de Tapajós, incluindo Altamira e Santarém. 
            O Pará, por sua vez, ficaria com somente 20% do território, e poucas riquezas, o que não é nem um pouco vantajoso para a economia e turismo no estado. Porém, não foi feito ainda um estudo detalhado sobre os impactos que a divisão do Pará ocasionaria nas três diferentes regiões.
         Sendo o Pará um Estado de grandes dimensões, fica difícil de governar, muitos afirmam que a divisão viria em prol da gestão do estado. Mas , analistas como Fernando Luiz Abrucio discordam, já que aconteceu situação semelhante na divisão entre Tocantins e Goiás.
“O problema é que, em nome da autonomia, deixa-se de pensar em duas questões atuais da gestão pública brasileira. A primeira é que o momento exige maior eficiência nos gastos públicos, fazendo mais com menos. Cabe lembrar que o desmembramento vai gerar duas novas estruturas governamentais, replicando os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em cada um dos novos Estados. Os paraenses precisam saber deste custo para decidirem - afinal, supõe-se que serão eles que vão pagar a conta”, disse Abrucio.
         Além disso, também se especula os gastos que seriam necessários para manutenção dos dois estados, que no seu início precisariam de ajuda federal para conseguir se manter, o que custaria ainda mais aos cofres do governo brasileiro. 
As regiões sul, sudeste e oeste do Pará, por outro lado, são completamente favoráveis a criação dos dois novos estados, já que se dizem esquecidas pelo governo, que só olha para o Pará da capital.
Um plebiscito será realizado nesse caso, para que a população possa opinar e ajudar a decidir essa questão tão importante que poderá mudar o estado em que nós vivemos. 


Alunos do curso de jornalismo - Unama: Amanda Maroja, Gabriela Gomes, Karina Bentes e Larissa Pampolha 3JLM1

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