segunda-feira, 22 de agosto de 2011

CHORE, MAS CHORE EM QUILOWATTS



Belo Monte é um projeto de construção de uma das maiores das usinas hidrelétricas do Brasil, e a terceira maior do mundo. Ela contaria com uma grande potência planejada para ter capacidade de abastecer até 26 milhões de habitantes, que imaginando seria uma estimativa de abastecimento da cidade de São Paulo. O projeto de construção da hidrelétrica na bacia do rio Xingu vem sendo estudada há mais de 30 anos e envolve os estados do Pará e Mato Grosso.
A usina tem previsão de começar a fluir daqui a aproximadamente três anos. Seu custo estimado é de mais ou menos R$ 20 bilhões. Toda a grandiosidade do projeto é proporcional ao fervor quase religioso que passeia nas discussões nas ruas e entre os parlamentares. Discussões eloqüentes e pertinentes, mas que não assumem a racionalidade para si.
Muitos vêem a construção como um catalisador para o desenvolvimento do País. Pois além de sustentar o crescimento econômico com a geração de energia elétrica, o emprego e a renda referente ao local também seriam afetados. Os argumentos da modernidade do projeto, que foi modificado várias vezes em função de sua aceitação, que para os defensores do projeto seria viável no ponto de vista econômico e técnico, e atende ao crescimento da população.
A tecnologia usada na construção está evoluindo, pois em relação a outras a os impactos são muito menores, já que tinham lagos muito extenso, atingindo comunidades, fauna e flora com alagamentos. O projeto de Belo Monte aproveita mais a corrente de água e a velocidade do fluxo do rio. E em relação à agressão ao ambiente, comparativamente, as usinas se tornaram menos agressivas do ponto de vista ambiental.
É relevante apresentar os que encaram a construção da usina como uma bomba jogada na Amazônia. Já que a área é cercada por fauna e flora, por ter uma grande diversidade de espécies de animais, inclusive os ameaçados de extinção. Inclusive no município de Altamira (PA), eles isolam um ambiente aquático da bacia, e com a usina, irá haver um rompimento nesse isolamento, perdendo centenas de espécie.
A energia de belo monte é proporcionalmente menor, segundo dados do governo por conta das características do Rio Xingu, cuja suas águas ficam bastante reduzida em épocas de seca, além de não ter reservatório, ou seja, vai gerar energia de acordo com a quantidade de água do rio. O parque indígena do Xingu, os habitantes de Altamira, os índios e os ribeirinhos serão altamente prejudicados com a obra. E seria um desastre irreversível e irrecuperável nesse aspecto.
A nossa região não deve estagnar, e um desenvolvimento sem sustentabilidade continua sendo estagnação. Isso é como procurar óculos perdidos que estão na sua cara, dessa maneira que está procedendo essa discussão (a rigor das cenas na Câmara Legislativa, em Belém, dia 7 de junho). A passionalidade cega de progressistas e ambientalistas escamoteando a gana por dinheiro e preservação sacralizada, só nos leva a lamentar o rumo e as proporções que isto está formando. Antes ao invés de criar uma plataforma de embate político, ou um ringue como queiram, eles pudessem erguer o que resta de positivo é lúcido da corrente racionalista. Qualquer obra a ser levantada na contemporaneidade exige uma responsabilidade sustentável.

Trabalho apresentado pelos alunos de Jornalismo UNAMA: Aline Seabra, Fernanda Brabo, Roberta Damasceno, Valquíria Lima, Mauro Tavernard e Renan Rollo.

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